Cirandando numa tarde
fria...
Estava muito frio e
pensei que a tarde não prometia.
Mas, havíamos assumido o
compromisso para cirandar na sede da AMAI, ou seja no Asilo da cidade. E lá
fomos meio desanimados, porque muita gente ia faltar por motivos diversos. Eu
me lembrei que o Milton Lima dizia: “Mesmo que sejam poucas pessoas, vamos
cirandar, para não perder o embalo!”
E assim, fomos com o desejo
de proporcionar uma tarde linda, para os internos da AMAI. O pessoal foi
chegando aos poucos, todos reclamando do frio intenso, e todos muito bem
embrulhados em seus agasalhos, como raras vezes sói acontecer em Mirandópolis.
Percebi que, embora houvesse
umas vinte pessoas no salão à nossa espera, faltava uma porção delas. Junto com
a Assistente Social, Lílian Arantes Romero Gonçalves, demos uma percorrida nos
quartos e constatamos que alguns não queriam participar por acanhamento, por não
gostar de aglomerações e for causa do frio.
Inicialmente, aconteceram
os abraços, os cumprimentos e o pessoal de apoio da entidade serviu o lanche
para todos, junto com um cafezinho feito na hora. Além dos salgados e bolos,
havia refrigerantes e um chá de gengibre, muito gostoso.
Ao iniciar a reunião, a
Kimie disse da alegria dos cirandeiros estarem se confraternizando com o
pessoal da casa, e convidou o Lima a ler uma crônica - “A Feira” que relembra o
estilo de vida que vivenciamos quando mais jovens. Depois o seu Orlandinho
declamou o poema que fala de sua vida. A
Maria José leu uma Prece do cachorrinho, que foi muito apreciada. E o
Presidente da entidade, Guilherme Magro disse da alegria de receber a turma da
Ciranda e ofereceu a casa para outros encontros.
E quando começou a cantoria,
chegaram o Gerval e o Jovanini com sua sanfona e seu violão para alegrar a
festa. E acompanhados pelo coral dos
cirandeiros, a música encheu as dependências do Asilo. Enquanto uns cantavam,
outros dançaram com os internos da casa. E foi uma festa só. Alegria geral. Um
bolsista de Faculdade, que presta serviços lá, o José Gilberto de Souza, fez a
alegria de duas senhoras cadeirantes sorrirem bastante, pois ele movimentava as cadeiras
como se elas estivessem bailando. Enquanto todos se esbaldavam com a dança e a
música, a Eloyce do Jornal e eu fomos visitar os que estavam nos quartos. Todos
estavam contentes com o barulho da música e da cantoria, e percebemos como tudo
isso é bom para quem vive lá.
Mas, o que mais tocou a nós
todos da Ciranda, foi o carinho com que as funcionárias tratam os internos.
Elas dançaram com eles, fizeram-nos girar no salão, como se fosse um grande
baile. E os cirandeiros não fizeram menos. Também dançaram com todos que
estavam dispostos.
E assim terminou a tarde
de Ciranda do mês. Com muita alegria. E prometemos voltar para repetir a dose.
Mirandópolis, julho de
2014.
kimie oku in http://cronicasdekimie.blogspot.com.br/
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