quinta-feira, 24 de novembro de 2011

LITERATURA - CEM ANOS DE SOLIDÃO

          Cem anos de solidão   


    Macondo, um vilarejo perdido no mundo.
   Tão igual a centenas que há em nosso país. 
    Fundado por José Arcádio Buendia e Úrsula Iguarán, se transforma no domínio de Arcádios e Aurelianos, que se sucedem por sete gerações.
   Ao ler e reler várias vezes "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Márquez, é inevitável pensar em nossas pequenas cidades natais, onde a vida flui exatamente como em Macondo.
   Garcia Márquez, Nobel de 1982, conseguiu sintetizar nessa obra, toda a saga do pueblo americano, sua orfandade, seu comovente desamparo, sua solidão sem fim.
   Pueblo sempre explorado na sua ingenuidade, que crê em magias e promessas fantásticas das poderosas multinacionais.  Que se agigantam, na mesma proporção que estrangulam a força de seus operários.
   Ao visitar e conhecer Macondo, a gente revisita as nossas vidas, a infância tão inocente e distante, a adolescência povoada de lindos sonhos e... a dura vida vivida.
  E mesmo sem querer, a gente acaba fazendo uma retrospectiva, onde o passado retorna com imagens tão pungentes, que é impossível evitar a saudade...
    Há tantos sonhos sonhados e não realizados em Macondo.
    E isso traz a desilusão e o desencanto, inevitavelmente.
    Desencanto que faz o centenário Aureliano declarar:
    "Estou apenas esperando meu enterro passar,,,"
            
    Mirandópolis, janeiro de 2011.
    kimie oku   
      p.s: faleceu aos 87 anos de idade no dia 17 de abril de 2014.
    

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