domingo, 31 de dezembro de 2023

 

Rememorando...

Hoje tive um dia gratificante.

Meu irmão Minoru Osaki que tem 91 anos de idade, passou a tarde  contando fatos interessantíssimos sobre o nosso pai Jitsutaro Osaki.

Folheando o velho  Álbum da família, narrou as peripécias do nosso pai que veio do Japão, com apenas 13 anos de idade.

Ele viera agregado à família do primo Seichi  Kadoo, e carregou sempre com pesar, esse  sobrenome Kadoo.

De acordo com o filho Minoru, todo ano no fim da colheita de café, ele planejava ir ao Consulado do Japão em  São Paulo, para recuperar o sobrenome original Osaki.

Mas, com uma porção de filhos para sustentar, nunca teve dinheiro suficiente para tal viagem. Mesmo assim, conseguiu registrar todos os doze filhos como Osaki, filhos de Jitsutaro Osaki e Tora Tsutsumi.

Infelizmente, seu nome seria  Kadoo até morrer.

No Registro de Estrangeiros consta  Jitsutaro Kadoo, em nossos corações porém, será eternamente Osaki, nosso pai querido, que pelejou a vida toda  para cumprir sua missão de imigrante,que veio aqui para trabalhar e honrar o Japão.

Tanto fez  naqueles tempos bravios, que recebeu da Casa Imperial Japonesa uma Menção Honrosa e uma taça de saquê, juntamente com cem imigrantes japoneses/brasileiros  nas comemorações do Cinquentenário da Imigração Japonesa, em 1958.

Foi uma tarde memorável para mim, porque o irmão desfiou para todos parte da vida do papai, que já partiu há  mais de 60 anos.

E eu fiquei muito grata por ele ainda se lembrar desses fatos, estando no limiar da vida com mais de 90 anos.

Minoru san, arigatou gozaimashita!


Mirandópolis, 30 de dezembro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

 

A dança

Ontem de manhã estava ventando muito.

E no espaço onde meu esposo faz fisioterapia, o vento balançava os galhos das  árvores.

Alguns galhos se dobravam e varriam o chão.

Folhas e flores de ipês rosa fustigadas pela ventania caiam umas após outras.

E de repente, percebi que o vento era vivo!

E ele brincava no chão rodopiando as folhas e as flores que iam caindo.

Aí empurrava  aquela porção de partes misturadas de plantas, pra lá e pra cá.

E de repente, formou uma coreografia!

Coreografia circular, que  começava com um monte de folhas, e  depois ia enfileirando-as como boizinhos num caminho .

Circular.

E ao fechar o círculo, tudo voltava para trás, circulando em sentido contrário. O vento era o maestro da orquestra.

Formava sem parar círculos que iam se fechando.

Depois se abriam em sentido inverso.

Era uma dança viva com folhas e flores que não queriam morrer...

Morrer assim dançando, dançando...

O vento e as plantas em perfeita sintonia.

Era lindo de se ver!

Mirandópolis, agosto de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com.


domingo, 20 de agosto de 2023

Imaginando...

 

O roto destruindo o amarrotado.

Porém, os pecados do roto são infinitamente maiores.

Isso é incontestável.

A Imprensa tem memória curta.

Acharam um imbróglio para se vingarem.

E eu acho que  é realmente um imbróglio feio , muito feio.

Ato antipatriota.

E eu também condeno esse ato.

Mas, por mais que condenemos, gritemos e proclamemos aos quatro ventos  toda essa sujeira,

Por mais que o noticiário repita mil vezes esse fato,

Mesmo que destruam o homem,

Nunca o roto ficará isento de seus pecados.

Jamais perderá a pecha de ladrão.

Mirandópolis, agosto de 2023.

kimie oku in

http:cronicasdekimie.blogspot.com

segunda-feira, 3 de julho de 2023

 

Velhice

Não gosto de ser negativa, mas ultimamente tenho percebido como a velhice pesa.

Pesa na memória, que falha ao tentar lembrar nomes de amigos e até de parentes, com quem não convivo amiúde.

Pesa na caminhada diária, quando a coluna cervical começa a reclamar, e os pés começam a doer...

Pesa na necessidade premente de óculos para ver perto, para ver longe...

Pesa nos ouvidos moucos que não captam as palavras ditas até de perto... E fico sem entender  a razão das risadas por algo que não entendi...

