Votar
em quem?
Estou no mato sem cachorro! Tal qual caçador que se defronta
com feras e não tem como se defender, nem fugir.
Domingo, 5 de outubro é o grande dia!
Dia de definir o destino dessa nossa Nação!
Tenho idade suficiente para me eximir de votar, mas quero
contribuir para escolher o próximo Dirigente do país.
E,
ao longo desses meses tenho observado a dança dos números, na pesquisa sobre
intenções de voto para Presidente.
Temos
três candidatos que estão dividindo os anseios do eleitorado. A atual
Presidente buscando a reeleição, o Aécio representando a oposição e, a Marina
guindada ao topo pela morte do candidato Eduardo Campos. Há outros, mas sem
nenhuma chance de competição com esses três.
Vamos analisar os atributos de cada um para
uma melhor análise. Comecemos com
a Dilma Rousseff, mineira de 67 anos, do Partido dos Trabalhadores, candidata à
reeleição. É formada em Ciências
Econômicas pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul. Ficou detida de 1970
a 1972, por seu envolvimento com o Comando de Libertação Nacional e Vanguarda
Armada Revolucionária Palmares. Participou de movimentos terroristas, inclusive
do sequestro do Embaixador americano em 1969. Foi Ministra de Minas e Energia
em 2003, e Chefe da Casa Civil do governo Lula, E em 2010 foi eleita a primeira
mulher Presidente com 56 milhões de votos. Tem milhões de seguidores. Seu vice
na chapa é o Michel Temer.
Marina
ou Maria Osmarina Silva de Souza, acreana de 56 anos de idade, do Partido
Socialista Brasileiro. Historiadora, Psicopedagoga e Ambientalista pela
Universidade Federal de Acre, Universidade de Brasília e Universidade Católica
de Brasília. Foi militante do Partido dos Trabalhadores por três décadas. Com
Chico Mendes fundou a Central Única dos Trabalhadores do Acre (CUT). Deputada
Estadual por Acre, Senadora da República por dois mandatos e Ministra de Estado
do Meio Ambiente. Em 2009 saiu do P T, em conflito com o Governo Lula, optando
por desenvolvimento sustentável. Seu trabalho em favor do meio ambiente foi
reconhecido internacionalmente. Seu vice é Beto Albuquerque.
Aécio
Neves, mineiro de 54 anos, do Partido da Social Democracia Brasileira. É
formado Economista pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Neto
de Tancredo Neves, que eleito Presidente do Brasil na transição do Militarismo
para a Democracia, faleceu sem ter tomado posse. Aécio Neves foi Governador de
Minas Gerais por dois mandatos. Seu
Programa Choque de Gestão, que reduziu gastos com a extinção de algumas
Secretarias de Minas, e investiu na Educação e Saúde do Estado virou referência
internacional. Como governador de Minas
teve 90% de aprovação popular. É pela segunda vez Senador da República por
Minas, e seu vice de chapa é o Aloysio Nunes.
Bem,
até aqui nenhum conflito. Três candidatos de gabarito, com curso superior,
experiência política e bem votados em campanhas anteriores. Todos aparentemente
saudáveis, nem tão jovens nem tão idosos. Porém, há os senões...
Comecemos
com a Dilma. Seu governo começou cheio de promessas e parecia dar certo. O
mundo inteiro mirando a primeira Mulher Presidente do Brasil. E ela estava com
tudo. Não fosse o Lula, que por trás dos bastidores movimentava as cordinhas da
bonequinha, que só se deixava conduzir por ele. E assim, ela herdou a história
do Mensalão, que a deixou atada, refém do Partido. E para não perder a fé do
povo, multiplicou os pães em forma de bolsas disso e daquilo, que no fim todo
mundo entendeu que era bolsa-voto para garantir a reeleição. E para o estrago
ser completo, veio à tona a história da Petrobrás, que foi vendida a preço de
pechincha, quando ela era a Ministra de
Minas e Energia... Daí, fez o seu eleitorado matutar...
