“A pata nada – pata pa nada na”
Cartilha Sodré, 1949 – Dona Dirce.
Foi assim que, começou a minha aventura de escrevinhadora.
Engrácia Teixeira Martins...Geralda de Almeida, mulata tão elegante e culta. Depois, outras professoras, outros.
“Rosa, rosa, rosam, rosae, rosae, rosa”,
“Rosae, rosae, rosis, rosarum, rosis, rosis”- declinação latina que aprendi, com o sábio Professor Antonio Sanvito.
Desenho geométrico tão preciso, como o venerável Professor Walter Victor Sperandio, a quem reverencio com respeito.
O Português tão certinho de Dirce Jodas Gardel, a quem devo essa mania de escrever...
Mas, hoje quero relembrar os mestres que já partiram.
Dona Mercedes Bafile Cheida e sua mimosice, dirigiram o Edgar, com firme competência, por décadas.
Não menos competente foi a Mírian Néder Salomão Galvani, tão generosa, apesar de durona na queda.
Antiniska De Lucchi Mustafá, nome tão soberbo, que não perdia tempo mandando. Ia logo executando obras, em favor de alguém... tão generosa era!
Dona Maria das Dores Kamla Bruzadin, a quem devo a alegria de dedilhar ao piano Casinha pequenina, Adágio, Branca...
Dona Altaira Pimentel Gonçalves, de olhos cor do céu, que deixou para nós, competentes dentistas.
Luís Carlos Mucci, que foi meu companheiro e motorista nas Escolas rurais de Guaraçaí. Companheirão.
Neusinha Helena Orciolli, sempre de sorriso aberto, contente da vida.
Durval Néri Palhares e seus cursos de Admissão ao Ginásio.
Marilena Santana Correa Fernandes e sua poderosa voz. Tingia os cabelos de verde, na década de 70 !
José Gomes Moreno, o bem humorado, a quem chamavam Zé Groselha.
Denise Maria Duenhas Monreal Marcos que, na sua breve trajetória, marcou com sua beleza, sabedoria e competência.
Ebe Aurora Fernandes Marcos, cronista social de O Labor, jornal de Idanir Antonio Momesso.
Inocência Reyes Monteiro, que adoçava a vida dos amigos, com seus bolos deliciosos.
Lucília Maria Scatena Franco, tão dedicada e apaixonada pela arte de ensinar.
Erna Sailer Ramos e suas aulas de Catecismo.
Kazuo Kawamoto, com sua pose de samurai bravo, nas aulas de Matemática.
A bondade e a gentileza com que Osvaldo Dudu Filho orientava os alunos.
A sempre animada e natureba Vera Terezinha Guidi. Positiva, sempre.
O isolacionismo de Terezinha e Moacir Benetti.
O talhe sempre elegante de Nilda Victória Bini.
A doce amiga Maria Inês Quinalha Barbosa.
A discreta Graciosa Miloch.
O amor apaixonado de Vera Drubi Golfetto pelos alunos, pelas crianças.
Walter Pinto Teixeira, sempre pensativo.
Itelvina Ferreira, minha companheira de merenda em Amandaba. Sua irmã Aurelinda... e sua culinária.
Silvina Viana Falaschi, que ensinou Português a tanta gente.
Dona Noêmia Dias Perotti, que marcou os anos 60 com suas brilhantes aulas.
Maria Ruth Fernandes Marcos, sempre tão vaidosa, tão feminina.
E Antonia Girotto Terensi, Alice Sangalli e Dalva Monteiro Colaferro...
E outras, como Dirce Fortes Candil, Sara Beatriz de Freitas, Tomica Abe, Lourdes Petroff, Alda Pinto D’Aquino e o professor Hélio Faria , com quem não tive a ventura de relacionar.
Não posso me esquecer de um Mestre, que foi meu Diretor e companheiro como Supervisor de Ensino, Professor José Domingos Paschoal. Com ele, aprendi a planejar aulas, a avaliar o ensino e a conferir a aprendizagem. Valeu, Professor ! Como Supervisor, ensinou-me sobre a legislação de Ensino: Decretos, Leis, Resoluções, Portarias, Parágrafos, Cláusulas, Incisos, Itens... tudo isso que dá um nó em minha cabeça tão vazia.
Zé Domingos, grata pela atenção!
E a saudade imensa, que tenho da Marilena Arantes Romero Gonçalves, a querida Lena. Que falta você me faz!
Nenhum de vocês será esquecido.
Um dia, alguém em algum lugar, de repente se lembrará de um conselho seu, de uma advertência sua. Porque, Professor é aquele que tira as pedras do caminho, para o caminhante não tropeçar e não cair.
Professor é o que mostra outras vias, para a mente se abrir, em busca de novas possibilidades.
E somos o que somos, graças aos queridos mestres, que lapidaram o nosso caráter, aparando arestas.
Vocês vivem em nós, sempre !.
Mirandópolis, outubro de 2010.
post scriptum : texto revisado em 13 de dezembro de 2011
kimie oku
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