terça-feira, 30 de abril de 2019




             Língua de trapo!

          Tem gente que não se toca nunca!
       Toda vez que encontro certa pessoa me sinto muito mal, porque ela invariavelmente começa a perguntar sobre minha família. Não importa o lugar, as pessoas ao redor, lá vem a especuladora, querendo saber se sou viúva, se tenho filhos, quantos e onde estão... E se lhe responder ela não para de desfiar o rosário...
       Acho uma impertinência querer especular sobre a vida alheia. E o pior é que ela comenta com as comadres sobre a minha família, sem nenhum pejo...
       Já pensei em lhe dar o troco.
Perguntar-lhe sobre o filho que é omisso, odiado pelos filhos, que foi lacrado uma temporada... Felizmente na minha família ninguém foi... Devolver na mesma moeda é rebaixar demais e me contenho...
Mas, vou ter que sabotar essa língua que não para de me atormentar.
Não sou famosa, não sou rica, não sou do show business...
Pra quê cuidar de minha vida particular?
A mulher parece uma investigadora criminal...
Por quê existem pessoas assim?
Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku in


segunda-feira, 29 de abril de 2019


                O sentido da vida
      Percebi outro dia que me ocupei demais com os assuntos políticos da atualidade. Devo ter desagradado a gregos e troianos, com a minha presunção de opinar sobre isso e aquilo.
      Nós somos críticos em tudo. Criticamos os familiares, os vizinhos, as pessoas que nos servem, os parentes que nos visitam, os amigos que não nos visitam nem telefonam... E os que visitam e telefonam também. Mania besta de achar defeito e reparo em tudo.
      Mas, somos apenas criaturas humanas, que estão neste mundo para procurar a evolução. E nem sempre procuramos isso. Ficamos no conforto da mesmice e acabamos nos tornando pessoas rasteiras e vazias. Se todo mundo tivesse um lampejo de luz e pensasse: “Nossa! Como estou estagnada! Preciso melhorar meu desempenho neste mundo. Afinal o quê vou deixar para a humanidade?”
 Santo Agostinho, Martin Luther King, Madre Teresa e mais uma dezena de pessoas devem ter tido esse lampejo de luz e acabaram dando a vida pela humanidade.
Mas não é necessário morrer pelos outros. Basta olhar o mundo com mais atenção e reparar em pessoas que cumprem seus destinos com afinco como formigas em fila, que nunca param de correr... Há tanta gente que sua a camisa honradamente. E ninguém repara. E ninguém lhe dá valor.
A partir de agora, passarei a pensar mais e escrever menos. Filtrar mais minhas observações. Para ferir menos as pessoas.
Afinal, ainda dá tempo de fazer algum bem para a humanidade.
Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku in



