Eu e a horta
E ontem aproveitando o sol da tarde fomos
ao sítio.
O vento gelado tem fustigado as plantinhas
e os canteiros estavam secos. E a solução foi regá-las com esguicho. Água não
falta. O poço semi-artesiano nunca falhou. Água límpida, direto da fonte.
Entretanto, minha preocupação eram os pés de berinjela, que havia
estaqueado para não tombarem... E as tiriricas... Molhei cada pezinho, tirei as tiriricas e
fiz covas para segurarem a água. E firmei as estacas mais profundamente.
As estacas foram retiradas do bambuzal pelo
Nori. Bambuzal que ele mesmo plantou há uns quarenta anos.
E molhei os canteiros de cenouras, de
beterrabas, de cebolinha, de espinafre. Tudo no maior capricho. E o canteiro novo
de beterrabas que estão despontando.
Enquanto isso, o Nori replantou os pés de tomatinhos que nascem
aqui e acolá. E regou os pés de limão Siciliano e laranja Champanhe que estamos
tentando salvar... Ajeitou as mangueiras para não escaparem nas emendas...
E pra arrematar, fui regar de novo os pés de berinjela. Mas, de
repente, me deu uma tontura, que não estava no programa. Soltei a mangueira
dágua e deitei ali mesmo no chão, para não cair. E ali fiquei um tempo para o
mal estar passar.
Quando me senti melhor, voltamos para casa.
E estive pensando. Deve ter sido esforço demais.
Muitas vezes, eu me esqueço que já sou idosa e faço tarefas além
das minhas possibilidades... E a mania de sempre aproveitar ao máximo o tempo
me faz abusar de mim mesma.
Acho que foi um ataque de labirintite. Labirintite que ataca a nós
dois volta e meia...
É. Estamos velhos e a velhice é triste.
Então, amigos aproveitem a vida enquanto são jovens!
Carpe diem!
Mirandópolis, agosto de 2021.
kimie oku in
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