sábado, 1 de outubro de 2016

                               Eleições Municipais
       
       Eleição é o exercício pleno da Democracia.
    Sem eleição, não há Democracia. E não se pode imaginar um regime democrático, em que os cidadãos não tenham o direito de escolher   os seus representantes, para administrar um vilarejo, uma cidade, um município, uma província, um país.
      É verdade que existem países que são dirigidos há décadas por um Rei, um Imperador, um Presidente... Mas, são países autocráticos, onde eles dão as ordens e o povo só obedece. Comandados à força por Ditadores, que usam o poder em benefício próprio, apenas. E para terem o controle total, o cidadão comum não tem certos direitos, como o de pensar por si só, de falar o que pensa, de criticar os atos do governo, por mais absurdos que sejam. Enfim, o povo não tem liberdade para agir conforme sua consciência, porque as ordens são indiscutíveis. O mandatário falou, tá falado. Cabe ao cidadão acatar as ordens sem pestanejar...
      Ora, todo ser humano inteligente é dotado de uma massa encefálica que faz pensar, analisar, discernir, escolher, refutar, duvidar, condenar... questionar e procurar respostas...
Num regime totalitário, ninguém pode usar essa massa encefálica para agir independentemente. É proibido pensar diferente do governo. É proibido analisar qualquer medida do governo. É proibido discernir sobre atos bons ou ruins do governo. É proibido escolher atitudes diferentes do governo. É proibido refutar ou condenar ordens do governo. Só é permitido rezar na sua cartilha, sem questionar.
Ao povo em regime de opressão só resta obedecer calado. E qualquer atitude suspeita de insubordinação é punida de forma exemplar, para que ninguém mais tenha a coragem de imitá-lo.
No princípio dos tempos todos os vilarejos funcionaram assim. Com uns mandando a torto e a direito e os demais obedecendo. Mas, com a evolução dos tempos, o bom senso prevaleceu e os regimes de mando mudaram. Até chegar na Democracia, que não é uma forma perfeita, mas é a melhor forma de governo.
Inicialmente, os chefes e caciques dos vilarejos foram escolhidos através de aclamação. Mas, a população aumentou e isso se tornou impossível. Daí, inventaram a eleição.
Antes as mulheres nem tinham direito de votar. Mas, a luta pela liberação feminina fez mais essa conquista. E hoje, mulheres estão dando um tom diferente nas disputas eleitorais.
O que mais toca o eleitor são as disputas municipais. Porque está em jogo o futuro do município, que abrange a vida de todos os cidadãos ali residentes. E essas disputas costumam ser agitadas, porque todos se conhecem e as divergências levam muitas vezes às vias de fato, no calor das discussões.
E estou deveras preocupada com as nossas eleições. Hoje, quarta feira dia 28 de setembro, três dias antes do dia D, fiquei sabendo que um dos concorrentes está distribuindo notas de R$50.00 para a população votar nele. E citaram o nome da pessoa tola, que está sendo usada como estafeta e mamãe noel, fora de época...
 É muito decepcionante constatar que os nossos políticos e o nosso eleitorado nada aprenderam com a sujeira de Brasília. (estão imitando?). Brasília se transformou em boca de lixo diante da comunidade internacional, envergonhando-nos a todos os brasileiros.
Se o meu candidato tiver a indecência de comprar votos, eu seria a primeira a propalar para o mundo que, não votarei nele e diria em alto e bom som a razão de minha mudança.
E esse pessoal que se presta a fazer o papel de negociador dessa coisa ilícita? Vale menos ainda que o próprio candidato. E este tem costas quentes, porque alguém deve estar por trás, puxando os cordões para o boneco de fantoche dançar conforme a sua música.
Tudo é apenas um jogo de poder!
E o povo é apenas uma massa de manobra, que é tratada a pão de ló agora, antes das eleições. Depois, tudo é esquecido, e o candidato ladrão que se elegeu só pensará em repor toda a grana que gastou na campanha. De onde irá retirar esse montante? Da nossa falida Prefeitura, de Impostos que pagamos, de nossos IPVAs, dos IPTUs...
E aí, as ruas continuarão cada vez mais esburacadas, os Centros de Saúde totalmente defasados para servir ao povo, as Escolas esquecidas e abandonadas, e a insegurança por conta de ladrões...
Porque a Prefeitura estará falida, não haverá grana para garantir o pagamento dos funcionários, para tapar os buracos do asfalto, para comprar remédios para os doentes, dentre os quais poderá estar o seu pai, a sua mãe, ou o seu filho, para servir merenda nas escolas de seus filhos... É pra isso que elegemos um Prefeito?
E tudo por quê?
Porque você votou errado, meu caro eleitor! Porque aceitou os R$50.00 de um cidadão corrupto, que quis se guindar ao posto de Mandatário do Município para nos roubar.
Acorda, Mirandópolis!
Estamos no século XXI.
E ainda não aprendemos a votar?
      Pra quê então a Democracia?

Mirandópolis, 28 de setembro de 2016.
kimie oku in
  

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