sábado, 27 de agosto de 2016

                       Viver sem amigos...
     
De repente, percebi que estou ficando só.
Nos últimos anos, muitos amigos partiram definitivamente. Deixando apenas lembranças e saudades. É muito difícil perder um amigo, uma amiga... Demoro muito para processar as perdas ...
Enquanto vivemos, nós cultivamos amizades com pessoas que têm algo em comum, talvez o estilo de vida, o modo de pensar, de apreciar algumas coisas... Tive amigos e amigas de décadas, que mais parecem irmãos, irmãs...
E é muito bom ter uma amiga, a quem possa ligar a qualquer hora para bater um papo, trocar uma ideias... desabafar ou compartilhar momentos felizes. E tive raras amigas assim. Porque nem todos têm a mesma sintonia.
Entretanto, percebo que ultimamente, meus amigos estão se reduzindo cada vez mais. Uns estão indo para junto de Deus, e aí não tem solução, a não ser aceitar o inexorável. Eu pessoalmente, levo meses e até anos para me acostumar com essas partidas... Outros estão acamados e não podem mais sair de casa, por falta de movimento... Isso é doloroso demais, e me deixa desnorteada, sem ação. E outros estão indo embora de mudança para novas paragens... Isso é muito difícil de aceitar. Dizem que a distância não é nada, mas em nossa idade atrapalha demais, porque perdemos aquela coragem aventureira de ir para onde o coração manda. Se é pertinho, ainda é possível uma visita, passar umas horas junto de pessoas queridas para manter contato. Mas, a distância nos assusta. E dependemos de terceiros para viajar para lugares distantes.
Na idade em que estamos, dos setenta pra mais, além da coragem perdemos a disposição de enfrentar longas viagens, mesmo porque, as pernas adormecem, a coluna reclama, os intestinos e a bexiga têm suas exigências inadiáveis, que nem sempre as Rodovias respeitam... E viajar de avião parece tão fácil... Mas, alguém tem se dispor a nos colocar dentro dele, de nos buscar no aeroporto... E esses alguéns estão sempre ocupados demais trabalhando. Como dizem os jovens, velho é foda!
Estou aqui lamentando porque de repente, uma amiga está partindo para longe. Anos e anos de convivência, de troca de figurinhas, de desabafos em momentos difíceis, de consolo em perdas... De horas conversando, tomando café, andando sem rumo, contando passagens, aventuras... visitando outros amigos... rindo das bobeiras mútuas...
      Subir a rampa é ótimo! Quando galgamos as escadas da vida éramos jovens, tínhamos coragem e muita juventude, que nos impelia para cima, para o alto. Perdíamos o compasso e despencamos muitas vezes dos degraus mais difíceis. Mas, a força juvenil não aceitava derrotas e, voltávamos a galgar mais e mais para vencer os obstáculos... E chegamos até aqui.
Mas, descer a rampa não é fácil. Os anos pesam, as pernas bambeiam, o olhar não enxerga longe, os ouvidos ficam moucos e acima de tudo a coragem é pouca. Então, nessa fase, amigos são indispensáveis. Amigos que enfrentam as mesmas dificuldades, que entendem as mesmas frustrações, que perdoam as mesmas falhas...
Nessa fase, deveríamos morar num Condomínio fechado só com amigos verdadeiros. Idealizo esse Condomínio de sonhos como um lugar no campo, cercado de árvores frutíferas, um lindo jardim, onde reinem borboletas e passarinhos... Passarinhos que encham o ar com seus trinados e gorjeios. Um lugar em que, haja uma porção de pequenas moradias independentes para os casais. Com um refeitório comum, com um salão de festas, com enfermeiros, cuidadores, cozinheiras e arrumadeiras... Já imaginaram? Seria uma festa! E nós os idosos plantaríamos flores, faríamos uma horta, faríamos leitura e comentaríamos sobre o que se leu, tocaríamos música ao piano, ao violão ou simplesmente cantaríamos... E nos ajudaríamos uns aos outros. E não haveria solidão!
Sonhar é muito bom!
Acredito que não conseguirei realizar esse sonho, mas os que vierem depois poderão realizá-lo! Pois essa moda está pegando e há cidades que já adotaram esses condomínios de idosos.
Por enquanto, vamos vencendo a dor da solidão com os encontros mensais de Ciranda.
 Ainda bem que eu tenho a Ciranda!

