terça-feira, 3 de agosto de 2021

 

            Eu e a horta

     E ontem aproveitando o sol da tarde fomos ao sítio.

     O vento gelado tem fustigado as plantinhas e os canteiros estavam secos. E a solução foi regá-las com esguicho. Água não falta. O poço semi-artesiano nunca falhou. Água límpida, direto da fonte.

Entretanto, minha preocupação eram os pés de berinjela, que havia estaqueado para não tombarem... E as tiriricas...   Molhei cada pezinho, tirei as tiriricas e fiz covas para segurarem a água. E firmei as estacas mais profundamente.

     As estacas foram retiradas do bambuzal pelo Nori. Bambuzal que ele mesmo plantou há uns quarenta anos.

     E molhei os canteiros de cenouras, de beterrabas, de cebolinha, de espinafre. Tudo no maior capricho. E o canteiro novo de beterrabas que estão despontando.

Enquanto isso, o Nori replantou os pés de tomatinhos que nascem aqui e acolá. E regou os pés de limão Siciliano e laranja Champanhe que estamos tentando salvar... Ajeitou as mangueiras para não escaparem nas emendas...

E pra arrematar, fui regar de novo os pés de berinjela. Mas, de repente, me deu uma tontura, que não estava no programa. Soltei a mangueira dágua e deitei ali mesmo no chão, para não cair. E ali fiquei um tempo para o mal estar passar.

Quando me senti melhor, voltamos para casa.

E estive pensando. Deve ter sido esforço demais.

Muitas vezes, eu me esqueço que já sou idosa e faço tarefas além das minhas possibilidades... E a mania de sempre aproveitar ao máximo o tempo me faz abusar de mim mesma.

Acho que foi um ataque de labirintite. Labirintite que ataca a nós dois volta e meia...

É. Estamos velhos e a velhice é triste.

Então, amigos aproveitem a vida enquanto são jovens!

Carpe diem!

Mirandópolis, agosto de 2021.

kimie oku in

http://cronicasdekimie.blogspot.com

 

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