domingo, 28 de abril de 2019


          Sobre Mário Dias Varela
     Quando li “Cabeças diversas” ou “Colcha de Retalhos”, como ele denominou seus escritos a princípio, senti um nó na cabeça.
     Era muita coisa para assimilar. Difícil de absorver...
   Eram folhetos e volumes  escritos ao longo de seus anos, notadamente  quando  estava beirando os 80 anos.
     Hoje ele tem 90  anos.
E eu o conheci há dez anos.
Confesso que não gostei nem um pouco do seu jeito dominador e procurei me afastar dele, a qualquer custo. Ele não pedia, ele obrigava. E queria tudo para ontem, nunca para amanhã.  Hiper, hiper, hiper ativo...
Dei uma olhada no material e deixei de lado...  Porque ele  o deixou aqui, mesmo sem a minha permissão.
Pensei comigo: “Tive a vida toda Diretores de Escola me comandando... Pra quê vou me submeter a ele, se sou aposentada?”
Certo dia, em 2010, espiei alguns trechos.
Era confuso, mas havia alguma coisa lá...
Foi quando li a primeira crônica “Da janela”. Era muito lindo e vi diante dos meus olhos, a  tia  Maria com um balde aspergindo gotas sobre um jardim...  Daí,  não parei de ler.
E de repente, eu  me entreguei totalmente na empreitada de analisar tudo aquilo. Não foi fácil. O ontem se misturava com o amanhã e com hoje...
     É que o seu Varela vai escrevendo no fio da memória sem rédeas, como se estivesse numa roda de amigos, contando fatos ocorridos ontem e hoje. E sobre pretensões futuras. Tudo misturado.
     Então, após muita insistência dele, me propus  a botar um pouco de ordem, mas de forma suave, como se estivesse mostrando os quadros/fotos de tudo que ele vivenciou.
      Levei seguramente meses e meses, para selecionar e fracionar em crônicas de assuntos únicos. Acho que ficou mais leve.
Espero que os leitores tenham lido cada crônica como se estivesse vendo uma pintura. Mesmo porque elas nos transportam para um outro mundo que apesar de real, parece de sonhos.
Pretendo ainda acrescentar mais  informações sobre a vida desse meu amigo, que foi antes de tudo um grande empreendedor. Para isso, estou tentando entrevistá-lo pessoalmente. Mas é uma empreitada difícil, porque hoje está em São Paulo, amanhã em Araçatuba, outro dia por aqui...  E sempre como um vento que passa de repente. Certo dia liguei e ele estava em Portugal...
Espero que essa leitura tenha passado aos leitores um pouco do fascínio que emana da personalidade do senhor Varela.
Fiquei honrada com essa tarefa.
E muito grata.
Ao senhor Mário Dias Varela , todo o meu respeito e carinho.
Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku  in


sábado, 27 de abril de 2019


                  Palavras finais
        Debaixo da minha colcha de retalhos, meus erros produziram crescimento, meus desafios produziram oportunidades e meus medos produziram coragem.
        A idade não é a que temos, mas a que sentimos.
        Desde que cheguei à essa conclusão, comecei a medir a vida  não por anos, mas por décadas. Nas minhas metas a longo prazo pretendo, com a ajuda do Grande Arquiteto do Universo, fazer a festa de meus CEM anos em Londres  no Restaurante Belga, com bastante saúde física, mental e financeira junto com os que mais amo.
        Como dizia Mahatma Gandhi:
        Não existe um caminho para a felicidade. A  Felicidade é o caminho”

      (Mario Varela)


                  A Bi Fermina
             Hoje sou cuidado pela Bi Fermina.
       Há quarenta e cinco anos a conheço. Seu marido Francisco Moreno foi Administrador de minha Fazenda. Ela nos serviu como Doméstica.
        Hoje ela está só. Mora numa casa em Mirandópolis. Sempre que estou por aqui, durmo na casa dela. Ela tem 79 anos.
        Ela me fez uma colcha de retalhos, muito bonita, que uso lá na Fazenda.
        “Colcha de retalhos” foi o título inicial de meus escritos.
        (Mario Varela)

quinta-feira, 25 de abril de 2019


                     Tieza
        “É graça divina começar bem. Mas a graça das graças é persistir na caminhada.”
        Foi Tieza que me repetiu essa frase. Acho que é de Dom Hélder Câmara.
        Tieza é amiga de Maria Luiza minha filha.  É Assistente Social e mora em Araçatuba. É casada com Lupercinho, sobrinho de minha mulher.
        Tieza diz sempre frases curtas e profundas. Por isso quando penso nela, lembro das “mineiras”, que  são expressões dos mineiros, como “deixa a paina voar”, que se diz quando a situação  está complicada e não sabemos como agir.
        Tiez me inspira  para escrever.
        (Mario Varela)
                                                             


quarta-feira, 24 de abril de 2019


                  Alda Ribeiro
       A Professora Alda Ribeiro ministrava Saúde Inteligente na Universidade  Aberta à Maturidade da PUC.
        Ela praticamente mudou minha vida. Descobriu em mim a criança que existe em cada um de nós. E mais ainda, me ensinou a ser essa verdadeira criança sem receio e sem vergonha.
        Aprendi ainda, a cuidar da saúde. Passei a eliminar o açúcar da alimentação e hoje sou outra pessoa.
        E ela fez uma referência a mim no seu livro  “Mulheres danadas”
        (Mario Varela)