Mirandópolis, agosto de 2016.
kimie oku in


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

     Pokémon, Pikachu, Darkray...

A humanidade está indo pro buraco mesmo!
Quando nasce, o ser humano é uma criaturinha totalmente dependente, indefesa, e incompetente. Ela precisa de outros para alimentá-la, para se lavar, se vestir e sair do lugar. É um ser completamente incapaz... E precisa de tempo, muito tempo para adquirir as destrezas necessárias, para se virar sozinha neste mundo. E a missão dos que puseram essa criatura tão incapaz é, torná-la capaz de dar conta de si, ensinando-lhe as artimanhas sociais e oferecendo as ferramentas necessárias.
Daí, o ser cresce e logo começa a lidar com umas coisinhas eletrônicas, chamada whatsapp e similares que surgem a cada dia... E aí, essa coisinha eletrônica se transforma em extensão de seu corpo... Com os aplicativos que apresentam jogos que enlouquecem...         
Li em algum lugar que em Belo Horizonte, um homem perdido no mundo dessa fantasia caiu do 16º andar de um prédio, e morreu. Perdeu o senso da realidade, tentando capturar Pokémon... O jogo vicia e deixa o usuário fora da realidade. Mesmo para fazer suas necessidades fisiológicas, a criatura não consegue desgrudar os olhos da telinha. Comendo à mesa, o olhar está lá... E nem vê o que põe na boca... Se alguém lhe dirige a palavra, responde sem olhar para o outro, como se este nem existisse. Mas, fala e ri, e briga, e chora com a figura que aparece na tela...
E essa mania já tomou conta de crianças, adolescentes e adultos... O diálogo coloquial não existe mais. É tudo por meio dessa telinha que domina e escraviza... Pessoas andando na rua com os olhos fixos no aparelhinho, sendo atropeladas... Sendo roubadas. Trombando com outros passantes...         
Não há situação mais desalentadora do que falar com alguém, que não tira os olhos dessa telinha. O interlocutor não é nada diante dessa maquininha... E quando não querem ouvir, mesmo que o assunto seja muito importante? Não querem ser perturbados no bate papo tão interessante da telinha! Os Pokémon, os Pikachu são mais cativantes!
Quando os anos vão avançando, os neurônios vão perdendo as forças e os idosos acabam sofrendo do mal de Alzheimer, que acaba tirando-os do ar, tornando-os alienados, ausentes... É uma coisa natural que atinge a maioria das pessoas, que vivem sós e não têm contato com outros... Vejo tanta gente nova se referindo aos avós, que sofrem desse mal, com expressão desolada...
 Mas, eu penso que os escravos das telinhas eletrônicas também estão com Alzheimer! Estão totalmente atacados. Irremediavelmente...
Totalmente alienados aos assuntos de casa, de família, de finanças, de trânsito, de escola, de trabalho... O Alzheimer dos idosos é consequência dos anos de solidão, de viver ensimesmado, de vida voltada apenas para si mesmo. E o Alzheimer dos jovens é por isolacionismo voluntário, por cortar contato com o mundo e, viver no mundo particular de animês e jogos eletrônicos, criados por alguns doidos lá do Japão.
Já foram citados alguns malefícios desses jogos, por serem viciantes.  O jogador esquece compromissos, não dorme e fica madrugadas inteiras tentando ganhar a partida, e em consequência falta ao serviço, ou trabalha mal quando comparece sonolento... Se joga andando na rua, perde a visão periférica e, pode causar ou sofrer acidentes por estar desligado do mundo. E ainda, provoca em si entorses e problemas de coluna por má postura – sempre curvado sobre a coisa, que não para de funcionar como um chamariz.
Como podem umas figurinhas fictícias dominar as mentes de tanta gente no planeta? Alguém tem que inventar algo que liberte a humanidade dessa aberração, que desperte as consciências e todos retornem à realidade. Nas escolas de todo o mundo essa febre se tornou problema, e os professores estão recolhendo os aparelhinhos antes das aulas...
Dirão que a realidade é difícil, dura e cara?
É verdade, a realidade é muito dura e opressiva.
Mas, até quando vamos viver de mentiras?
Até quando ficaremos flutuando num mundo de fantasia, de ilusões?
Para onde está indo a humanidade?
Muito preocupante...
Pokémon não é real!
Pikachu é uma criatura fictícia!
Têm que ser abolidos antes que a humanidade acabe.