Pesa no cansaço que me faz sentar e descansar sem ter feito nada.

Pesa na falta de energia e alento para algum empreendimento. Pesa até na falta de vontade em ler textos interessantes.

Pesa na impaciência  de não suportar sons elevados.. Até de música...

Enfim,  envelheci e isso não tem cura.

Por isso, jovens aproveitem enquanto têm a chama da vida ardendo.

A minha está se apagando.

Inexoravelmente.

É a lei da vida.

Folhas secam.

Mirandópolis, julho de 2023.

kimie oku  in

http:cronicasdekimie.blogspot.com

domingo, 26 de março de 2023

 

             Alzheimer

 Descobri que, muitos amigos bem mais novos que eu, estão sofrendo de Alzheimer...

Gente que atuou nas escolas, deu aulas até outro dia...

Gente que tinha muito a produzir ainda.

Será que foi a reclusão forçada pela pandemia?

Será que  foi a solidão dos dias tristes?

Será que foi a ausência de parentes e amigos?

Será que foi falta do que fazer?

Pode ser que daqui a pouco também eu seja atacada

por essa doença,

que não tem cura.

Mas, luto diariamente contra ela.

Como?

Indo pro sítio para tomar sol,

junto do meu parceiro inseparável,

ouvir o canto dos passarinhos,

carpir o mato que cresce adoidado com as chuvas,,

Semeando todas as sementes de frutas que consumimos.

Colhendo e distribuindo as frutas e legumes.

Colhendo quiabo, abóbora, pimenta, mamão,

abacate, acerola, limão.

E sempre distribuindo o excesso entre vizinhos.

E ainda, estudando a língua japonesa diariamente,

Tocando piano para colorir meus dias.

E alongando o corpo para não travar.

E navegando aqui na Internet, onde encontro tantas coisas interessantes

Ah! tem tanta bobagem também, mas isso eu ignoro.

O Face ajuda a interagir com muita gente.

E tem tanta gente  capaz e inteligente.

Tenho amigos fantásticos,

que tornam meus dias mais agradáveis.

Por enquanto estou salva.

É preciso ocupar a cabeça, gente!

Mirand[opolis, março de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

domingo, 26 de fevereiro de 2023

 

A morte

Todos os dias morrem pessoas queridas que conhecemos.

Algumas vitimadas por doenças incuráveis,

Outras por infartos fulminantes.

Mas, sempre provocam um choque nos familiares.

Sabemos que somos todos mortais.

Que mais dia, menos dia, vamos ser levados.

Temos consciência disso.

Mesmo assim ainda é um choque, um susto, uma perplexidade.

Em todos os velórios, vemos as pessoas mais chegadas, fitando a fisionomia de quem foi embora.

E olhando para o nada.

É uma sensação inexplicável.

É uma grande interrogação.

Por quê?

Por quê?

Por quê?

Por quê a pessoa mais amada foi levada?

Por quê tem que ser assim?

Por quê essa dor tão grande que não cabe no peito?

Por quê Deus faz isso?

E nenhuma resposta.

E ninguém é capaz de explicar...

A morte é um grande mistério assim como a vida.

Só que a vida é um mistério grandioso, iluminado, brilhante.

A morte pelo contrário é nebulosa, ininteligível e assustadora.

Todos querem viver.  Ninguém quer morrer.

Porque  a morte é desconhecida.

Ninguém sabe o que nos espera.

O vazio? O nada? O esquecimento?

Sabemos que neste mundo tudo é Yin e Yang.

O claro e o escuro.

O brilhante e o opaco.

A luz e a escuridão.

O tudo e o nada.

A vida e a morte.

A morte seria escura, opaca, e um nada?

É terrível pensar assim.

Então, pensemos que a morte é apenas o nosso retorno para a morada eterna.

De volta para as estrelas...

E de lá do alto, ficaremos observando como os seres humanos são como pequeninas formigas pelejando, para se agarrarem à vida.

Per saecula saeculorum...

Mirandópolis, fevereiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

 

De onde viemos?

Sempre achei que os japoneses eram muito ingênuos em acreditar que, a Família Imperial descendia diretamente de Amaterasu, a Deusa do Sol. Os japoneses mais antigos acreditam sem sombra de dúvida que isso é um fato real, e os reverenciam como a Deuses.

Ultimamente assistindo à série Alienígenas do Passado e outros similares, percebi que os nativos de todas as partes do mundo têm crenças semelhantes. Acreditam firmemente que seus antepassados vieram das estrelas do céu, ou de outros mundos...

