Pokémon, Pikachu, Darkray...
A humanidade está indo pro buraco mesmo!
Quando nasce, o ser humano é uma criaturinha totalmente
dependente, indefesa, e incompetente. Ela precisa de outros para alimentá-la,
para se lavar, se vestir e sair do lugar. É um ser completamente incapaz... E
precisa de tempo, muito tempo para adquirir as destrezas necessárias, para se
virar sozinha neste mundo. E a missão dos que puseram essa criatura tão incapaz
é, torná-la capaz de dar conta de si, ensinando-lhe as artimanhas sociais e
oferecendo as ferramentas necessárias.
Daí, o ser cresce e logo começa a lidar com umas coisinhas
eletrônicas, chamada whatsapp e similares que surgem a cada dia... E aí, essa
coisinha eletrônica se transforma em extensão de seu corpo... Com os aplicativos
que apresentam jogos que enlouquecem...
Li em algum lugar que em Belo Horizonte, um homem perdido no
mundo dessa fantasia caiu do 16º andar de um prédio, e morreu. Perdeu o senso
da realidade, tentando capturar Pokémon... O jogo vicia e deixa o usuário fora
da realidade. Mesmo para fazer suas necessidades fisiológicas, a criatura não
consegue desgrudar os olhos da telinha. Comendo à mesa, o olhar está lá... E
nem vê o que põe na boca... Se alguém lhe dirige a palavra, responde sem olhar
para o outro, como se este nem existisse. Mas, fala e ri, e briga, e chora com
a figura que aparece na tela...
E essa mania já tomou conta de crianças, adolescentes e
adultos... O diálogo coloquial não existe mais. É tudo por meio dessa telinha
que domina e escraviza... Pessoas andando na rua com os olhos fixos no
aparelhinho, sendo atropeladas... Sendo roubadas. Trombando com outros
passantes...
Não há situação mais desalentadora do que falar com alguém, que
não tira os olhos dessa telinha. O interlocutor não é nada diante dessa
maquininha... E quando não querem ouvir, mesmo que o assunto seja muito
importante? Não querem ser perturbados no bate papo tão interessante da
telinha! Os Pokémon, os Pikachu são mais cativantes!
Quando os anos vão avançando, os neurônios vão perdendo as
forças e os idosos acabam sofrendo do mal de Alzheimer, que acaba tirando-os do
ar, tornando-os alienados, ausentes... É uma coisa natural que atinge a maioria
das pessoas, que vivem sós e não têm contato com outros... Vejo tanta gente nova
se referindo aos avós, que sofrem desse mal, com expressão desolada...
Mas, eu penso que os
escravos das telinhas eletrônicas também estão com Alzheimer! Estão totalmente
atacados. Irremediavelmente...
Totalmente alienados aos assuntos de casa, de família, de
finanças, de trânsito, de escola, de trabalho... O Alzheimer dos idosos é
consequência dos anos de solidão, de viver ensimesmado, de vida voltada apenas
para si mesmo. E o Alzheimer dos jovens é por isolacionismo voluntário, por
cortar contato com o mundo e, viver no mundo particular de animês e jogos
eletrônicos, criados por alguns doidos lá do Japão.
Já foram citados alguns malefícios desses jogos, por serem
viciantes. O jogador esquece
compromissos, não dorme e fica madrugadas inteiras tentando ganhar a partida, e
em consequência falta ao serviço, ou trabalha mal quando comparece sonolento...
Se joga andando na rua, perde a visão periférica e, pode causar ou sofrer
acidentes por estar desligado do mundo. E ainda, provoca em si entorses e problemas
de coluna por má postura – sempre curvado sobre a coisa, que não para de
funcionar como um chamariz.
Como podem umas figurinhas fictícias dominar as mentes de tanta
gente no planeta? Alguém tem que inventar algo que liberte a humanidade dessa
aberração, que desperte as consciências e todos retornem à realidade. Nas
escolas de todo o mundo essa febre se tornou problema, e os professores estão
recolhendo os aparelhinhos antes das aulas...
Dirão que a realidade é difícil, dura e cara?
É verdade, a realidade é muito dura e opressiva.
Mas, até quando vamos viver de mentiras?
Até quando ficaremos flutuando num mundo de fantasia, de
ilusões?
Para onde está indo a humanidade?
Muito preocupante...
Pokémon não é real!
Pikachu é uma criatura fictícia!
Têm que ser abolidos antes que a humanidade acabe.
Mirandópolis, agosto de 2016.
kimie oku in
Nenhum comentário:
Postar um comentário