terça-feira, 23 de abril de 2019


            Em nome de Deus
        José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura publicou certa vez um ensaio na Folha de São Paulo, intitulado “Em nome de Deus”.  Foi a propósito dos ataques de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas de Nova Iorque.
       O texto era tão comovente, que num impulso escrevi uma carta para o autor. Não sabia onde morava, nem nada. Mas a enderecei à Redação do Jornal, que a enviou ao destinatário em Lanzarote, nas Ilhas Canárias a Oeste do Continente Africano.
       No texto ele declarava a sua indignação contra ações executadas em nome de Deus, destruindo vidas inocentes. Dizia que Deus está inocente desses atos terroristas, que  pecador é o homem que usa o nome de Deus para justificar suas barbáries. Ele citou várias ações perpetradas pelo homem em nome da Religião. Na África e em várias partes do mundo. Sempre usando o nome de Alá, de um deus especial para matar suas criaturas...
       As palavras eram tão fortes que me passaram a impressão que o escritor falava em nome de Deus mesmo. Não o deus Jesus Cristo, não o deus  Alá, não o deus Buda, não o deus Jeová... Mas, o único Deus que realmente existe e leva diversos nomes nas diversas religiões.
       Eu me lembrei desse fato nesta semana por causa dos ataques terroristas nas Igrejas e nos Hotéis em Sri Lanka, que vitimou centenas de inocentes. Gente que morreu sem saber a razão do ataque.
       O que será que está acontecendo com a humanidade? Já não bastam a fome, as doenças, as guerras, os tornados, os terremotos, os maremotos? É preciso o homem se tornar inimigo do próprio homem? Por quê tanto ódio, tanto rancor?
       O fato que mais me tocou no ensaio de Saramago foi o seu declarado amor à humanidade. Ele escrevera aquele texto movido por imensa piedade pela humanidade, que não sente a dor do outro. Ele declarou a inocência de Deus nessas tragédias armadas pelo homem. 
        E ele era ateu! Na resposta que ele me escreveu de próprio punho, disse que Deus foi uma invenção dos homens...
       Se foi ou não, chego à conclusão que os homens usam  e abusam do nome de Deus para perpetrar as maiores atrocidades. Isso não é Religião.
       Deus nunca está presente nesses ataques.

Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku in





        Universidade Aberta  à Maturidade
        Com 73 anos de idade, passei a frequentar a Universidade Aberta da Maturidade na PUC de São Paulo.
        Minha primeira Professora foi a Alda Ribeiro, que orientava sobre Saúde Inteligente.
        Assisti à primeira aula e fiquei encantado com a gentileza e sabedoria dela. Daí, quando a Administração houve por bem dividir a classe em duas  turmas, porque havia mais de 80  alunos, não queria ir para outra sala. E inventei um estratagema.
        Até aí eu era conhecido como Mario. Para permanecer nessa classe, disse que me chamava Dias. E assim fiquei com a Professora Alda.
        Hoje todos me chamam de Varela.
Meu nome completo é Mário Dias Varela.
        (Mario Varela)

segunda-feira, 22 de abril de 2019


                  Professora Antônia
        Minha querida Professora Antônia que mora nas Perdizes, lecionava Português na Universidade Aberta da PUC de São Paulo.
        Certa vez, apesar dos seus 70 anos de idade, foi enganada ao comprar um cachimbo de espuma do mar. Isso ocorreu na Turquia, onde lhe entregaram uma falsificação em pedra sabão.
        Ao ouvir essa história fiquei muito penalizado, porque ela é uma respeitosa senhora, e não mereceria passar por isso. E intimamente prometi a mim mesmo, que um dia lhe arrumaria um verdadeiro cachimbo de espuma do mar.
        (Mario Varela)

domingo, 21 de abril de 2019


            Honestidade
        Em Londres me lembrei da história da Professora Antônia, que foi lesada quando comprou um cachimbo na Turquia.
        Entrei numa Tabacaria muito chique, onde havia um mundo de isqueiros, fumos, cigarrilhas, cigarros e cachimbos. Mas nenhum deles de espuma do mar.
        Mesmo assim, comprei um que não era barato e disse ao vendedor que o embrulhasse de presente, que o daria a uma Professora no Brasil, para onde me retornaria no dia seguinte.
        Quando cheguei em São Paulo e abri o embrulho, constatei que  era o mesmo que eu havia comprado.
        E constatei que ainda havia gente honesta neste mundo.
(Mario Varela)

