VELÓRIO MUNICIPAL
Há uns vinte anos atrás, a
população de Mirandópolis era carente de um local, para velar seus entes
queridos.
Depois de muito batalhar, o
Professor Walter Víctor Sperandio conseguiu realizar o sonho, de proporcionar
um lugar adequado, para se velar os mortos da cidade.
E de lá para cá, muitas
pessoas faleceram e foram dignamente veladas, nas dependências do Velório
Municipal, que foi obra da Loja Maçônica Acácia e da Prefeitura Municipal.
Entretanto, a cidade cresceu em
razão das Penitenciárias, que para cá trouxeram funcionários de diversas áreas,
fixando residência. E a população aumentou também.
O Velório, que era adequado na
época de sua construção, ficou pequeno, e não oferece mais conforto às
famílias, para velarem seus entes queridos.
Já ocorreu haver mais de três pessoas falecidas, e as famílias tiveram que aguardar o funeral de uma delas, e só então levar o falecido, para ser velado no local. E velar
em casa é um grande problema para a
maioria das famílias, que não possuem espaço para isso.
O
Velório ficou pequeno, e as salas são insuficientes para comportar mais de dois
funerais. E as instalações sanitárias necessitam de reformas, com urgência.
O que é preciso fazer, então?
Ampliar urgentemente o espaço,
abrindo salas para receber mais esquifes, e aumentar a varanda, que é muito
exígua e não comporta muita gente.
Nos funerais do querido e
respeitado cidadão Edmir Batista, e da senhora Amélia Narita, ocorridos na semana que passou, deu para toda
a população perceber o desconforto da exigüidade do espaço. As duas pessoas,
que eram muito queridas na comunidade,
deslocaram centenas de pessoas, que foram lhes prestar a última
homenagem. Mas, grande parte delas não pode nem sequer, entrar no recinto,
porque havia uma multidão, se comprimindo em suas salas e na varanda, num
desconforto total. Situação agravada
pela forte chuva, que também atrasou o
enterro.
Quando
é tempo de estio, muitas pessoas ficam do lado de fora, nos bancos ou debaixo
das árvores. Mas, com a chuva descendo torrencialmente, isso foi impossível.
Daí, o completo transtorno.
Parece ser difícil, de repente
pensar em ampliar o Velório Municipal. Mas, se conjugar forças, nada é
impossível.
Se os clubes de serviço (Rotary, Lyons e outros) juntarem forças com
as Funerárias locais, e a Prefeitura entrar com a mão de obra, a concretização
far-se-á sem muita delonga. Ah! E a população pode ajudar, com alguma taxa
extra nos planos familiares, que são pagos mensalmente.
Afinal, o benefício é
para toda a população. Todos nós usaremos um dia, uma das salas, quer queiramos,
ou não. Nada mais justo que, contribuir para a comodidade de todos.
Mirandópolis tem gente ousada e
corajosa que enfrenta desafios com determinação. Não haverá alguém que consiga
levar avante essa ideia, que se faz urgente e necessária? Talvez um líder da
comunidade, um Presidente de clube, ou mesmo um cidadão comum, que realmente se
preocupe com os problemas da comunidade.
Para a parte arquitetônica e plantas, basta solicitar a contribuição gratuita de
arquitetos da cidade, que os há muito, e eficientes. A parte essencial já existe, que é o terreno
espaçoso, que comporta construções e até, áreas de estacionamento, em toda a
volta.
Não haverá entre os jovens de
hoje, um outro visionário como o Professor Walter Victor Sperandio? Que pensa
na coletividade?
O Professor já fez a sua parte.
Agora é hora da contribuição de outros
cidadãos, para que tenhamos um local adequado e confortável, para prestar as
despedidas aos nossos mortos. Taí um programa, que se faz urgente e necessário
concretizar logo, logo.
E tenho certeza absoluta, que
terá o apoio de toda a população, porque é um problema que afeta a todos nós.
E ninguém deseja despedir-se de
um amigo ou parente, nas condições em
que ocorreram as de dona Amélia e do seu
Edmir.
Que Deus os tenha.
E que suas desoladas famílias perdoem a comunidade, pela falta de jeito......
Mirandópolis, 25 de fevereiro de
2012.
kimie oku (kimieoku@hotmail.com
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