crônica NÉLSON
Há pouco tempo atrás,
faleceu em Brasília , um cidadão mirandopolense, que aqui morou e trabalhou grande parte de sua vida.
Nélson Alves dos Santos.
Era casado com Adelaide Antonia de Barros, ex –diretora da Escola Hélio Faria, com quem teve os
filhos Adriana, Renata e Rodrigo(Kiko).
Nélson era um homem corretíssimo – trabalhou muitos anos nas Casas Pernambucanas e Casa Moreira daqui, onde
conquistou
muitos amigos pela simplicidade e elegância no atendimento.
Era católico devoto e, praticava a religião no contato diário
com as pessoas que o cercavam. Junto com Adelaide, não deixava de socorrer qualquer pessoa necessitada, e amigos que estivessem em
apuros.
Ele acreditava na força política, filiou-se ao P.T., e durante décadas foi defensor e divulgador da ideologia do partido.
Como era gentil, nunca tentava impor
suas idéias e nem magoar seus opositores. Nas eleições, era o primeiro a
empunhar a bandeira vermelha, e ficava horas e horas ao sol, como vigilante para
garantir a Democracia.
Nélson era puro. Acreditava
nas pessoas. E se entregava de corpo e alma em favor do próximo, como voluntário.
Quando o Partido dos Trabalhadores estarreceu a Nação, com os escândalos envolvendo sua cúpula
(Dirceu, Genoíno, Gushiken e o empresário Marcos Valério), Nélson se sentiu
atraiçoado. Ninguém ficou mais decepcionado que ele. Ficou
totalmente fragilizado.
totalmente fragilizado.
Política à parte, Nélson continuou acreditando nas pessoas até
o fim. Foi um cidadão que participava de ações voluntárias, em prol da
comunidade.
Para encerrar essa crônica, quero homenagear Nélson,
parafraseando Manuel Bandeira , com um dos poemas mais belos que produziu –
Irene no céu
Nélson no céu
Nélson preto
Nélson bom
Nélson sempre de bom humor.
Imagino Nélson entrando no céu:
-Licença, meu
branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Nélson. Você não precisa pedir licença.
Nélson Alves dos Santos.
Mirandópolis,março de
2010.
Kimie oku
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