sábado, 20 de abril de 2019


          
      Os cães herdarão a Terra?
Já há algum tempo, venho percebendo a preferência das pessoas pelos cães e gatos, em detrimento das crianças.
A cada dia, o número de pessoas que adota animais de estimação está crescendo. E não querem mais ter filhos. Isso é declarado e levam a sério a tarefa de cuidar dos bichinhos.
Fui criada com cães no sítio. Eram apenas animais de guarda, que dormiam ao relento e ao menor barulho ou movimento suspeito, alertavam os donos da casa. Comiam restos de comida, caçavam lagartixas e outros pequenos animais. Eram treinados para pegar os frangos que iam para a panela. Não deixavam nenhum animal suspeito se acercar da casa, menos ainda gente estranha. Enfim, eram os guardiães das casas. Banhos? Tomavam no açude, e não havia ração especial para eles. Nem eram vacinados. Ninguém se preocupava em lhes tosar o pelo. Como diziam eram cães vira latas, porque assim faziam procurando restos de comida.
Mas os tempos mudaram...
As pessoas passaram a ter cães, gatos, papagaios e outros passarinhos de estimação, para cuidar como membros da família. E na esteira dessa moda, apareceram os Cursos de Veterinária e as Clínicas, com as mil variedades de alimentos, vitaminas, roupas e brinquedos. Os bichos ocuparam o lugar dos bebês humanos.
E a moda pegou de vez. Passou a ser chique a madame ter um cãozinho todo escovado e enfeitado ocupando seu colo como se fosse um neném.
Não sou contra os animais. Cada ser vivente deve ter seu espaço. Mas, os cães e os gatos a princípio eram bichos selvagens, que viviam nas matas e comiam da caça que empreendiam para saciar a fome. Foram trazidos para casa para serem amansados, domesticados e servirem às famílias, protegendo-as.
Hoje existem cães guias de pessoas que não enxergam, cães farejadores que localizam malfeitores, cães que detectam drogas para os homens da Lei... E ainda existem os cães de guarda em número mais reduzido. A maioria dos cães de hoje são considerados filhos de pais humanos, e tomaram definitivamente o lugar de filhos e dos netos. A alimentação é cara e especial. Tem um regime diferente para cada raça, e periodicamente recebem vacinas, tosas e banhos.  Muitos têm tratamento médico, dentário e até psicológico. Definitivamente, eles recebem o tratamento que milhões de crianças no mundo nunca receberam...
Os animais são fiéis? São, sim! Mas gente também é. Quantos filhos bem criados  cuidam de seus pais velhinhos, com Alzheimer, mesmo que eles se tornem um peso, pela perda da memória, pela fraqueza do corpo e mesmo pela teimosia. Sim, há os ingratos também, é verdade. Mas, o homem não deve investir no homem? Quando no fim da vida, o homem estiver só, sem um filho ou neto, o que o cão amado e idolatrado poderá fazer por ele?  Acabará terminando seus dias numa Casa de repouso, com certeza...
Acredito que em menos de um século, a Terra será o reino dos gatos e dos cachorros. Haverá gente ainda? Sim! Gente para inventar alimentos miraculosos para manter seus pets saudáveis e felizes a vida toda. Nesse mundo não haverá crianças, porque estas dão trabalho, a educação está cada vez mais complicada, e os jovens são voluntariosos demais. Então, muita gente vai optar por um, dois cães ou meia dúzia de gatos, que não precisam estudar em Cursos caríssimos, que obedecem prontamente ao chamado dos donos, que não os abandona nunca... São fiéis e não traem a quem lhes dá carinho...
Mundo só de cães e gatos... Sem humanos.
Mas se o homem for extinto, eles voltarão para a selva e viverão como selvagens que eram no princípio dos tempos. E não haverá nenhum indivíduo para mudar o curso de sua história...
Em que curva do caminho, o homem deixou de amar a humanidade?
Acredito que nossa geração é a última que teve filhos, os criou e encaminhou na vida, fazendo o melhor por eles. Porque nossos filhos não querem mais ter filhos. Querem gatos e cachorros.
Onde foi que erramos?
Os pets herdarão o Planeta Terra?
Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku in