E há as pinturas rupestres e os petróglifos que contam fatos incríveis de naves alienígenas que vieram à Terra...

Assistindo a esses programas, não há como negar que algo muito inusitado aconteceu antes da nossa civilização.

Nós não temos ideia da idade do nosso planeta. Nem temos capacidade para avaliar. E menos ainda somos capazes de calcular quantos trilhões e quatrilhões de humanos esta terra  já abrigou.

Acredito que o nosso mundo já viu passar seres humanos gigantes, que  carregaram aqueles imensos blocos de pedra para construir Stonehenge, os moais da Ilha de Páscoa, as pirâmides do Egito e do México, e desenharam os geoglifos de Nazca... Os estudiosos dizem que foram deuses que desceram dos céus e fizeram tudo isso. Penso diferente. Ciclicamente, a Terra é esvaziada de seu conteúdo humano e outros tipos de seres vêm ocupar o seu lugar.  Talvez de milênios em milênios... Cada espécie peleja aqui para dominar a Terra e acaba destruindo-a, como nós. E alguém poderoso resolve eliminar essas civilizações e colocar outras para testar.

 Acredito que o fim de nossa civilização está se aproximando, porque há gente demais na Terra. E gente só destruidora, que não sabe preservar o que importa.  Pelo andar da carruagem pode se prever que, a vida se tornará impossível para nós em breve. Ar, água e terra poluídos não garantem sobrevivência de ninguém.

Agora acredito que a Família Imperial Japonesa descende diretamente da Deusa do Sol, como nossos ancestrais pregaram.

Afinal, de algum lugar viemos, não?

Não brotamos da terra...

Mirandópolis, fevereiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

 

                                               56 anos

Estive assuntando...

Completamos 56 anos de união.

Sem comemoração, sem alardes, sem bolos, sem cantorias...

Só nós dois. Em paz, em comunhão.

Cinquenta e seis anos não são cinquenta e seis dias, nem cinquenta e seis meses. É uma longa, longa, longuíssima caminhada.

Caminhada permeada de atritos, de desentendimentos, de brigas, de mau humor, de intolerância. Sim, éramos jovens cheios de desejos e sonhos particulares. E muitas, muitas ilusões.

Ilusões de uma vida a dois num mar de rosas, onde o Príncipe e  Princesa seriam felizes para sempre. Ilusão de que ninguém precisaria sofrer, sacrificar-se, renunciar, abrir mão dos sonhos mais caros. Ilusão plantada em nossas cabeças por uma cultura  irresponsável. Histórias da carochinha...

Casamento é uma união de duas pedras que vem rolando pela ladeira. Duas pedras brutas, cheias de arestas, que ferem ao se tocarem, e os toques não são nada elegantes. Incompreensão, dores íntimas, mágoa profunda, e dias sem se falarem... Duas pedras que tentam se acomodar, mas as arestas pontiagudas atrapalham... Educação diferente, ambiente diferente, costumes diferentes, valores diferentes, sonhos totalmente diversos... Como acomodar tudo isso?

Não tem uma receita. Não tem quem ensine, não existem peritos nisso.

Casais que se amam profundamente não suportam essa situação e acabam se separando, se odiando... Porque nos contaram uma grande mentira. “E assim casaram e foram felizes para sempre” Mentira, uma grande mentira.

Mas, quem foi criado na dura luta de todo dia, nas pelejas diárias para alcançar objetivos vai vencendo a diferença, deixando de discriminar, aceitando os defeitos do outro, perdoando o mau humor, relevando uma palavra áspera tão desnecessária...

E quando vem a prole, tudo se complica. Divergência no modo de lidar com as pequenas criaturas, mimando mais, mimando menos, sendo rígido, sendo tolerante... Tudo excesso de carinho, de afeição.

Mas, as conquistas dos filhos unem os dois, ambos se felicitam pelas glórias alcançadas. Assim, muita coisa deixa de ser considerada pela harmonia do lar. Os filhos passam a ser a razão da luta diária, a razão da existência. Depois... Cada filhote se vai, cuidando de voar sozinho, de realizar seus sonhos, e o casal volta a ficar sós. Fase muito estranha. A gente se sente roubada, abandonada, esquecida.

Mas a vida prossegue.

