segunda-feira, 5 de maio de 2014



                               Promiscuidade sexual
    
       Há dias atrás, um jovem perdeu a vida, vítima de AIDS. Era tão moço ainda e, era a única esperança de sua mãe, que o criara com mil sacrifícios, levando uma vida só de trabalho e renúncias...
      Amigos se mobilizaram para ajudar a ambos, mas a doença que não perdoa foi mais forte que todas as orações, infelizmente.
     O final foi doloroso, mais ainda para a mãe, que nada pode fazer para minimizar seu sofrimento. Impotência...
     Toda essa via sacra de minha amiga e seu filho me despertaram para um fato, que está ocorrendo com frequência na sociedade. Com a liberação dos costumes, há um certo abuso no comportamento sexual das pessoas. Gente que, de repente se diz e se comporta como homossexual, mesmo não sendo... Para experimentar algo diferente... À procura de novidades e outras emoções... Faz tudo isso como uma brincadeira, como uma pequena diversão... E como leva na brincadeira, não atenta para os perigos dessas aventuras. Não se cuida, não usa preservativos, não pensa nas consequências... Aids não é brincadeira.
   E mesmo alguns heterossexuais estão sempre à procura de algo diferente, de uma aventura com uma “zinha” qualquer... E acabam adquirindo doenças, que darão de presente às esposas ou namoradas...
    Quanto mais evolui a sociedade de hoje, mais gente tonta aparece. O Centro de Saúde oferece preservativos gratuitos, orienta sobre doenças sexualmente transmissíveis e os cuidados para não adquiri-las... Mas, as pessoas preferem correr riscos, achando-se autoimunes... E quando acordam já é tarde...
   As escolas orientam os alunos, e todos os jovens sabem que há doenças terríveis, sexualmente transmissíveis. Então, por que não se protegem? Por que não zelam de seus corpos?
   O corpo físico é importante porque é nele que moramos, que usamos para realizar nossos sonhos, nossos desejos, É com ele que trabalhamos, que nos locomovemos, que rimos, que choramos, que festejamos, que comemoramos,que comemos, que lutamos, que cantamos, que sentimos as emoções, que oramos, e pedimos clemência de Deus. 
   Na tradição japonesa, sempre os pais recomendam aos filhos que, tenham cuidado com o corpo. Quando alguém querido vai embora ou vai viajar, é costume dizer: “Karadá o daijini!” ou “Cuide bem do corpo!” Na verdade, é uma forma de dizer que a pessoa é querida, e que se preocupa com a sua integridade física. Porque sem a estrutura física, a pessoa não existe.
   A liberação dos costumes fez um estrago na sociedade. Tudo é permissível, tudo é tolerável. Não há limites para nada...
    Não estou discriminando os homo dos hetero. Cada um escolhe o que melhor lhe cai. Só acho que, tanto uns como outros devem no mínimo, adotar procedimentos higiênicos para zelar de seus corpos. Principalmente, quem gosta de conviver em promiscuidade, trocando de parceiros a torto e a direito.
   E também, não estou aqui condenando procedimentos sexuais de uns e outros. Cada um é dono de si, e se gosta de promiscuidade, que seja promíscuo e se relacione com dezenas ou centenas de parceiros. Só estou lembrando que, as pessoas inteligentes devem se cuidar, para não sofrer depois com males irremediáveis, que lhes proporcionarão muita dor sem consolo.
     Muita dor e sofrimento  para os familiares.
   E então, penso na responsabilidade. Responsabilidade de cuidar do próprio corpo, para viver bem e não se tornar um peso para as pessoas com quem convive. Porque a gente é responsável por todos que cativamos, conforme Saint Éxupèry (O Pequeno Príncipe). E é muito doloroso ver uma mãe chorar de impotência, diante de um filho que está morrendo...
   Também penso na responsabilidade de disseminar essas doenças para outras pessoas ingênuas, tolas ou inocentes, que não pensam nas consequências de seus atos.
   Mesmo que os Governantes proporcionem todos os meios de se evitar certos males, enquanto houver gente irresponsável nada mudará.
    AIDS já deveria estar controlada, porque todos os países adotaram meios de se evitar a propagação. Preservativos, Programas de Orientação, Assistência de Médicos e Enfermeiros, Coquetéis de Remédios... Mas, por que ela é invencível? Porque há gente tola e irresponsável aos montões... Que jogam com suas vidas em aventuras aparentemente inocentes... Que lhes trarão muita dor e arrependimento.
    Mesmo que você não se importe com o seu corpo, que não tenha medo das dores, do desespero que acomete os aidéticos, pense um pouco na dor de seus familiares, que jamais sonharam em ver um filho nessas condições.
    E que tal selecionar os parceiros sexuais?
     
      Mirandópolis, abril de 2014.



     


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