                  Tenda Árabe
        Fomos a Londres para participar do casamento de minha sobrinha Sílvia com o Thymóteo.
     Aproveitei a oportunidade para ver por duas vezes a pintura Comwalia, descrita por Rosamunde Pilcher, autora do best seller “ O Catador de conchas”
        O casamento aconteceu numa extraordinária Tenda Árabe, que encantou com o exotismo aos trezentos convidados.
        O pai do noivo e eu nos tornamos amigos e ,de vez em quando lhe envio jornais do Brasil.
Ele diz que não quer esquecer a língua portuguesa.
(Mario Varela)

                                                              


sexta-feira, 19 de abril de 2019



                        Coração
        “Doutor Adib Jatene, se eu for a Roma quero ver o Papa! Como estou no Hospital do Coração, quero ser operado pelo Papa do Coração de toda a América!”       
        Foi assim que me entreguei com toda a fé nas mãos de Deus e de Doutor Adib Jatene, para me operar do coração.  
        “Mário Dias Varela, vou te operar hoje às dezoito horas, hora em que tu nasceste em Condeixa-A-Nova, em 06 de agosto de 1928, e vou melhorar teu coração de 73 para 74.
        E assim foi.
        Dr. Jatene consertou meu coração e salvou-me a vida.
        Obrigado, obrigado, obrigado!
       (Mario Varela)

quinta-feira, 18 de abril de 2019



                  Alcomira
        A Usina de Álcool “Alcomira S.A” foi fundada em 10 de outubro de 1979 em Mirandópolis.
        Havia 12 sócios. A metade era de sexagenários e queriam que eu fosse o Presidente. Como sou estrangeiro nunca assumi Presidências. Nomeei Ademar Gotardo como Presidente e eu fiquei como Superintendente.
        Fizemos algo grandioso no município.
      O Projeto era de uma firma de Piracicaba e financiado pelo Banco do Brasil S/A.
      Cuidei da escolha do terreno, da compra do maquinário e da instalação da Usina.
        Em 1982 a Alcomira já produzia 150 mil litros de álcool por dia.
        O álcool é um combustível muito necessário no mundo de hoje.
(Mario Varela)


                  Lions Clube
        Companheirismo é o compromisso de todos os integrantes do Lions Clube.
        Entrei em 1956 no Lions lube de Santa Isabel do Ivaí, Paraná.
        Em 1959 transferi-me para o de Maringá.
        Em 1962  participei da fundação do Lions de Perdizes e de Pinheiros, em São Paulo.
        Em 1964 fui transferido para o Lions Clube de Araçatuba; e em 1970 para o de Mirandópolis, onde obtive o título de Sócio Privilegiado. Completei 49 anos de sócio e fui agraciado com o título de Melvin Jones, título máximo do Lions.
Melvin Jones é o fundador do Lions Clube.
(Mario Varela)

terça-feira, 16 de abril de 2019


A água, o vento e o fogo
A humanidade se desenvolveu de forma espantosa.
E chegou à civilização tecnológica inusitada.
Hoje nos espantamos com a rapidez de comunicação, com o poder de alcance de certos eletrônicos...
O mundo não é o mesmo de cem anos atrás.
Tudo é rápido, é instantâneo, e tudo dá lugar a outros fatos mais incríveis num piscar de olhos...
Mas... O homem tão inteligente, tão tecnológico, tão pesquisador não conseguiu até agora dominar as forças da natureza.
Os furacões, os tsunamis, as inundações e o fogo ainda continuam fazendo estragos.
E por mais que tentem, os homens mais bem equipados não conseguem deter um tsunami, não conseguem apagar um incêndio, não conseguem barrar um furacão Katrina.
Descobrimos a pequenez do ser humano diante do estrago da Notre Dame.
Somos todos impotentes diante das forças da natureza.
Há um poder maior que todos.
É preciso reconhecer.
Mirandópolis, abril de 2019.
kimie oku in



