segunda-feira, 26 de março de 2012

          HIPERTENSÃO

   Ultimamente, têm ocorrido muitos problemas de AVC em jovens, que dão o que pensar. Um conhecido meu, perdeu de repente, um filho de apenas 23 anos de idade, sem mais nem menos, praticando o Cooper. Lógico que foi um choque para a família, do qual está difícil recuperar-se. 
   E tenho amigas, que levavam vida regrada, sem excessos, que foram vitimadas com esses acidentes vasculares cerebrais, deixando-as, com algumas seqüelas. E principalmente, deixando-as inseguras, com temor de novos ataques. 
  Essas amigas estão na faixa dos setenta anos. Como estou nessa faixa de idade, também fico preocupada, porque de repente, parece que virou moda derrubar gente de minha geração. 
   Se bem que, não temo a morte. 
  Temo a vida vegetativa, que os AVC trazem como seqüela. Temo viver apenas pela metade, dependendo de outros para ir e vir, para comer, para fazer a higienização corporal...       Temo, principalmente não poder mais escrever, que é a razão de eu ter ingressado , com essa idade no mundo digital. 
   Se não puder mais colocar minhas idéias no papel ou na tela, acho que minha vida já era. 
   A ciência está tão avançada, o mundo digital caminha com passos de gigante, e as mudanças que ocorrem deixam-nos assustados.       Mas, há no campo da Medicina, mistérios insondáveis, que o homem não consegue desvendar. 
   Por que, ultimamente, tem morrido gente de sessenta anos de idade em proporção maior que os de oitenta, noventa anos? Tem gente que até diz: Se você sobreviver aos 68, 72 anos, não há mais perigo. Viverá até os noventa, cem anos. 
  Verdade ou não, há muitos exemplos de idosos, que vítimas de Alzheimer, duram de dez a vinte anos, vivendo num mundo só seu, alienados da realidade. Serão os cuidados de terceiros? A alimentação reduzida, os remédios? 
  Será que algum pesquisador já tentou comparar o estilo de vida, dos septuagenários que morreram de repente, com o estilo de vida dos nonagenários sobreviventes? Mas, quem se preocupa com gente já descendo a ladeira, a não ser nós mesmos? 
   Mesmo já descendo a ladeira da vida, a gente se apega a este mundo e não quer deixá-lo, porque viver é muito bom. Raríssimas pessoas desejam a morte. 
   E tememos a morte, porque ninguém sabe o que nos espera do outro lado. Talvez um tempo de paz, de alegrias infindas, de tudo que desejamos nesta vida. É o que almejamos. 
    Mas, quem sabe? 
  Recentemente, há muita preocupação com a alimentação adequada, com a restrição de carnes e gorduras, com as bebidas alcoólicas.      E a maioria das pessoas está se cuidando, não se excedendo à mesa. Mas, os AVC estão sempre rondando e levando pessoas, que têm se cuidado direitinho. E é isso que não entendo. 
   Por outro lado, dizem que é preciso malhar, suar o corpo para eliminar as toxinas excedentes, nadar para ativar a circulação.       E todos  aderiram às novas normas, mas mesmo assim, há gente sendo colhida, sem mais nem menos.  
  Se bem que, a humanidade tem que ser renovada constantemente, porque o planeta tem um limite. Dizem até que, as guerras e os cataclismos são necessários, para eliminar a população excedente, e manter o equilíbrio...                   E a graça desse jogo está  em nunca saber quem vai ser colhido, porque ninguém pode prever.                           
 E é justamente por isso que,                 as pessoas que não   queiram   ser surpreendidas de repente, devem cuidar da saúde, principalmente da pressão  arterial que tem sido a causa maior, das mortes e dos acidentes vasculares.
  Acho que ao invés de celulares super modernos, as pessoas deverão portar sempre, um medidor digital de pressão arterial. Hoje, há tantos no mercado, com um preço até acessível. 
  Aferir a pressão arterial, para evitar certos alimentos e bebidas deve fazer parte da rotina, de quem quer viver mais um pouco, para não ser pego de surpresa pelos acidentes vasculares. 
   Viver é uma aventura muito instigante. E é uma pena ser abatido de repente, por descuido de nós mesmos. 
   Nos tempos atuais, as pessoas estão vivendo até os cem anos. As pequenas ilhas do Japão estão cheias de gente centenária, que vive sozinha e feliz. Atingir os cem anos, talvez tenha a ver com a vida saudável ao ar livre, com a alimentação certa e com a própria filosofia oriental. 
   Aqui no Brasil, não almejamos viver tanto. 
  Apenas, queremos viver bem até o último dia de nossas vidas, com força, coragem e alegria.          
   Sem acidentes vasculares.

      Mirandópolis, 16 de março de 2012. 
      kimie oku (cronicasdekimie.blogspot.com)

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