sexta-feira, 25 de julho de 2014



                               Cirandando numa tarde fria...
    Estava muito frio e pensei que a tarde não prometia.

Mas, havíamos assumido o compromisso para cirandar na sede da AMAI, ou seja no Asilo da cidade. E lá fomos meio desanimados, porque muita gente ia faltar por motivos diversos. Eu me lembrei que o Milton Lima dizia: “Mesmo que sejam poucas pessoas, vamos cirandar, para não perder o embalo!”
E assim, fomos com o desejo de proporcionar uma tarde linda, para os internos da AMAI. O pessoal foi chegando aos poucos, todos reclamando do frio intenso, e todos muito bem embrulhados em seus agasalhos, como raras vezes sói acontecer em Mirandópolis.
Percebi que, embora houvesse umas vinte pessoas no salão à nossa espera, faltava uma porção delas. Junto com a Assistente Social, Lílian Arantes Romero Gonçalves, demos uma percorrida nos quartos e constatamos que alguns não queriam participar por acanhamento, por não gostar de aglomerações e for causa do frio.
Inicialmente, aconteceram os abraços, os cumprimentos e o pessoal de apoio da entidade serviu o lanche para todos, junto com um cafezinho feito na hora. Além dos salgados e bolos, havia refrigerantes e um chá de gengibre, muito gostoso.
Ao iniciar a reunião, a Kimie disse da alegria dos cirandeiros estarem se confraternizando com o pessoal da casa, e convidou o Lima a ler uma crônica - “A Feira” que relembra o estilo de vida que vivenciamos quando mais jovens. Depois o seu Orlandinho declamou o poema que fala de sua vida.  A Maria José leu uma Prece do cachorrinho, que foi muito apreciada. E o Presidente da entidade, Guilherme Magro disse da alegria de receber a turma da Ciranda e ofereceu a casa para outros encontros.
E quando começou a cantoria, chegaram o Gerval e o Jovanini com sua sanfona e seu violão para alegrar a festa. E acompanhados pelo coral  dos cirandeiros, a música encheu as dependências do Asilo. Enquanto uns cantavam, outros dançaram com os internos da casa. E foi uma festa só. Alegria geral. Um bolsista de Faculdade, que presta serviços lá, o José Gilberto de Souza, fez a alegria de duas senhoras cadeirantes sorrirem bastante, pois ele movimentava as cadeiras como se elas estivessem bailando. Enquanto todos se esbaldavam com a dança e a música, a Eloyce do Jornal e eu fomos visitar os que estavam nos quartos. Todos estavam contentes com o barulho da música e da cantoria, e percebemos como tudo isso é bom para quem vive lá.
Mas, o que mais tocou a nós todos da Ciranda, foi o carinho com que as funcionárias tratam os internos. Elas dançaram com eles, fizeram-nos girar no salão, como se fosse um grande baile. E os cirandeiros não fizeram menos. Também dançaram com todos que estavam dispostos.
      E assim terminou a tarde de Ciranda do mês. Com muita alegria. E prometemos voltar para repetir a dose.



Mirandópolis, julho de 2014.
kimie oku in http://cronicasdekimie.blogspot.com.br/
  

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