A morte
Todos os dias morrem pessoas
queridas que conhecemos.
Algumas vitimadas por doenças
incuráveis,
Outras por infartos fulminantes.
Mas, sempre provocam um choque
nos familiares.
Sabemos que somos todos mortais.
Que mais dia, menos dia, vamos
ser levados.
Temos consciência disso.
Mesmo assim ainda é um choque, um
susto, uma perplexidade.
Em todos os velórios, vemos as
pessoas mais chegadas, fitando a fisionomia de quem foi embora.
E olhando para o nada.
É uma sensação inexplicável.
É uma grande interrogação.
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê a pessoa mais amada foi
levada?
Por quê tem que ser assim?
Por quê essa dor tão grande que
não cabe no peito?
Por quê Deus faz isso?
E nenhuma resposta.
E ninguém é capaz de explicar...
A morte é um grande mistério
assim como a vida.
Só que a vida é um mistério
grandioso, iluminado, brilhante.
A morte pelo contrário é
nebulosa, ininteligível e assustadora.
Todos querem viver. Ninguém quer morrer.
Porque a morte é desconhecida.
Ninguém sabe o que nos espera.
O vazio? O nada? O esquecimento?
Sabemos que neste mundo tudo é
Yin e Yang.
O claro e o escuro.
O brilhante e o opaco.
A luz e a escuridão.
O tudo e o nada.
A vida e a morte.
A morte seria escura, opaca, e um
nada?
É terrível pensar assim.
Então, pensemos que a morte é
apenas o nosso retorno para a morada eterna.
De volta para as estrelas...
E de lá do alto, ficaremos
observando como os seres humanos são como pequeninas formigas pelejando, para se
agarrarem à vida.
Per saecula saeculorum...
Mirandópolis, fevereiro de 2023.
kimie oku in
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