Alzheimer
Gente que atuou nas
escolas, deu aulas até outro dia...
Gente que tinha
muito a produzir ainda.
Será que foi a
reclusão forçada pela pandemia?
Será que foi a solidão dos dias tristes?
Será que foi a
ausência de parentes e amigos?
Será que foi falta
do que fazer?
Pode ser que daqui a
pouco também eu seja atacada
por essa doença,
que não tem cura.
Mas, luto
diariamente contra ela.
Como?
Indo pro sítio para
tomar sol,
junto do meu
parceiro inseparável,
ouvir o canto dos
passarinhos,
carpir o mato que
cresce adoidado com as chuvas,,
Semeando todas as
sementes de frutas que consumimos.
Colhendo e
distribuindo as frutas e legumes.
Colhendo quiabo,
abóbora, pimenta, mamão,
abacate, acerola,
limão.
E sempre
distribuindo o excesso entre vizinhos.
E ainda, estudando a
língua japonesa diariamente,
Tocando piano para
colorir meus dias.
E alongando o corpo
para não travar.
E navegando aqui na
Internet, onde encontro tantas coisas interessantes
Ah! tem tanta
bobagem também, mas isso eu ignoro.
O Face ajuda a interagir com muita gente.
E tem tanta gente capaz e inteligente.
Tenho amigos
fantásticos,
que tornam meus dias
mais agradáveis.
Por enquanto estou
salva.
É preciso ocupar a
cabeça, gente!
Mirand[opolis, março
de 2023.
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