domingo, 29 de janeiro de 2012

CIRANDA- 15º ENCONTRO



Cirandando  pela 15ª vez


No dia 27 último, realizamos mais 
um Encontro da Ciranda. 
Como sempre foi na Chácara do senhor
 Albertino Prando.
O tempo estava chuvoso, e
houve até sugestões para cancelar  a festa. Mas, como  todos estavam querendo reunir-se,   o programa foi mantido.
        E São Pedro mandou  tanta chuva, que o córrego que passa pela chácara ficou cheio, e se transformou numa torrente que fazia barulho, descendo para a matinha.
        Os cirandeiros compareceram em massa, com apenas sete ausências.  Havia aproximadamente cinqüenta pessoas , que nem se preocuparam com a chuva que descia do céu.
        E a novidade do dia foi a presença  da senhora Aparecida Monzani, convidada para participar como membro do grupo de apoio. Sua mãe, dona Élida também compareceu e 
curtiu a festa.
      A música ficou por conta do dono da casa, senhor Albertino tocando acordeão, do pandeirista Toninho, e dos violeiros Zeferino Coqueiro e Professor Valdevino.
      E o coral  foi comandado pela Flora,  Adelina, Jane e Milton. E quando chegou a Rachel, a festa ficou completa, com gente dançando e cantando e o  Toninho 
rebolando como um malabarista, 
com o seu pandeiro.
      O seu Orlando Serafim declamou “Adeus, papai e mamãe”, poema longo e emotivo que deixou todos os ouvintes perplexos, pela memória incrível do declamador,
 que já é bem idoso. 
Depois, foi a vez do poeta Pedro Squinca que contou a história de sua vida, declamando poemas lindíssimos 
de sua autoria. 
José Maria de carvalho, o popular Dedé leu um texto sobre  os cuidados 
com o nosso planeta.
 E eu, kimie oku abordei o assunto 
Morte na Ciranda.
      Como perdemos recentemente, o amigo cirandeiro Egídio Vicente, achei necessário falar sobre homenagens aos
amigos que irão partindo, porque o grupo é composto só de gente idosa, que já está na descida da ladeira.
      Disse aos amigos que o senhor Varela me indagou, que homenagem faríamos 
ao amigo Egídio. 
  Eu disse que a melhor homenagem  já lhe  prestamos em vida, com os encontros da Ciranda, em que ele brincou, 
cantou, riu e até fez discursos 
sempre oportunos e bem apropriados. 
  Disse ainda que nós temos que, 
aprender a lidar com a morte, 
porque é a única certeza que 
nos aguarda,
 no fim do caminho.
Todos os cirandeiros concordaram comigo. 
E a sra. Maria, viúva do sr. Egídio 
leu um texto que confirmou todas
 essas idéias.
      E mais, acrescentei que nós devemos viver o momento, cantando, rindo e brincando com os amigos, aproveitando 
o tempo que nos resta.
        Então, a cantoria continuou, com muita alegria.
       E ninguém se importou com a chuva, que caiu a tarde toda. 
Foi um dia maravilhoso.

         Mirandópolis, 28 de janeiro de 2012.
                  kimie oku (kimieoku@hotmail.com)

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