                  Maçonaria
       A Maçonaria é uma Instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.
As atividades realizadas pela Associação só visam o bem estar do ser humano, sem distinção de nacionalidade, cor, raça, religião ou sexo.
Ser Maçom é buscar aperfeiçoar-se como ser humano.
Seu lema é Liberdade, Igualdade e Fraternidade”
O segredo que existe na Maçonaria se refere aos sinais de reconhecimento de maçons entre si e a interpretação dos diversos símbolos e ensinamentos.
O objetivo da Maçonaria é a investigação da verdade, o exame da Moral e a prática das virtudes.

Meu pai era Maçom da Loja Redenção de Coimbra.
Entrei para a Maçonaria no dia 06 de julho de 1957, e hoje sou filiado à Loja Fraternidade e Labor de Mirandópolis.
O verdadeiro Maçom tem que ser honesto e corajoso em qualquer situação, além de primar pela tolerância e humildade.
(Mario Varela)

segunda-feira, 15 de abril de 2019



                  Las Palmas de novo
        Em 1958, voltando de Portugal com a família, atracamos de novo em Las Palmas nas Canárias. Nas mesmas Canárias precisamente em Lanzarote, que 40 anos depois acolheria o ilustre português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura.
        O tempo de parada  do navio serviu-me para procurar a Loja , cujo dono me lograra  com um simulacro de camisa sete anos atrás.
Achei a Loja e o homem e reclamei do logro. Ele se desculpou e deu-me então, uma verdadeira camisa, enquanto se desculpava muito. Alegou que a culpa era do empregado desonesto, que ele acabara despedindo.
Fiz que acreditei nele, porque bem ou mal recuperei a  camisa.
(Mario Varela)


domingo, 14 de abril de 2019



                  Europa
        Quando chegamos em Portugal, mamãe me presenteou com 10.000 escudos, isto é cerca de 5000 dólares, o equivalente que papai dera  ao Artur quando ele se casou.
        Com esse dinheiro fizemos uma turnê pela Europa. Paris, Rotterdam e Amsterdam. A Bi, minha babá ficou com a nenê. Após tantos anos voltei a me deitar nos seios da Bi.
        Após a viagem, resolvemos as questões do inventário e voltamos ao Brasil, trazendo mamãe conosco..
        Assim, lá ficaram só o Artur e a Bi.
        Vinte e um dias após o nosso retorno, a minha Bi faleceu aos 87 anos de idade.
        Minha Bi.
(Mario Varela)


sábado, 13 de abril de 2019



                  Trabalho
        Em 1957 chamei o José meu irmão para vir ao Brasil trabalhar comigo no Norte do Paraná. Em Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí e Maringá.
        Convidei-o para associar-se na Cobrinco, firma vendedora de terras do Norte do Paraná. Era uma empresa ligada ao Bradesco.
        Os senhores Mário Aguiar, Antônio Cantizone e Ramiro fizeram uma planta de um Hotel. E assim construímos o Hotel  JOMAR (José e Mario) em Santa Cruz de Monte Castelo.
        Como o movimento de vendas de terras era grande, montamos um comércio de produtos de madeira.

          (Mario Varela)

sexta-feira, 12 de abril de 2019


                  A chupeta
        Voltei a Portugal em 1958 após sete anos de ausência.
        Já havia me casado com a Zilda e a Maria Luiza nossa filha tinha um ano de idade.
        Viajamos no mesmo avião que levava a Seleção Brasileira de Futebol para a Copa da Suécia. O Pelé, o Gilmar e o Garrincha viajaram conosco.
        Às três da manhã caiu a chupeta da neném e ela aprontou um berreiro. Acenderam as luzes e todos vieram ver a menina, e pegaram-na no colo.
        E eu disse: “A partir de hoje não tem mais chupeta!”
        E não teve mais.
(Mario Varela)