Já alquebrados com o peso dos anos, sem muito alento e os sentidos se esvaindo. Surdez, voz baixa, pernas trôpegas, memória curta, confusão.

Mas é preciso viver, que a vida  ainda é uma bênção.

Então, os dois se voltam um para o outro e fazem um remake dos anos dourados. Olhando, reparando, cuidando, ajudando, estimulando, socorrendo nos momentos difíceis. Dificuldades essas que irão se repetindo mais e mais. É chegada a hora do companheirismo. Parceria, cumplicidade. Cumplicidade nas pequenas coisas diárias: um tombo, um mal estar, um abuso na comida, um esquecimento dos remédios.

Tudo é relevado, porque o que mais importa é o outro estar bem e confortável. Não é preciso mais luxo, mais ostentação, mais Ibope. O que tinha que ser, foi.

Sinceramente essa é uma fase maravilhosa, porque a gente se descobre no outro, nas virtudes do outro, nas gentilezas de cada dia, nas pequenas atenções do outro. Porque não somos mais dois, mas  uma fusão, apenas dois em um. E podemos olhar para trás e reviver tudo que passou, a vida que construímos, os filhos que soltamos no mundo, os sonhos que acalentamos... E uma sensação de grande realização toma conta do coração.

Felizmente, como muita gente que conseguiu superar todas as dificuldades de um casamento, chegamos ao termo da vida com essa satisfação. E nada há que possa ser comparado a isso.

Felizes e gratos pelos cinquenta e seis anos bem vividos.

E nem precisamos de saudações e cumprimentos.

Mirandópolis, fevereiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

 

Robótica

O cientistas sempre tiveram uma fascinação por construir robôs.

Máquinas que obedecem a comandos sem reclamar e executam tarefas com perfeição. Assim inventaram robôs que capinam roças, plantam sementes, colheitadeiras, ensacadoras, classificadoras... Foi o fim do serviço pesado para o homem. Foi a maravilha do agropecuarista!

Por outro lado, substituiu o trabalhador que ganhava o seu pão de cada dia. Hoje existem fazendas totalmente controladas por máquinas. O trabalhador braçal perdeu seu emprego... Muitos deles vagam  perdidos nesse mundão de Deus. Sem atividades na zona rural, a grande massa de trabalhadores se mudou para as cidades, inchando-as e pelejando para viver. A vida virou uma peleja difícil.

Mas, ninguém se incomodou com os trabalhadores braçais. Os governantes e seus cientistas empolgados com a tecnologia só avançaram na pesquisa, e na criação de outros equipamentos automáticos. Hoje, a gente vê tudo que ocorre no mundo todo através de uma telinha. Hoje se comunica com pessoas que estão do outro lado do mundo. E o contato é visual também...

O Japão que era um país bastante conservador, de repente foi tomado por essa febre da tecnologia. Transformou-se num país totalmente tecnológico industrial. O mesmo Japão de Imperadores que descendem em linha direta da Deusa Amaterasu, ou Deusa do Sol. O Japão não é mais o mesmo Japão de antes. Os japoneses estão se tornando autômatos como robôs.

A Medicina criou corações e rins artificiais com a intenção de prolongar vidas. E chips são implantados nos cérebros para substituir funções vitais...  É verdadeiramente assustador.

E ainda há máquinas comuns que substituíram as pernas. São as motocicletas e os carros, que todo mundo usa. E ninguém movimenta mais as pernas para andar. Andar cansa. E todo mundo hoje mais do que nunca sofre de dores nas pernas, nos joelhos, nas juntas... O sangue não circula direito e os nervos vão se travando por falta de exercício. Pernas e braços só foram anexados por Deus ao corpo humano para realizar movimentos.

A tecnologia que conquistou o mundo inteiro foi o celular.

O celular permite um contato rápido e imediato. Meia dúzia de palavras substituíram visitas a parentes e amigos... Reuniões importantes são feitas por vídeo conferência...

E devagarinho, todas essas criações estão transformando o ser humano num indivíduo inerte que gosta de viver na horizontal, sem se movimentar.

Acredito que, no andar dessa carruagem, o ser humano vai se transformar num robozinho. Robozinho teleguiado por máquinas, cheio de chips implantados, sem vontade própria, sem sonhos, sem ilusões... Será a cópia fiel dos extraterrestres que vivem nos espionando com suas naves espaciais.

Até lá, acho que morri.