Mirandópolis, agosto de 2016.
kimie oku in




     

domingo, 21 de agosto de 2016

                    Ciranda

Ciranda, cirandinha,
vamos todos cirandar!
vamos dar a meia volta ,
volta e meia vamos dar!

Na última sexta feira, mais um encontro de Cirandeiros aconteceu.
Como sempre foi na Chácara Prando, para onde foram mais de três dezenas de amigos.
As novidades do dia foram as presenças da senhora dona Odila e de sua filha Maria Helena; da senhora Áurea, cunhada de dona Aurora. E também da  senhora Aparecida, convidada de dona Lúcia.
         O pessoal foi chegando, e comentou as mortes e os velórios de dona Helena Barbosa Floriano com 102 anos de idade, e do senhor Lourenço Marcos Fernandes, que foi Prefeito da cidade há décadas... Algumas pessoas se retiraram mais cedo para participar dos funerais.


Depois de quatro meses ausente, o seu Orlandinho compareceu, e declamou um de seus famosos poemas. Interessante foi a performance do seu João Francisco, que cantou e declamou “Cabocla Teresa”, dramatizando-a e provocando muita risada. E também a cantoria do seu Garcia.
Seu Gerval, Jovaninho e seu Zeferino Coqueiro  animaram a tarde com sua sanfona  e seus violões.
A Vina, a Euclídia, o Gabriel, o Milton, a Remir e a Leonor não compareceram. Com certeza, por algum imprevisto. Mas, quem esteve presente se divertiu muito, e passou uma tarde bem agradável.
E com isso, tivemos mais uma cirandada pra driblar a tristeza da solidão.No mês que vem tem mais.
 Até a próxima!
Mirandópolis, agosto de 2016.
kimie oku in