quinta-feira, 11 de abril de 2019


                    Fazendas
        Entre 1957 e 1958 trabalhei  em Santa Cruz do Monte Castelo, e em novembro fui para Maringá ambas no Paraná, onde fiquei até  1962.
        Entre 62 e 64 trabalhei no ramo da construção civil, em São Paulo.
        No dia 04 de outubro de 1964 faleceu  o meu sogro.
      Houve a partilha de seus bens e me tornei Administrador da Fazenda que ele deixou em Mirandópolis. Eu não sabia o que era uma fazenda.
        Fui então, ao Instituto Queiroz em Piracicaba, buscar orientação sobre como administrar uma fazenda.
        Hoje administro a Fazenda Acácia de São Jorge, Fazenda Floresta de Santa Terezinha e a Santo Antônio, em Mirandópolis, estado de São Paulo.
        (Mario Varela)


quarta-feira, 10 de abril de 2019


                        Zilda
        Conheci a Zilda em fevereiro de 1955, na Rua Airosa Galvão, nas Perdizes, por intermédio de seu pai Antônio Marques de Oliveira e sua mãe Luiza Marques.
        Eu tinha 27 anos.
        Casamo-nos em dezembro de 1955.
        Temos três filhos: a Maria Luiza, o Reinaldo e o Víctor.
Maria Luiza é Assistente Social, casada com Roberto industrial e pais de Guilherme.
Reinaldo é casado com a Irani, ambos empresários e pais de Rodrigo, Gabriel e Bruno.
Víctor é comerciante, casado com a Márcia Fisioterapeuta.
(Mario Varela)

terça-feira, 9 de abril de 2019


                  São Paulo
        No começo de 1952 fui a São Paulo visitar o amigo Ventura..
        Na 5ª linha pegava o bonde na Praça da Sé até Penha, zona Leste. E da Praça do Correio pegava os bondes 35 e 36 para a zona Oeste.
        Minha intenção era estudar Engenharia em São Paulo e foi assim que deixei a Loja do senhor Passos de Carvalho.
        Para conhecer São Paulo, a gente pegava o bonde na Praça da Sé e ia até Lapa. Depois ia até Penha.
        Na Rangel Pestana localizei a Casa Coimbra, de ferragens. Seu dono era amigo de papai em Condeixa e Louzã. Desci do ônibus e fui ter com ele. Trabalhei dois meses na Casa Coimbra como vendedor autônomo de máquinas e ferramentas importadas.
        Depois trabalhei na “Antunes Freixo” na Rua Florêncio de Abreu.
        (Mario Varela)

segunda-feira, 8 de abril de 2019


            O Secretário em Mirandópolis
        Então, passamos no Hotel Chamonix em Araçatuba, e antes de seguir para Mirandópolis, Dr. Adib me falou: “vamos no seu carro até Mirandópolis, mas atrás seguirá um carro da Secretaria  da Saúde, pois não podemos dormir em sua Fazenda. Tenho um compromisso amanhã cedo em Rio Preto."
        Fomos então nós três para Mirandópolis, numa viagem de 70 quilômetros. Lá chegando, nos dirigimos ao Hospital das Clínicas, onde nos aguardavam médicos e políticos da cidade.
        A “carta a Garcia” fora entregue e eu me sentia muito bem por ter conseguido cumprir a missão que me fora confiada.
Às onze horas da noite, deixamos o Hospital e fomos até a Churrascaria Gaúcha onde saboreamos um belo contrafilé com salada e fritas. Após o jantar, ele me pediu que levasse  a dona Aurice e a esposa do Prefeito Lourenção até a Estação de Tratamento de Água  do município, para ganhar tempo. “Pois não!” eu disse. Dona Aurice se acomodou no  banco de trás e a dona Thereza sentou-se ao seu lado. Imediatamente, dona Aurice abriu a porta e sentou-se no banco da frente ao meu lado, dizendo:”Varela é meu amigo, não é meu chofer!”
Cumpridos os compromissos em Mirandópolis, voltamos a Araçatuba,  de onde o ilustre casal seguiu viagem no dia seguinte para Rio Preto.
(Mario Varela)