terça-feira, 22 de novembro de 2011

MULHER

Inventaram a história que a mulher se originou de uma costela de Adão.
Inverossímil.
Se ainda fosse de parte mais nobre, até acreditaria. Do cérebro ou do coração. Mas de um osso fino, duro e torto?
Não dá para crer!
E a história de Eva induzindo Adão a pecar? Tudo culpa da mulher!
O homem não assume nada. Nunca.
Porque é homem, é macho.
E a sina de Maria Madalena, que apareceu no livro mais sagrado dos cristãos? A pecadora, a prostituta que, ao longo da história da Humanidade foi sempre condenada, apedrejada e menosprezada pelos homens. Pelos mesmos homens que a fizeram assim, usando-a nas suas urgências sexuais, e jogando-a fora como se fosse um chinelo velho e imprestável...
Mulher, sexo frágil, sem direitos, que deve obediência aos pais, ao marido. Recatada e santa. Por que criaram esse mito? A quem lucra esse viés ? Ao homem, é claro!
Lastimável é ela ter aceito essa subserviência per secula et seculorum....
Mas um dia, ela acordou. E deu seu grito de independência.
E daí prá cá muita coisa mudou.
Mesmo em nossa pequena cidade, há tantas mulheres trabalhadoras, que labutam todos os dias prestando serviços fora de casa. Mulheres provedoras do lar.
Alguém já atentou para o número de professoras, funcionárias públicas, comerciantes, canavieiras, dentistas, boias-frias, enfermeiras, advogadas, motoristas de táxi, garis, bancárias, médicas e moto-taxistas que fazem Mirandópolis funcionar?
Se dependesse só de varões, essa pujança toda de hoje seria realidade?
Toda mulher que trabalha fora, acumula funções. Ela não abdica de suas tarefas domésticas,  para garantir a paz na família.
Mesmo a mais respeitável autoridade,  ou simples funcionária acumulam funções de mãe, babá, cozinheira, lavadeira, doceira, arrumadeira, tesoureira, administradora, além de esposa.
A maioria não dispõe de auxiliares para aliviá-la dos encargos do lar. E raras são as que podem contar com a colaboração de maridos e filhos.
Mas a era da Amélia já passou.
Está na hora de desativar esse robô, que funcionou como ordenança do homem, no tempo dos coronéis. E que ainda está funcionando em muitas casas.
Amélia já era!
Família quer conforto?
Que tal,  todo mundo colaborar?
Participar, ajudar, dar uma mão, para que aquela mulher-servidora,  possa também curtir a novela e o noticiário.
 E não dormir no sofá,
 de pura exaustão...
Um abraço,  uma flor,  um presente pelo Dia internacional da Mulher,  pelo Dia da Mães, das Avós?  Nada  disso tem valor! Só servem para aliviar a consciência,  de quem é servido todos os dias, o ano todo,
a vida toda...
A mulher quer respeito. 
Como ser humano, como esposa, como mãe, como provedora das necessidades da família, como amiga,
 como gente.
Amigos, olhem para as mulheres! Para a companheira, a esposa, 
a mãe de seus filhos.
É ela que faz o lar funcionar direitinho.
 E torna confortável 
a vida de todos.
Compartilhar é o caminho.
E vivam as mulheres felizes!

Mirandópolis, março de 2011.

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