Festa
junina
Estava
um dia friozinho, mas bem agradável, propício para a festa.
Compareceu
tanta gente, que se derramava do barracão.
Havia pastéis e cachorro quente em profusão, quentão, chocolate
quente, pipoca, paçoca, pé de moleque, bolo de fubá, canjica e suspiro... Havia
tanta comida para alimentar um batalhão...
Seu
Albertino fez uma fogueira para relembrar as antigas festas de São João e, o Zé
Maria assou umas batatas doces no braseiro.
A novidade do dia
foi a chegada do Milton Lima, que ajudou a fundar a Ciranda há quatro anos
atrás, e agora reside em Campo Grande. Milton foi festejado pelos cirandeiros,
porque é uma pessoa muito querida. Trouxe consigo o companheiro que toca
violão, Miro e a sua esposa. De músicos, o grupo foi bem servido: Albertino e
Gerval como sanfoneiros, Zeferino, Jovanini, Miro e Milton como violeiros, e
Agnaldo como pandeirista. E o João sem-terra como cantador.
Após os abraços e cumprimentos de costume e um cafezinho da dona Cleusa, todos foram afinar seus instrumentos. Quando a música encheu o espaço, os cirandeiros começaram a cantar. E estavam bem afinados. Uns cantavam, outros dançavam e outros só rebolavam. Havia gente vestida à caráter de caipira, e o colorido deu o ar de festa junto com a dança e a música. A turma estava tão animada na cantoria que não houve espaço para brincar de ciranda.
Houve uma pausa para o senhor Orlandinho
declamar seus poemas, como gosta de fazer. E o Dedé cantando, cantando se
esqueceu das batatas no braseiro. A maioria virou carvão. Mesmo assim, salvou
algumas que foram bem disputadas.
De repente no meio da tarde, chegaram os convidados da AMAI
(Associação Mirandopolense de Assistência aos Idosos). E aí foi aquela alegria.
Todos dançaram e cantaram com muito entusiasmo. E eles queriam ficar mais um
pouco, mais um pouco...
E assim foi a Ciranda de junho, uma festa só de muita alegria e
música. Quando todos se foram, a fogueira estava apagada e o dia já estava
escurecendo.
No mês que vem tem mais!
Mirandópolis, junho de 2015.
kimie oku in
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