E
veio a Marina, ou Maria, ou Osmarina, que nem nome bem definido tem. De
candidata a Vice passou para Presidente, com a morte providencial de Eduardo
Campos. E a história da queda do avião esconde um mistério, que não foi
esclarecido até agora. Por que o avião caiu? E onde foram parar as gravações da
caixa preta? O que existe por trás disso tudo? De quem era o avião? E essa
mesma Marina foi durante três décadas militante do PT. Comungou a cartilha do
Lula, foi Ministra na gestão dele, junto com Dilma Rousseff... E foi ativa
militante do Movimento dos Sem Terra, que invadiram e se apossaram de terras em
Mato Grosso e no Norte do país. E agora, vem com outros discursos, como se
fosse uma jovem inocente, usada pelo Partido dos Trabalhadores. Não dá para engolir.
Seu passado a condena.
E
tem o Aécio. Rapaz boa pinta, de tradicional família mineira, seguiu a carreira
do avô Tancredo Neves, e subiu como rojão nas últimas disputas eleitorais.
Entretanto, a boca pequena correm boatos de consumo de drogas, de bebedeira e
ainda a história de um aeroporto em fazenda da família, construído com dinheiro
público. Dirão que isso é coisa mínima comparada ao Mensalão. Mas, são dúvidas
que entram na cabeça do eleitor... Será verdade? Ou não? E mesmo com o Choque
de Gestão, que guindou Minas para ombrear-se com o Estado de São Paulo, os
problemas de lá não foram minimizados, com a onda de violência sempre nos
noticiários...
Então,
todo eleitor consciente fica perdido diante de tantas denúncias contra pessoas
que, irão tomar as rédeas da Nação. Como colocar lá no Planalto gente que,
fecha os olhos para a roubalheira que foi o Mensalão, que vendeu a Petrobrás,
que era um dos poucos orgulhos do Brasil?
Como colocar uma mulher que invade
propriedades alheias? Se a Marina chegar lá, parece que estaremos dando aval
para todos seguirem seu exemplo, e o país irá mergulhar num conflito interno. E
o que mais incomoda é que de repente, ela foi guindada como candidata a
Presidente, e passa a impressão que está titubeando, sem um plano definido de
governo. Como irá governar um país-continente com tantas diversidades, com mil
problemas diferentes de cada região? Não irá buscar ajuda do Lula, a eminência
parda, que fez do governo de Dilma um desastre? Afinal, ela já foi seguidora e
admiradora dele durante três décadas!
Penso
na Marina como uma boa opção, mas a sua ligação com o PT me incomoda muito, e
alternar a Dilma com a Marina seria trocar seis por meia dúzia. E ela não
convenceu ninguém com um plano de governo bem estruturado, que vise o futuro do
país. Tudo nela parece ser improvisado: os discursos, os planos que ontem eram
uns e hoje são outros, os ideais, a sua postura diante de problemas que afetam
a sociedade... Frágil demais como Presidente, poderá ser sucateada pelas
raposas velhas do Planalto.
Mas,
votar na Dilma é aprovar o processo de revolução bolivariana, que está em
andamento na América. Os cubanos já estão na paisagem brasileira, assim como
outros latinos da América Central Por trás dos discursos da Dilma, percebe-se
claramente a sua ambição de trilhar o caminho de Hugo Chaves, que seguiu
Castro, que sonhou com um país comunista onde todos seriam iguais e felizes. Só
que a realidade atual de Cuba e de
Venezuela não conseguiu convencer o mundo, que o comunismo é a melhor forma de
tornar um povo feliz.
Então
nos resta o Aécio, que dos males parece ser menor. Mas, ele não decolou nessa
campanha, que está polarizada pelas duas mulheres. Votar em Aécio seria dar
vitória a Dilma? Votar em Marina não seria dar um tiro no escuro?
Realmente,
estou perdida e não sei o que fazer.
De
uma coisa tenho certeza absoluta! Temos que mudar e logo, antes que o trem do
Brasil despenque de vez no precipício.
Vamos
votar, minha gente!
E
que ganhe o melhor!
Mirandópolis,
setembro de 2014.
kimie oku in http://cronicasdekimie.blogspot.com.br/
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