Hoje quero contar sobre Pedro
Squinca.
Pedro Squinca, essa figura elegante de chapéu branco
e óculos
de sol, nasceu há 78 anos em Paraíso, perto de Catanduva.
Nunca se casou, e é pai de 5 filhos, que trabalham como Bancário, Caminhoneiro, Agente da FEBEM,
Farmacêutico, e Professor de Faculdade.
O senhor Squinca começou a vida na roça, com os pais. Veio para
a cidade e passou a ser corretor de carros, de imóveis, de boiadas e de
fazendas.
Na sua juventude foi amigo e companheiro de bar do senhor
Manuel Alves de Ataíde,
o fundador de Mirandópolis.
Naquela época, o local onde está a Praça Manuel Alves de
Ataíde, era uma pastagem de gado.
E ali perto, onde há uma sorveteria, havia um bar, onde
o sr. Pedro ia tomar cerveja com o sr. Ataíde.
Este só tomava cerveja Caracu, e ficava alterado
quando bebia muito.
Mas, normalmente, o sr. Ataíde era um homem simples, de paz.
E ali perto, onde há uma sorveteria, havia um bar, onde
o sr. Pedro ia tomar cerveja com o sr. Ataíde.
Este só tomava cerveja Caracu, e ficava alterado
quando bebia muito.
Mas, normalmente, o sr. Ataíde era um homem simples, de paz.
Como era atirado nos negócios,
o sr. Squinca ficou rico,
tornando-se proprietário de sítios, casas e até do Hotel Esplanada de 22 quartos,
em Guararapes.
o sr. Squinca ficou rico,
tornando-se proprietário de sítios, casas e até do Hotel Esplanada de 22 quartos,
em Guararapes.
Nessa fase de sucesso, seu nome foi até cogitado para candidato
a prefeito de Mirandópolis, mas não passou disso.
Seu Pedro estava rico, era benquisto, e feliz.
De repente, porém, tudo foi
por água abaixo.
por água abaixo.
Numa desavença no antigo Bar Marabá, Pedro deu dois tiros num
cidadão e foi preso.
O cidadão não morreu, mas Pedro ficou 58 dias detido.
O cidadão não morreu, mas Pedro ficou 58 dias detido.
Após três audiências, Pedro se irritou
com a morosidade da Justiça e, caiu fora.
Foi para São Paulo e trabalhou por oito anos,
como motorista de táxi e de caminhão.
Nessa fase, morou com a famosa
dupla caipira Tonico e Tinoco, num ônibus de circo,
no Parque do Chave , em São Paulo.
A dupla não era famosa, ainda.
com a morosidade da Justiça e, caiu fora.
Foi para São Paulo e trabalhou por oito anos,
como motorista de táxi e de caminhão.
Nessa fase, morou com a famosa
dupla caipira Tonico e Tinoco, num ônibus de circo,
no Parque do Chave , em São Paulo.
A dupla não era famosa, ainda.
Trabalhou também no Rio
e em Curitiba,
sempre como motorista.
Por fim, ficou ainda uns cinco anos correndo da Justiça, de cidade em cidade, em Mato Grosso.
sempre como motorista.
Por fim, ficou ainda uns cinco anos correndo da Justiça, de cidade em cidade, em Mato Grosso.
Só voltou a Mirandópolis, quando o processo que lhe moviam
havia prescrito.
Mesmo porque, o homem que era o pivô de toda essa história, fora morto anos antes,
por outro cidadão.
Mesmo porque, o homem que era o pivô de toda essa história, fora morto anos antes,
por outro cidadão.
Quando voltou, Pedro Squinca era outro homem.
Bebia e fumava muito.
O que mais lhe doía, era ter perdido junto com
todos os seus bens,
o crédito que ele tinha conquistado na praça.
Daí, passara a beber muito e perdeu o rumo na vida.
Não tinha mais vontade viver.
Bebia e fumava muito.
O que mais lhe doía, era ter perdido junto com
todos os seus bens,
o crédito que ele tinha conquistado na praça.
Daí, passara a beber muito e perdeu o rumo na vida.
Não tinha mais vontade viver.
Um dia, pediu ajuda a
Deus.
E Nossa Senhora de Aparecida lhe atendeu.
E parou de beber
E Nossa Senhora de Aparecida lhe atendeu.
E parou de beber
há
27 anos.
Mas, de tanto fumar , perdeu a fala.
Certa vez, desmaiou, por não conseguir respirar.
Quando perdeu a consciência, já quase morrendo
teve um acesso de tosse, e conseguiu expelir
uma rolha de nicotina, que lhe obstruía
as vias respiratórias.
Certa vez, desmaiou, por não conseguir respirar.
Quando perdeu a consciência, já quase morrendo
teve um acesso de tosse, e conseguiu expelir
uma rolha de nicotina, que lhe obstruía
as vias respiratórias.
Recuperou a vida e a fala.
E nunca mais fumou.
Hoje, ele é um homem tranqüilo.
Só lamenta não ter tido a chance, de ser
Prefeito de Mirandópolis.
Só lamenta não ter tido a chance, de ser
Prefeito de Mirandópolis.
Mora sozinho, compõe música, toca violão e canta .
E é feliz.
E é feliz.
Pedro Squinca venceu todos os contratempos da vida.
Venceu a bebida e o cigarro.
Venceu a bebida e o cigarro.
Pedro Squinca, gente de fibra!
Mirandópolis, abril de 2011.
Kimie oku
(kimieoku@hotmail.com)
Emocionante falar desse homem que é o Pedro Squinca, meu amigo quando o encontro ele com sua fala suave e tranquila, vejo-o na igreja matriz- católica todos os domingos, gosto muito dele sempre comentando suas andanças da vida. É Pedro, a vida é assim mesmo. As vezes a gente tem tudo e de repente nada se tem. só a vida que devemos preservá-la com dignidade. Parabens Dona Kimie pela lembrança desse senhor de muitas histórias.
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