quarta-feira, 18 de julho de 2012



Crônicas e poemas
       Geralmente quem escreve para revistas e jornais são pessoas que vivem meio isoladas, porque não é todo mundo que aprecia quem gosta de ler e de escrever.
        Eu sou uma dessas pessoas que vivem matutando, dando tratos à bola e, escrevendo sempre o que me encanta, ou o que me incomoda. E assim tem sido ao longo dos anos, produzindo crônicas. Mas não deixo de apreciar poemas e um bom livro de Literatura. Já li Gabriel Garcia Marquez, Pablo Neruda, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Cora Coralina, João Cabral de Melo Neto, José Saramago, Mario Vargas Llosa, Tomas Mann, Josué Montello, Henriqueta Lisboa, e mais uma centena de autores.
        Todos esses famosos me deixaram impressões especiais, que vêm à minha memória sempre que leio seus nomes. E como eu gosto de livros e de leitura, fui resistindo à era da Informática, recusando-me a digitar meus textos, que envio ao Diário. Mas, um dia tive que entregar os pontos, e comecei a navegar no mundo virtual. E entrei no facebook, por insistência de pessoas próximas, para facilitar a comunicação.
        E no face descobri gente fantástica, que tem gostos afins aos meus e comecei a receber crônicas, que passei a publicar, e que agradaram ao público, pelo número de acessos que constatei. Assim, minha coluna no Diário de Fato passou a ter colaboradores excelentes como Maria Nívea Pinto, Ademar Bispo da Silva e Lupércio Ailton Nery Palhares.
        E um dia, recebi do amigo Ulisses Silva Lacerda um poema. Como só escrevo crônicas, admiro muito quem é capaz de produzir poemas com sensibilidade. E o seu poema prima pela linguagem simples e abordagem atual.
        Hoje, espero que os leitores apreciem o poema abaixo
        Mirandópolis, 30 de junho de 2012.
        kimie oku in     “cronicasdekimie.blogspot.com”

Tempo  
(de autoria de Ulisses Silva Lacerda)

Demorou, mas descobri a tempo.
Tudo passou, mas ainda há tempo
Pra recordar  do nosso tempo,
E reencontrar  amigos, com tempo.

Jogar conversa fora, esquecer do tempo
Nem aí, se chove, faz mau tempo.
Se estiar, muda o tempo,
Então, cada coisa a seu tempo.

Bom demais aquele tempo,
Horas não passavam, sobrava tempo
Pra realizar as tarefas, havia tempo
Pra estudar, trabalhar e ter passatempo.

Hoje na Internet, achando um tempo
Localizar um amigo, haja tempo.
Informações precisas, com muito tempo
Uma notícia, de tempo em tempo.

A recompensa, vem com o tempo
Amigos reaparecem, cara há quanto tempo!
Saudações, lembranças do tempo.
Matando saudades do velho tempo.

Contatos virtuais  é o novo tempo
Quem aderiu, acompanhou o tempo.
Mas o tempo do nosso tempo
Era lindo, enorme, grandioso tempo...
Oh! Tempo. Que Tempo!

Autor:
Canário.

7 comentários:

  1. mafalda alves veronez19 de julho de 2012 às 08:41

    Olha ai o meu amigo Canario..... Parabens amigo; gostei muitoooooo

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  2. mafalda alves veronez19 de julho de 2012 às 08:42

    E vc quimie, sempre me encantando. Parabéns.

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  3. É tudo uma questão de tempo mesmo. Kimie Oku e Ulisses Silva Lacerda que pisaram a mesma terra e as mesmas pedras da Mirandópolis daquele tempo,utilizando agora o tempo para belas crônicas e poesias. E eu que lá naquele tempo pisei a mesma terra e as mesmas pedras encontro agora um agradável tempo para ler e apreciar esses escritos.
    Bendito tempo esse de encontrar gente do nosso tempo!

    Parabéns Kimie e parabéns Ulisses (Canário)!!!


    Lupércio Ailton (LANP)

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  4. Muito obrigada, amigos. É muito interessante o que o Lupércio abordou: "forasteiros" de Mirandópolis, pois somos nascidos em outras terras, vivemos um tempo ignorando a existência uns dos outros, nesta mesma terra. Tempo de peleja, de cumprimento do destino de cada um. E agora, chegou o tempo de conhecer as aptidões uns dos outros, mesmo à distância e experimentar a sensação de que sempre, sempre nos conhecemos. E isso é muito gratificante.

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  5. Primeiramente nossos agradecimentos à proprietária e aos membros deste blog, que buscam " tempo " para registrar e ler esse nosso momento de querer ser poeta (muitos risos).
    Lupa, de uma coisa você pode estar certo, enquanto você encontra um agradável " tempo " para apreciar os nossos escritos, nós temos muito " tempo " para apreciar as suas deliciosas crônicas.
    Aos amigos, meu grande e afetuoso abraço.
    Lissinho/Canário/Ulisses

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  6. Esse meu blogger virou uma mandala cultural, onde gente especial vai desenhando as lembranças e as reminiscências de um tempo lindo, que passou. E estou muito feliz e agradecida pela confiança desses amigos.

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  7. Que maravilha encontrarmos TEMPO pra compartilhar esses sentimentos que não raras vezes ficaram esquecidos no TEMPO...de ausências...de distâncias físicas ou emocionais ou mesmo da falta de TEMPO literalmente! Estamos nos reencontrando....e, tudo que é RE, traz uma carga de esperança, amor e energia...Parabéns Lissinho!....jamais soube dessa sua veia poética! Que bênção passar para as letras sentimentos! Abraços a vc e Beth, minha amiga de tantos anos!
    Joana

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