9. História de
Mirandópolis
dos anos 40/50
Capítulo
IX – Mudança para Campinas como fiscal de Rendas
Após
solicitar demissão do cargo de Inspetor Federal do Trabalho, assumi o cargo de
Agente Fiscal de Rendas na Coordenadoria da Secretaria da Fazenda em São Paulo , em abril de
1983, e ao escolher a Delegacia Regional para trabalho, optei pela DRT/5, em Campinas. A escolha se
justificou, sobretudo por uma questão familiar. Na época meu filho Eduardo
Augusto já estudava na Faculdade da USP do Largo S. Francisco em S. Paulo , o Carlos
Alberto estudava Engenharia Elétrica na Faculdade Federal de Itajubá – Minas
Gerais, localidades mais próximas de Campinas, e minhas filhas Regina Célia e
Vera Lúcia pretendiam fazer o curso superior em uma cidade que tivesse
faculdades
Embora
tenha assumido o cargo de AFR em abril, a mudança para Campinas, todavia, só
foi feita após a conclusão do meu estágio na Secretaria da Fazenda em São Paulo. Em agosto, durante a
realização do referido estágio, comprei casa em Campinas, mas que se encontrava
ocupada por um inquilino. A mudança foi feita no mesmo mês, porém em casa
alugada provisoriamente pela Imobiliária. Só mudamos para a casa por mim
comprada em dezembro de 1983.
O
início de minha carreira como Fiscal de Rendas foi sofrido em virtude de ter
sido realizado em patrulha de fiscalização nas ruas e em estradas, mas a
situação durou pouco tempo. Alguns meses depois, ao tomar conhecimento de meu
currículo de advogado, jornalista e ex-Inspetor Federal do Trabalho, o Delegado
Regional convidou-me para trabalhar no Gabinete como Assistente Fiscal, órgão
de assessoria do Delegado, onde permaneci por mais de 4 anos.
Com a
substituição do Delegado no Governo Orestes Quércia, fui convidado para
trabalhar no Tribunal de Impostos e Taxas em São Paulo , órgão da
Secretaria da Fazenda que julga os processos de imposição de multas aos
contribuintes por sonegação.
No
Tribunal exerci, durante 10 anos, o cargo de Representante Fiscal (espécie de
promotor público), nas Câmaras Julgadoras, formadas por 3 juizes classistas e 3 juizes fiscais.
Quando
fui designado para exercer o cargo,
comprei um pequeno apartamento em prédio em frente a Secretaria da Fazenda.
Permanecia em São Paulo
de 2ª a 6ª feira. A Neiva ficava em Campinas em companhia da minha filha Vera
Lúcia, que era solteira.
Em
1998 deixei a Representação Fiscal e fui trabalhar nos últimos 2 anos de minha
carreira na Secretaria da Fazenda, na Corregedoria Fiscal, o órgão que processa
e julga administrativamente os fiscais acusados de “desvio de conduta”.
Em
junho de 2000 me aposentei no estado, restaurei meu registro na Ordem dos
Advogados e voltei a advogar com escritório no meu próprio apartamento em S. Paulo.
Em
2001, após 43 anos de casamento, eu e a Neiva nos separamos consensualmente.
Comprei uma casa para ela morar com a Vera Lucia no Condomínio San Conrado, em
Souzas, distrito de Campinas, onde ela continua morando. Eu fiquei com a casa
em que morávamos e voltei a me casar novamente em 2002, com a profª Marylaine
Silvestrini. No ano passado mudei para a cidade de Valinhos, onde comprei uma
casa, após vender a casa de Campinas onde morei 27 anos. Em Valinhos não estou exercendo a profissão, mas
continuo inscrito na OAB e
acompanho vários processos em tramitação
há mais de 10anos nos Tribunais.
