A Olaria
Após o episódio do carro preto com gente
estranha, papai nos ensinou um caminho mais seguro para ir à escola.
Entretanto, tínhamos que passar por uma
matinha fechada do nosso vizinho senhor Paulo Pascoal.
Era uma mata virgem equivalente a dois quarteirões com árvores
imensas e um carreador muito estreito. Era tão densa, que às seis e meia da
manhã, era tudo escuro... E ficávamos
sobressaltadas, com o barulho que alguns bichos faziam à nossa passagem. As árvores imensas filtravam a luz do sol e
aqui e ali havia um clarão. Passávamos correndo por essa matinha, sempre com muito medo... Mas encarávamos tudo com coragem.
Mas, no fim da mata havia um pasto verde e aberto.
E logo depois passávamos na casa do Aristeu, que também ia à
escola. E lá na casa dele vímos pela primeira vez um moinho. Era uma roda
grande, no meio ficavam duas pessoas colocando água e barro num tambor. Por
cima havia uma trave grossa, que dois animais puxavam sempre numa direção para
amassar o barro. Após um tempo, o barro lisinho era colocado em caixas de
madeira para secar. Era a produção de tijolos da época...
Naqueles tempos, as casas eram de tábua, porque havia muita
madeira disponível
Às treze horas quando retornávamos, os homens e os animais continuavam na labuta.
E havia uma porção de tijolos secando ao sol.
Às treze horas quando retornávamos, os homens e os animais continuavam na labuta.
E havia uma porção de tijolos secando ao sol.
A indústria dos tijolos estava começando de forma artesanal.
Era 1949...
Mirandópolis, maio de 2019.
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Era 1949...
Mirandópolis, maio de 2019.
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kimie oku in
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