Cem
anos de solidão   
    Macondo, um vilarejo perdido no mundo.
   Tão igual a centenas que há em nosso país.  
    Fundado por José Arcádio Buendia e Úrsula
Iguarán, se transforma no domínio de Arcádios e Aurelianos, que se sucedem por
sete gerações.
   Ao
ler e reler várias vezes "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia
Márquez, é inevitável pensar em nossas pequenas cidades natais, onde a vida
flui exatamente como em Macondo.
   Garcia Márquez, Nobel de 1982, conseguiu
sintetizar nessa obra, toda a saga do pueblo americano, sua orfandade, seu
comovente desamparo, sua solidão sem fim.
   Pueblo sempre explorado na sua ingenuidade,
que crê em magias e promessas fantásticas das poderosas multinacionais.  Que se agigantam, na mesma proporção que
estrangulam a força de seus operários.
   Ao visitar e conhecer Macondo, a gente
revisita as nossas vidas, a infância tão inocente e distante, a adolescência
povoada de lindos sonhos e... a dura vida vivida.
  E
mesmo sem querer, a gente acaba fazendo uma retrospectiva, onde o passado
retorna com imagens tão pungentes, que é impossível evitar a saudade... 
    Há tantos sonhos sonhados e não realizados
em Macondo.
    E
isso traz a desilusão e o desencanto, inevitavelmente.
    Desencanto que faz o centenário Aureliano
declarar:
    "Estou apenas esperando meu enterro
passar,,,"
    Mirandópolis, janeiro de 2011.
    kimie oku   
p.s: faleceu aos 87 anos de idade no dia 17 de abril de 2014.
    
p.s: faleceu aos 87 anos de idade no dia 17 de abril de 2014.

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