Quanto
aos meus filhos, estão todos formados em curso superior e bem situados na vida,
graças a Deus. O Eduardo Augusto é advogado formado pela Universidade de S. Paulo
(Faculdade do Largo S. Francisco), sócio de conceituado escritório de advocacia
na Av. Paulista em S. Paulo ,
casado com a psicóloga Denise Maria de Oliveira; Carlos Alberto, formado em Engenharia Elétrica
com especialidade em Eletrônica, pela Faculdade Federal de Engenharia de Itajubá-MG, é proprietário de uma escola de formação de técnicos em
telefonia, em Campinas, casado com a psicóloga Renata de Souza; Regina Célia,
formada em Direito pela Faculdade PUC – Campinas, é Diretora da Secretaria do
Tribunal Regional do Trabalho em Campinas, casada com o Juiz de Direito Roberto
Chiminazzo Junior e Vera Regina, formada em Engenharia de Alimentos pela
Faculdade De Engenharia de Barretos e em Direito pela UNIP – Campinas, é também funcionária de
nível superior do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, casada com o
Desembargador Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordano.
De
cada filho ganhei dois netos. O Eduardo, o Carlos e a Vera, me deram um casal
cada. A Regina Célia, duas meninas, hoje todos jovens adolescentes, com exceção
dos dois da Vera Lúcia, ainda crianças. O Eduardo ainda me brindou com um filho
adotivo que virou meu neto tambem.
Sobre
minha família, minha mãe faleceu em 1972, alguns anos depois de meu padrasto.
Dos meus 9irmãos, quatro faleceram, o José, a Aparecida, a Irmã e o Osvaldo,
que faleceu em Mirandópolis em 1974, deixando minha cunhada Etelvina (Vina) e
meus três sobrinhos, os únicos parentes que tenho aí.
O meu
irmão Antonio (Nico), também divorciado da esposa Hortência, mora em Ribeirão
bonito com o filho mais velho, João Antonio; a Elza, casada com Arnaldo Silva
Leão, mora em Araçatuba; a Conceição (Tita) mora em Catanduva; o Adelino,
casado com uma paraense, mora em Belém do Pará e o Hélio, o caçula, mora com a
esposa Carminha, em
Piraposinho. Os meus cunhados; Pedro, marido da Irmã, Ecio
Rosário Bardelli, marido da Aparecida e Éden Eder Botura, marido de Titã,
também já faleceram.
‘É isso aí, Kimie. Missão cumprida.
E
assim, terminamos de publicar o Relato do senhor Elídio Ramires, que fez um
retorno ao passado dos anos 40 e 50, que viveu e cresceu em Mirandópolis. Através
desses textos, recuperamos parte da História de Mirandópolis dos tempos
heróicos, quando o povoado estava se formando no meio de uma mata virgem.
Hoje,
Mirandópolis é uma pequena e pujante cidade do interior cercada por canaviais,
e movida em grande parte pelos presídios, que aqui se instalaram nas últimas
décadas. O progresso chegou e, com ele
muitos problemas próprios de lugarejos que dependem da cultura de cana e da
manutenção de Penitenciárias.
O
povo continua labutando, honrando o slogan “Cidade Labor” e podemos dizer que a
vida em geral aqui é muito tranqüila. Toda a população está pelejando, em busca
de uma vida confortável e harmoniosa.
Desde
os tempos relatados por seu Elídio, já se passaram mais de setenta anos, e muitos
dos cidadãos da época já não fazem parte do cenário atual. Mas, suas obras aí
estão, e nós, os cidadãos que aqui estamos, procuramos organizar um Acervo
Histórico de Mirandópolis, para que a história do nosso povo não seja perdida.
Esse
Relato do Senhor Elídio ficará para sempre no Acervo Histórico de Mirandópolis.
Oxalá, outros cidadãos sigam o exemplo
do senhor Elídio e façam o mesmo, relatando a memória de nossa cidade.
Muito obrigada, senhor Elídio Ramires, o
povo de Mirandópolis e as gerações futuras lhe agradecem.
Mirandópolis,
outubro de 2012.
Kimie oku in
“cronicasdekimie.blogspot.com”
Li toda a história, muito emocionante e ficou gravado muito a história da explosão do trem onde ele estava presente nesta fatalidade da cidade. Muito importante para história de Mirandópolis esse relato e temos agora o nome do jovem que morreu na explosão do trem, nas fotos históricas da cidade. Parabens Kimie, continue sendo nossa historiadora.
ResponderExcluir