quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

crônica  NÉLSON

        Há pouco tempo atrás, faleceu em Brasília , um cidadão mirandopolense, que aqui  morou e trabalhou grande parte de sua vida.
       Nélson Alves dos Santos.
       Era casado com Adelaide Antonia de Barros, ex –diretora da  Escola Hélio Faria, com quem teve os filhos  Adriana, Renata e Rodrigo(Kiko).
       Nélson era um homem corretíssimo – trabalhou  muitos anos nas Casas Pernambucanas e Casa Moreira daqui, onde conquistou
muitos amigos pela simplicidade e elegância no atendimento.
       Era católico devoto e, praticava a religião no contato diário com as pessoas que o cercavam. Junto com Adelaide, não deixava de  socorrer qualquer pessoa  necessitada, e amigos que estivessem em apuros.
       Ele acreditava na força política, filiou-se ao P.T., e  durante décadas foi  defensor e divulgador da ideologia do partido. Como era gentil, nunca tentava  impor suas idéias e nem magoar seus opositores. Nas eleições, era o primeiro a empunhar a bandeira vermelha, e ficava horas e horas ao sol, como vigilante para garantir a Democracia.     
        Nélson era puro. Acreditava nas pessoas. E se entregava de corpo e alma em favor do próximo, como voluntário.
       Quando o Partido dos Trabalhadores estarreceu  a Nação, com os escândalos envolvendo sua cúpula (Dirceu, Genoíno, Gushiken e o empresário Marcos Valério), Nélson se sentiu atraiçoado. Ninguém ficou mais decepcionado que ele. Ficou 
totalmente fragilizado.
       Política à parte, Nélson continuou acreditando nas pessoas até o fim. Foi um cidadão que participava de ações voluntárias, em prol da comunidade.
       Para encerrar essa crônica, quero homenagear Nélson, parafraseando Manuel Bandeira , com um dos poemas mais belos que produziu – Irene no céu

                       Nélson no céu
  
                Nélson preto
               Nélson bom
                Nélson sempre de bom humor.
              
               Imagino Nélson entrando no céu:
              -Licença, meu branco!
              E São Pedro bonachão:
               - Entra, Nélson. Você não precisa pedir licença.
     
        Nélson Alves dos Santos.

                   Mirandópolis,março de 2010.
                                   Kimie oku


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