terça-feira, 20 de setembro de 2016

          Especial sobre o Padre Epifânio
    Há um bocado de tempo percebi que a nossa Igreja Matriz se transformara em nosso cartão postal.
      E olhando-a de longe e de perto, por fora e por dentro, descobri que, realmente ela merece esse destaque.
A nossa Igreja é uma obra de arte, que nos envaidece de verdade. Na região não há igreja que se compare a ela, em beleza e arte. Deste a escadaria ampla à porta de madeira, aos anjos com trombetas voltados para o céu, à torre marcando a passagem do tempo de Mirandópolis... E adentrando nela, a riqueza das colunas, dos altares, das imagens e dos maravilhosos vitrais...
E tudo isso é obra de quem?
De um Padre sisudo e duro na sua pregação, sobre o comportamento das pessoas. Um Padre que marcou época pela total dedicação à obra, e à missão de pregar a palavra de Deus. Que não foi bem compreendido pelos cidadãos da época e foi exilado injustamente, após ter dedicado vinte e cinco anos de sua vida à nossa Paróquia...
Padre Epifânio Ibanêz.
E um dia cismei que deveria resgatar a sua memória, pela importância histórica de sua obra e saí a pesquisar...
Pesquisei nos livros Tombo da Paróquia (que registram os fatos mais relevantes ocorridos na Igreja, anotados pelos próprios Párocos). Pesquisei no Jornal “O Labor” de Idanir Antonio Momesso. Pesquisei também no livro “Mirandópolis, sua evolução no século XX”, de Alcides Falleiros. Entrevistei os moradores que conviveram com o Padre. Pesquisei em Santo Antonio de Aracanguá, para onde ele foi desterrado, injustamente... Pesquisei no Asilo São Vicente de Paulo, em Araçatuba onde foi Capelão no final de sua vida...
E consegui contar a sua belíssima história desde a Vila de Valdávia, Espanha onde nasceu até o dia em que partiu, após 81 longos e difíceis anos dedicados a Deus.
Foram mais de dois meses de pesquisas e entrevistas, que me emocionaram profundamente. E o resultado é esse Especial que oferecemos à população de Mirandópolis, com muito orgulho.
Graças à contribuição dos amigos Sonia Kato de São Paulo, Regina Rosado, Oswaldo Resler e Ikuko Kazi de Mirandópolis foi possível publicar esse Especial. E para que toda a população possa ter acesso a essa linda história, optamos por publicá-la em jornal.
Agradeço à equipe do Jornal pelo empenho e, às pessoas que contribuíram com a narração de fatos ocorridos há décadas passadas.
E por fim, eu lhes desejo uma boa leitura e que o Padre Epifânio nos abençoe a todos.
Mirandópolis, setembro de 2016.
kimie oku



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