Mirandópolis, janeiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

domingo, 15 de janeiro de 2023

 



Os robôs

Acredito piamente que estamos sendo visitados pelos alienígenas.

Que eles habitaram a Terra, não resta dúvida nenhuma.

É só imaginar quem construiu o Stonehenge, os Moais da Ilha de Páscoa, as Pirâmides do Egito... Gente de nossa civilização atual não seria capaz de realizar aquelas proezas

Os cientistas do mundo inteiro estão incomodados com as aparições de Ovnis, e tentam entender a razão deles estarem circulando em nosso espaço sideral.

Eu não sou cientista, nem ufóloga, mas acredito que aqueles alienígenas que estão nos rondando procuram um Planeta para habitar.

Acredito que eles foram completamente humanos como nós, um dia. Mas como nós, foram arrogantes querendo superar o Criador e, desenvolveram tecnologias, que os transformaram em robôs.

Os alienígenas vistos e registrados têm a forma e a expressão de robôs teleguiados. Acho que em breve, os humanos terão aquela mesma aparência...

Os tecnólogos estão se especializando em criar robôs cada vez mais auto suficientes, Misturando DNAs, procurando  a perfeição da criação, fazendo pernas e braços mecânicos,  prolongando a vida, mudando a cor dos olhos, implantando inteligência em cérebros comuns e, até criando parceiros sexuais... A criatividade não tem limite...

Mas, se analisarmos os casos de abdução de humanos, temos registro de gente que foi levada e examinada em laboratórios ultra sofisticados. De gente que nunca mais voltou... Cujos corpos devem ter sido utilizados para suas experiências científicas.

Então, me resta pensar que eles estão curiosos para saber como podemos ser felizes e viver conformados nesses corpos tão frágeis.

A maior diferença entre os extraterrestres e nós é a porção humana.

Porção humana, que eles perderam um dia, com as tecnologias que adotaram. Tecnologias que inventaram criaturas mais funcionais, mais eficientes, sem dor física, sem distinção de uns e outros. Não há pretos, brancos, vermelhos e amarelos entre eles. Teria que ser perfeito, sem discriminação, sem diferença física, sem melhores nem piores....

Mas algo deve ter dado errado.

Acho que eles estão tentando recuperar a porção humana que perderam.

E tentando ser humanos como nós...

Mirandópolis, janeiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

 

A turba

Os últimos acontecimentos que ocorreram em Brasília provaram como é perigoso participar de turbas.

Turba é uma multidão reivindicando algo de forma violenta e desorganizada. Não é uma manifestação pacífica.

Por quê é perigoso participar?

Porque uma turba é movida apenas pela emoção, esquecendo-se da razão e dos conceitos de respeito e limites. Um indivíduo exaltado pode levar uma turba a cometer atos violentos, sem nenhum controle.

Há tempos atrás, houve manifestos dos caminhoneiros por todo o Brasil. E não houve violência nem depredações. O que ocorreu é que o movimento dos caminhoneiros foi ordenado e controlado. Devia haver regras a seguir.

Na recente manifestação o descontrole foi total.

Subir a rampa, chegar ao STF, adentrar no Congresso levou os manifestantes a sentirem o poder.  Poder do mando, do "toma lá que é nosso". Poder movido pela revolta levou à loucura.

De repente, cidadãos tranquilos se transformaram em indivíduos violentos e corajosos. Não raciocinavam mais. Tudo era permissível.

Porque estavam com o poder. Poder de decidir o que fazer.

E isso levou à destruição. Destruição dos lugares sagrados da Pátria. Nessa destruição estava contido o desejo maior de massacrar os políticos/alvo da revolta. Felizmente não houve confronto. porque a tragédia teria sido bem maior. 

Em turbas sempre há um indivíduo mais ousado, que conduz a multidão enraivecida a cometer atos insanos. Depois que tudo é destruído, que a raiva se evapora, a consciência desperta mas é tarde. O estrago já foi feito. E todos lamentam o ocorrido. A punição vem. E deve ser cumprida...

Por outro lado, esse movimento mostrou em toda a sua extensão a raiva do povo. E acredito que os políticos devem ter se assustado.

Que todos os políticos façam uma profunda reflexão sobre seus atos, seus mandos e desmandos. E ajam de forma ponderada em suas tomadas de decisões.

Quem está no poder, deve obrar para o bem do povo.

E que a paz reine nessa terra tupiniquim.

Mirandópolis, janeiro de 2023.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com