Uma Aventura!
Um dia, meus irmãos e outros moleques resolveram explorar aquela mata.
Eu era pequena, devia ter menos de dez anos e resolvi segui-los.
Eles foram contra, mas teimosa como era fui. Não havia carreador na mata. Era cheia de árvores imensas, de onde pendia
um emaranhado de cipós, que impedia avançar. Um dos meninos ia à frente com um
facão cortando os galhos para abrir passagem. E havia troncos enormes caídos,
que eu não conseguia subir para acompanhar os meninos. Eu caia e chorava, mas
ninguém me ajudava, só diziam que eu não deveria ter ido. E tinha espinhos,
espinhos. Nem sei como não me perdi deles. Andamos por um bom tempo naquela
mata escura e assustadora e de repente, chegamos a uma clareira.
Não havia árvores. Era um descampado, todo verde de capim ou
colonião. Era uma clareira imensa, rodeada pela mata que acabáramos de
explorar.
Ficamos abobados vendo aquela imagem linda, toda iluminada pelo
sol.
No meio do capinzal, elevavam-se centenas de coqueiros esguios.
E os coqueiros estavam carregados de coquinhos... E no meio de tudo havia uma tapera.
Era inteiramente feita de troncos de coqueiro e coberta
com palmas.
Com muito medo e curiosos demais nos aproximamos da cabana, de
onde saiu um imenso homem vermelho, vestido de trapos que ficou espantadíssimo por nos
ver. Depois, falou para nos aproximarmos. Chegamos perto e vimos um chiqueiro cheio
de porcos gordos, roliços.
Eu me lembro que ele
disse para não contar pra ninguém que ele morava lá... (Naquele tempo, já
havia um invasor de terras!). Não entendemos nada e os meninos prometeram tudo
que ele quis. Mais tranquilo, ele pegou
uma vara comprida e foi derrubar coquinhos, que ele jogava para os porcos..
Os porcos devoravam os coquinhos com avidez.
Era o único alimento dos bichos.
Os porcos devoravam os coquinhos com avidez.
Era o único alimento dos bichos.
Esta foi a maior aventura que fiz ao desconhecido...
Mirandópolis, maio de 2019.
kimie oku in
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