Crônicas e poemas
Geralmente quem escreve para revistas e jornais são
pessoas que vivem meio isoladas, porque não é todo mundo que aprecia quem gosta
de ler e de escrever.
Eu sou uma dessas pessoas que vivem matutando, dando tratos à bola e,
escrevendo sempre o que me encanta, ou o que me incomoda. E assim tem sido ao
longo dos anos, produzindo crônicas. Mas não deixo de apreciar poemas e um bom
livro de Literatura. Já li Gabriel Garcia Marquez, Pablo Neruda, Graciliano
Ramos, Manuel Bandeira, Cora Coralina, João Cabral de Melo Neto, José Saramago,
Mario Vargas Llosa, Tomas Mann, Josué Montello, Henriqueta Lisboa, e mais uma
centena de autores.
Todos esses famosos me deixaram impressões especiais, que vêm à minha memória
sempre que leio seus nomes. E como eu gosto de livros e de leitura, fui
resistindo à era da Informática, recusando-me a digitar meus textos, que envio
ao Diário. Mas, um dia tive que entregar os pontos, e comecei a navegar no
mundo virtual. E entrei no facebook, por insistência de pessoas próximas, para
facilitar a comunicação.
E no face descobri gente fantástica, que tem gostos afins aos meus e comecei a
receber crônicas, que passei a publicar, e que agradaram ao público, pelo
número de acessos que constatei. Assim, minha coluna no Diário de Fato passou a
ter colaboradores excelentes como Maria Nívea Pinto, Ademar Bispo da Silva e
Lupércio Ailton Nery Palhares.
E um dia, recebi do amigo Ulisses Silva Lacerda um poema. Como só escrevo
crônicas, admiro muito quem é capaz de produzir poemas com sensibilidade. E o
seu poema prima pela linguagem simples e abordagem atual.
Hoje, espero que os leitores apreciem o poema abaixo
Mirandópolis, 30 de junho de 2012.
kimie oku in “cronicasdekimie.blogspot.com”
Tempo
(de autoria de Ulisses Silva Lacerda)
Demorou, mas descobri a tempo.
Tudo passou, mas ainda há tempo
Pra recordar do nosso tempo,
E reencontrar amigos, com tempo.
Jogar conversa fora, esquecer do tempo
Nem aí, se chove, faz mau tempo.
Se estiar, muda o tempo,
Então, cada coisa a seu tempo.
Bom demais aquele tempo,
Horas não passavam, sobrava tempo
Pra realizar as tarefas, havia tempo
Pra estudar, trabalhar e ter passatempo.
Hoje na Internet, achando um tempo
Localizar um amigo, haja tempo.
Informações precisas, com muito tempo
Uma notícia, de tempo em tempo.
A recompensa, vem com o tempo
Amigos reaparecem, cara há quanto tempo!
Saudações, lembranças do tempo.
Matando saudades do velho tempo.
Contatos virtuais é o novo tempo
Quem aderiu, acompanhou o tempo.
Mas o tempo do nosso tempo
Era lindo, enorme, grandioso tempo...
Oh! Tempo. Que Tempo!
Demorou, mas descobri a tempo.
Tudo passou, mas ainda há tempo
Pra recordar do nosso tempo,
E reencontrar amigos, com tempo.
Jogar conversa fora, esquecer do tempo
Nem aí, se chove, faz mau tempo.
Se estiar, muda o tempo,
Então, cada coisa a seu tempo.
Bom demais aquele tempo,
Horas não passavam, sobrava tempo
Pra realizar as tarefas, havia tempo
Pra estudar, trabalhar e ter passatempo.
Hoje na Internet, achando um tempo
Localizar um amigo, haja tempo.
Informações precisas, com muito tempo
Uma notícia, de tempo em tempo.
A recompensa, vem com o tempo
Amigos reaparecem, cara há quanto tempo!
Saudações, lembranças do tempo.
Matando saudades do velho tempo.
Contatos virtuais é o novo tempo
Quem aderiu, acompanhou o tempo.
Mas o tempo do nosso tempo
Era lindo, enorme, grandioso tempo...
Oh! Tempo. Que Tempo!
Autor: Canário.
Olha ai o meu amigo Canario..... Parabens amigo; gostei muitoooooo
ResponderExcluirE vc quimie, sempre me encantando. Parabéns.
ResponderExcluirÉ tudo uma questão de tempo mesmo. Kimie Oku e Ulisses Silva Lacerda que pisaram a mesma terra e as mesmas pedras da Mirandópolis daquele tempo,utilizando agora o tempo para belas crônicas e poesias. E eu que lá naquele tempo pisei a mesma terra e as mesmas pedras encontro agora um agradável tempo para ler e apreciar esses escritos.
ResponderExcluirBendito tempo esse de encontrar gente do nosso tempo!
Parabéns Kimie e parabéns Ulisses (Canário)!!!
Lupércio Ailton (LANP)
Muito obrigada, amigos. É muito interessante o que o Lupércio abordou: "forasteiros" de Mirandópolis, pois somos nascidos em outras terras, vivemos um tempo ignorando a existência uns dos outros, nesta mesma terra. Tempo de peleja, de cumprimento do destino de cada um. E agora, chegou o tempo de conhecer as aptidões uns dos outros, mesmo à distância e experimentar a sensação de que sempre, sempre nos conhecemos. E isso é muito gratificante.
ResponderExcluirPrimeiramente nossos agradecimentos à proprietária e aos membros deste blog, que buscam " tempo " para registrar e ler esse nosso momento de querer ser poeta (muitos risos).
ResponderExcluirLupa, de uma coisa você pode estar certo, enquanto você encontra um agradável " tempo " para apreciar os nossos escritos, nós temos muito " tempo " para apreciar as suas deliciosas crônicas.
Aos amigos, meu grande e afetuoso abraço.
Lissinho/Canário/Ulisses
Esse meu blogger virou uma mandala cultural, onde gente especial vai desenhando as lembranças e as reminiscências de um tempo lindo, que passou. E estou muito feliz e agradecida pela confiança desses amigos.
ResponderExcluirQue maravilha encontrarmos TEMPO pra compartilhar esses sentimentos que não raras vezes ficaram esquecidos no TEMPO...de ausências...de distâncias físicas ou emocionais ou mesmo da falta de TEMPO literalmente! Estamos nos reencontrando....e, tudo que é RE, traz uma carga de esperança, amor e energia...Parabéns Lissinho!....jamais soube dessa sua veia poética! Que bênção passar para as letras sentimentos! Abraços a vc e Beth, minha amiga de tantos anos!
ResponderExcluirJoana