terça-feira, 16 de agosto de 2016

Veneração
      
      Estou há mais de um mês, pesquisando sobre a vida do nosso antigo Pároco Padre Epifânio.
      E estou deveras encantada com a atenção e a simpatia das pessoas que andei abordando.
E primeiro lugar devo citar o nosso atual pároco, Padre Alexandre que me colocou em contato com o Padre Washington Lair de Lins. De Lins, esse Padre me enviou uma súmula da vida do Padre Epifânio.
Sua história, o básico da vida é simples, cita seus pais, nascimento, onde atuou, quanto viveu e quando morreu.
Mas, acredito que não é só isso que os moradores de Mirandópolis querem saber. O que realmente interessa é como viveu, como atuou, como se relacionou com as pessoas.  Porque é exatamente isso que, busco quando conto as histórias das pessoas. O intercâmbio, as relações sociais é que dão sentido à vida das pessoas, porque ninguém vive só.
Então, fui em busca dessas histórias, desses detalhes que preencheram sua vida. E fiquei muito honrada com os contatos. Todos foram muito, mas muito gentis, pacientes e generosos.
E quanto mais informações conseguia, mais crescia a minha admiração por esse religioso que, muita gente guarda na memória como um velho rabugento.
Há tantas histórias que correm de boca em boca, da braveza do homem, da intolerância com relação às vestimentas das frequentadoras das missas, da busca de perfeição na construção da igreja.
Todas as histórias são muito interessantes e revelam o caráter rigoroso desse pastor de Deus. Mas, vale lembrar que naquela época, décadas de 40, 50 e 60, os costumes eram outros. Nossa educação era bem rígida, e os pais conduziam com mãos de ferro os filhos, para não se perderem nos descaminhos da vida. E um religioso moldado pela Igreja em costumes seculares não poderia ser diferente. E de repente, o mundo estava mudando. Década de sessenta, liberação de costumes, rock and roll, cinema, danceterias, liberdade para as mulheres,,, Daí o choque!
E o Padre teve que encarar tudo isso, peitando de frente.
Não deve ter sido fácil.
Bom, mas conversando com pessoas moradoras na cidade, algumas têm belas lembranças, outras as têm muito engraçadas, outras comoventes...
Gostaria de ter tido essa ideia de escrever sobre o Padre bem antes. Enquanto os amigos que conviveram com ele, que partilharam de sua amizade estavam vivos. Dona Antiniska, Dr. Neif, Dona Maria Bruzadin, dona Dolvina e Dr.Alcides Falleiros, dona Maria e seu Aldo Fredi, dona Maria dos Anjos, seu Eleotério Sanches, Dona Altaíra... Tantas lembranças perdidas, Esquecidas...
Mas, sempre é tempo, antes tarde do que nunca como diz o ditado. Vale resgatar a história belíssima desse padre, que guardamos no coração como duro e rígido.  Mas que não viveu em vão. E que foi punido injustamente.
Estivemos em Santo Antônio de Aracanguá e no Asilo São Vicente de Paulo em Araçatuba. E em ambos lugares fomos recebidos com carinho e muita atenção.
Interessante é notar que o assunto “Padre Epifânio” abriu os caminhos e a abordagem foi simples, fácil e respeitosa. De repente, estávamos conversando com pessoas que acabáramos de conhecer, como se fosse numa roda de velhos amigos, de irmãos... O nosso querido Pároco estabeleceu as ligações e a comunicação foi fácil, agradável e muito proveitosa.
 Nunca pensei que a conversa seria nesse nível. Acredito que deva ser a bênção do nosso velho vigário.
Descobri que há muitas histórias que as pessoas gostariam de contar, de passar para outras gerações. E essa foi a oportunidade, esse é o momento.
Para mim, foi uma alegria imensa falar com tanta gente, saber de coisas maravilhosas que descobri sobre o Padre Epifânio. A maioria vou publicar, mas algumas histórias deixarei na conta de Deus para julgar... Mesmo porque os envolvidos já partiram e devem ter prestado suas contas ao Altíssimo.
Imagino o que teria sido da nossa Igreja e dos mirandopolenses, se o Padre tivesse continuado sua obra aqui até o fim. Porque ele batalhou em Aracanguá como batalhara aqui, e também no Asilo para onde fora desterrado. Tinha muita energia para gastar ainda.  E não obrou em vão.
Mesmo com o gênio difícil, arredio e intransigente que possuía, o padre Epifânio conseguiu deixar uma obra que o tornou imortal. E muita gente o chama ainda de rabugento. Mas, seu nome ficará para sempre nos Anais da História de Mirandópolis.
Daqui a trocentos anos, alguém perguntará sobre a linda Igreja.
E o nome do Padre Epifânio virá à tona.
Agora lhe pergunto:
E você? O que deixará para a posteridade?

