domingo, 19 de julho de 2015

Cirandando em julho

Na sexta passada, dia 17 de julho fizemos o Encontro da Ciranda, que corresponde à 53ª Cirandada. Em outubro vamos comemorar cinco anos de existência. Não realizamos os Encontros no mês de dezembro porque é um período cheio de eventos e todos têm muitos compromissos.
Nesses cinco anos, conhecemos tanta gente animada e disposta a melhorar a vida das pessoas idosas e solitárias. E a Ciranda chegou até aqui graças à solidariedade de amigos, que não poupam esforços para tornar cada encontro uma tarde de alegria. A Vina Ramires, a Rachel Sperandio, o Zé Maria e a dupla Gerval e Jovaninho sempre dão seus toques de humor e fazem a turma sorrir bastante. E a Fermina, a Flora, a Ivone, a Jandira, o Gabriel, a Maria José, a Dona Aurora sempre colaborando com os come e bebes...
É verdade que nesses quase cinco anos de Ciranda perdemos a dona Luisinha, o seu Egídio, o seu Jorge Cury, o Professor Aristides, o Professor Walter Sperandio, a dona Maria Menegatti, a Lourdinha Codonho e o Toninho do Pandeiro... Perdas que aceitamos porque o grupo é composto de gente idosa e a morte faz parte dessa nossa existência.
Mesmo perdendo companheiros, nunca deixamos de cirandar porque viver é preciso. Os vivos precisam de atenção e carinho para carregar suas dores, sua solidão... Além de nossos cirandeiros, estendemos a roda para o pessoal da AMAI (asilo local), que nos proporcionou muita alegria pela participação cheia de entusiasmo.


E muitos amigos têm nos mandado recados pedindo para participar, mas não temos estrutura suficiente para atender a tanta gente. E há gente que nem precisa desses encontros, por ter uma vida social ativa e sem solidão. Procuramos sempre cuidar dos mais sozinhos, dos que realmente precisam de atenção e carinho... Esperamos que nos compreendam, porque selecionamos pela urgência de atender aos mais necessitados...

Mas, voltando ao último Encontro, podemos dizer que foi maravilhoso. O Milton Lima, que é um dos fundadores da Ciranda e sua esposa Remir vieram de Campo Grande participar da festa. E tivemos a grata surpresa de receber o amigo José Augusto Lisboa, Professor e Jornalista, que atua em Mauá na Grande São Paulo que veio conhecer a Ciranda. Ficou tão encantado com o andar da carruagem que deu meia volta e foi buscar sua mãe dona Aparecida, que é moradora da cidade.
E tivemos a participação do jovem Leonardo cantando e tocando violão com seu avô, senhor Miro tocando viola. E com isso tivemos um bando de músicos animando a festa: Gerval e Jovaninho, seu Miro e Leonardo, João sem terra e o Albertino. E a cantoria afinada ficou por conta dos cirandeiros, que se esbaldaram de cantar e dançar.
E temos gente nova na Ciranda. Desde junho está participando do grupo o senhor Orozimbo, que mora sozinho.
E como acontece sempre parentes visitando os cirandeiros também participaram desse encontro.
A tarde foi de cantoria e muito som de violão e sanfona. E entre uns lanches e bolos, as horas passaram e todos foram para suas casas com o coração cheio de alegria.



Mirandópolis, julho de 2015.
kimie oku in






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