Bandeira do Brasil
Bandeira do Brasil,
Ninguém te manchará.
Teu povo varonil
isso não consentirá.
Bandeira idolatrada
altiva a tremular,
onde a liberdade
é mais uma estrela a
brilhar.
Esta é parte da canção “Fibra de Herói“, escrita
por Teófilo de Barros Filho e musicada por Guerra Peixe em 1942, durante a Segunda
Guerra Mundial. Foi cantada por Sílvio Caldas e adotada pela Infantaria como
seu hino.
Quando professora nos anos 70, ensinei e cantei
muito com as crianças nas escolas.
Naqueles tempos duros, parece que o sentimento
de brasilidade era outro, as pessoas cultivavam um amor e um respeito pela
Pátria com fervor, e o povo tinha muito orgulho de ser brasileiro.
Todos sabiam cantar o Hino Nacional, em postura
de respeito, com emoção de verdade. Ninguém cantava o nosso Hino de chapéu na
cabeça, sentado, agachado ou mascando chicletes.
E todos sabiam cantar o “Salve lindo pendão da esperança, Salve símbolo augusto da paz”, que é o Hino em louvor à Bandeira Brasileira. Em desfiles nas datas comemorativas, carregar a Bandeira era uma honra muito disputada pelos estudantes.
E todos sabiam cantar o “Salve lindo pendão da esperança, Salve símbolo augusto da paz”, que é o Hino em louvor à Bandeira Brasileira. Em desfiles nas datas comemorativas, carregar a Bandeira era uma honra muito disputada pelos estudantes.
Foi
quando a Bandeira brasileira virou uma marca, um agasalho, circulando aos
milhares no meio da multidão, transformando-se num troféu do povo. Foi um tempo
de recuperação do sentimento de brasilidade, que todos sentiram na pele. Nunca
um movimento político conseguiu unir tantos cidadãos, que foram às ruas, gritar
o inconformismo com a situação econômica e política do país. Pobres, ricos, sábios,
analfabetos, intelectuais, políticos, religiosos, todos se irmanaram para resgatar
o direito ao voto direto.
A força da Bandeira fez a diferença, porque despertou
os brasileiros adormecidos no regime de Ditadura, que mandava e desmandava no
país. E o grito de guerra foi: “Um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos
eleger o Presidente do Brasil”.
O voto direto foi assim recuperado.
Uma década mais tarde, o povo comandado por
estudantes secundaristas e universitários saiu às ruas num mesmo movimento,
pedindo o Impeachment do Presidente, que desgovernou o Brasil, refém que foi de
grupos poderosos, que o haviam apoiado durante a campanha eleitoral.
Novamente, os jovens de caras pintadas de
verde-amarelo saíram aos milhares e num uníssono gritaram: “Fora, Collor!”.
E o Presidente caiu.
Em várias ocasiões,
tivemos momentos de pura emoção, quando Ayrton Senna, o eterno ídolo da Fórmula
1 carregava a Bandeira brasileira na volta triunfal, nas pistas de tantos
autódromos do mundo. E isso, não foi uma
vez apenas, foram dezenas de vezes, que levaram o povo brasileiro ao delírio.
Tanto é que ele, mesmo após 18 anos de falecido, ainda tem fã-clube em vários países.
Também o Guga foi
responsável pelo despertar de patriotismo em nossos corações, quando vencia as
partidas de tênis, em famosas quadras internacionais. Muitas alegrias nos
proporcionou esse tenista gaúcho.
Nosso futebol fazendo
bonito nas Copas do Mundo, o basquete nos Jogos Pan-americanos, o judô nas
Olimpíadas foram outros momentos de glória, onde o pendão verde-amarelo esteve
sempre tremulando e, enchendo nossos corações de orgulho.
E nesse dia 19 de
novembro de 2012, fico matutando aqui comigo, se não será necessário mais um
movimento semelhante, para despertar consciências, e resolver de vez a questão
do mensalão.
Exigindo a devolução
de tudo que os corruptos políticos roubaram.
E cadeia pra eles!
Mirandópolis, 19 de novembro de 2012.
kimie oku
in “cronicasdekimie.blogspot.com”
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