Mirandópolis, agosto de 2016.
kimie oku in


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

                                A Língua mutante
   Ultimamente, os fatos que ocorrem no mundo estão alterando o significado de palavras. Antigamente o significado era quase único. Então pau era pau e pedra era pedra.
A Língua é viva e acompanha o desenrolar dos fatos. Ela é construída diariamente por seus usuários. Assim, sei que no Japão, todos os dias tem gente inventando novos ideogramas, e o alfabeto vai crescendo mais e mais. Já deve ter ultrapassado os sete mil signos ou caracteres oficiais que são usados comumente. Por que inventam outros ideogramas? Porque querem nomear de forma inusitada o filho que nasce, porque querem usar termos especiais para certos eventos extraordinários...
Parece coisa de doido, mas no Brasil não é diferente. Aqui ninguém inventa outras letras, mas mudam o significado das palavras. Senão, vejamos: o que significa político para você? Não é sinônimo de ladrão? O que lembra homem-bomba? Não lembra instantaneamente gente do Islã?  O que significa Brasília? Não é a capital oficial da corrupção? O que significa Globalização senão uma forma de opressão oficializada mundialmente, para massacrar os países pobres? E por aí vai...
Isso tudo é muito desolador.
Houve um tempo em que se dizia “Jóia!” quando queríamos expressar satisfação, contentamento... Hoje se fala: ”É massa!” “É foda!” Esquisito, mas é assim que a moçada se comunica. Até “Caralho!” é muito usado.
Termos como esse caralho nunca se usava na rígida educação de outrora, era considerado palavrão e não fazia parte do vocabulário de mulheres, senhoras... Hoje se vulgarizou e ouço constantemente moças finas o emitindo, com naturalidade.
Palavrões são conceitos de gente que gosta de controlar o procedimento de outras pessoas. Então, professores e pais eram rigorosíssimos nessa questão, não admitiam que se pronunciassem palavras ofensivas. Mas, não adiantava, porque os jovens revoltados falavam baixinho mil palavrões para desabafar sua raiva.
Mas, o que vem a ser um palavrão?
Apenas uma palavra que alguém fala e o vento leva embora. O que uma palavra pode fazer de tão prejudicial às pessoas destinadas? O conceito ofensivo está na mente de quem fala e de quem ouve. Mas, é apenas uma palavra. Não passa disso.
Assim, ultimamente o que mais tem causado mal estar são palavras como “Negro!” “Macaco!” “Puta!” “Bicha!” e outras... Palavras como “Ladrão!” “Corrupto!” “Assassino!” se tornaram moedas de uso contínuo, que perderam valor...
E quando usam palavras como “Querido!” “Meu amor!” em reuniões sociais, pode ter certeza que são falsas. Soam como “Vossa Excelência” que se usa nos embates do Congresso Nacional e nas Câmaras Municipais... Palavras.... Palavras... Muitas vezes são usadas para tentar passar uma imagem de finesse, de educação... Mas, não passam de pobres artimanhas de gente que, está a fim de ferrar o outro, de humilhá-lo.
Eu que uso a palavra no meu dia a dia de cronista, fico atenta para não ofender e nem escandalizar pessoas. Mas, dou o devido valor à palavra escrita ou pronunciada... São apenas caracteres diversos que juntos significam algo, ou sons que em conjunto pretendem transmitir uma ideia, um pensamento. Para mim palavras como Excelência, Senhorita, Madame, Por favor, Puta, Caralho, Lindo, Santo Papa... todas não passam de expressões para designar pessoas, sentimentos e ou objetos. São apenas palavras! O que importa realmente é a ideia que se quer transmitir, que essa sim está na mente de quem fala. Geralmente funciona como desabafo e não como uma agressão.
Seria tão bom que as falas fossem verdadeiras e não carregassem no verso, sentimentos impuros de ódio, de mágoa, de vingança... Que belo significasse belo de verdade, que fosse como um abraço carinhoso que se dá a um amigo necessitado. Mas, acho que é sonhar demais! No face book, vejo todos os dias expressões falsas como Linda! Maravilhosa! para pessoas que postam fotos tristes para se exibirem, como se fosse uma vitrine de mostruários... Algumas merecem esses elogios falsos para continuarem alimentando a ilusão de que são maravilhosas...
Acho que dessa vez exagerei... Tem gente que vai deixar de ler minhas crônicas por conta dessas verdades que estou postando.
Mas, continuo sonhando com um tempo em que as pessoas sejam autênticas e, aceitem ouvir ou ler as verdades que precisam ser ouvidas e lidas para despertarem.
Mas... Enquanto os nossos políticos continuarem moucos e cegos às centenas de milhares de críticas verdadeiras de nossa imprensa falada e escrita, o Brasil não terá conserto.
Mas, vamos esquecer as palavras malditas e adotar só as que nos fazem bem, consolam a alma e provocam alegria. Palavras de bem dizer, de bem querer, de benzer, de abençoar. Como anjos de luz para iluminar nossos dias, para guiar nossos passos e nos aproximar de Deus.

Mirandópolis, julho de 2016.
kimie oku in