Há um tempo atrás, através da amiga Maria Nívea Pinto, de Campinas, tive a alegria de conhecer uma obra poética, de um defensor dos bichos e da natureza.
Eu me refiro ao João Proteti, nascido há 59 anos em Andradina, que escreve com leveza e muito carinho, sobre tudo que estamos perdendo, que são as árvores, o ar puro, os regatos de águas cristalinas, e mais ainda, sobre animais.
Toda vez que me empolgo com algo muito belo, não resisto à tentação de fazer uma apreciação por escrito. E foi o que aconteceu. Num impulso, escrevi ao João, que nem conheço, falando do encantamento de que fui tomada, ao ler o seu livro.
E lhe enviei algumas cópias de crônicas, em que como ele, procuro despertar consciências, para salvar este tão maltratado planeta... Percebi que falamos a mesma linguagem, e levantamos a mesma bandeira ecológica.
E ontem, de repente chegou um pacote especial, carimbado como Correio Poético e com a estampa de um ipê deslumbrante.
O conteúdo ?
Uma carta belíssima, artisticamente escrita em cores, com dizeres muito simpáticos, que só uma pessoa de alma pura consegue escrever. Ele também lamenta o estado da nossa praça Manoel Alves de Ataíde, e diz que o Brasil é uma grande praça abandonada.
Ainda, incluiu três maravilhosos livros de sua autoria " Para se ter uma floresta", "Bicho bonito, bicho esquisito!" e "O tico-tico tá?" (pronuncie oralmente "o tico-tico tá", e você perceberá na sonoridade que produz, um agradável trava língua)
É impossível dizer qual livro me tocou mais. São maravilhosos, mais ainda porque são todos ilustrados e em cores, que eu recomendo aos leitores de três anos de idade até aos centenários. Cada livro pode ser lido em instantes, porque os textos são poemas curtinhos, mas de conteúdo muito profundo.
E as ilustrações! São maravilhosas. Meri, a ilustradora do "O tico-tico tá?" faz o leitor transportar-se aos bons tempos de infância, para um mundo povoado de patos, gatos, formigas, grilos e sapos... São desenhos que não cansam a vista, e fazem a imaginação voar para lugares de sonhos. Os poemas do João e os desenhos da Meri se completam, e são um refrigério, para descansar os olhos e a alma.
Acho ainda que, o João não é só poeta. É um artista, porque desenha e enfeita tudo com cores, que é impossível deixar de olhar os minuciosos detalhes.
Passei uma tarde folheando os livros, saboreando cada poema, cada desenho e fiquei muito orgulhosa desses brasileiros, que estão fazendo essa fantástica campanha em nome dos bichos, em nome da natureza.
Nem tudo está perdido.
E após curtir toda essa felicidade, achei injusto guardar os livros em armários. E decidi. Os livros têm que circular, andar de mão em mão, para mais gente conhecer suas mensagens.
Que validade tem um livro guardado no armário? Só prá traças comerem, né?
Mesmo sendo presentes a mim endereçados, e com lindas dedicatórias, vou doá-los `a Biblioteca Municipal, para que mais pessoas possam usufruir dessa boa leitura.
Tenho absoluta certeza de, contar com a compreensão do João.
E tenho também a certeza maior, que é esse o caminho, para ajudar o João Proteti a ajudar os bichos, a sobrevierem neste mundo cruel.
João Proteti, o poeta defensor dos bichos.
Mirandópolis, dezembro de 2011.
kimie oku
Incrível, também conheci o João através de Dona Nívea - grande escritora de Lavínia.
ResponderExcluirQue bom Dona Kimie que a partir de agora os mesmos farão parte do acervo da biblioteca.
Agradecido
Fred/primavera/11