Você é um gênio?
Nós passamos a vida toda usufruindo de alguns
benefícios, criados ou inventados por algumas pessoas geniais, que nos
antecederam. E esses benefícios estão tão fortemente embutidos no nosso
cotidiano, que não nos damos conta.
Ao amanhecer, todos
invariavelmente se dirigem ao banheiro para o ritual das necessidades fisiológicas.
Urinar e evacuar fazem parte desse ritual, não há escapatória. E se não
houvesse o vaso sanitário? Ao escovar os dentes e lavar o rosto, que é
fundamental para iniciar o dia, usamos a água. E se não houvesse água encanada?
Ao tirar o pijama e vestir para sair, para trabalhar são
necessárias as roupas. E se não houvesse trajes? E se não houvesse sapatos? E
gravatas, e bolsas? E carteiras? E documentos? E dinheiro? E óculos? E cremes? E desodorantes? E perfumes? E
celulares?
E para ir ao trabalho é preciso um meio de locomoção. E se
não houvesse metrôs? E ônibus? E carros? E motocicletas? E bicicletas?
E ao chegar à sede de trabalho é preciso guardar o carro ou a
moto, ou a byke num lugar seguro. E se não houvesse estacionamento? E para se
chegar (sempre meio atrasado) à sala do ofício ou ao Departamento, que fica no vigésimo
andar, é preciso subir. E se não houvesse elevadores, escadas rolantes?
E no exercício da função, surgem dúvidas que precisam de
consulta ao chefe, que está em outro Departamento... E se não houvesse telefones,
fax, e mail, internet? E para executar as tarefas do dia é preciso conferir com
o plano ou projeto. E se não houvesse computador?
E a hora do almoço é breve e não dá para comer em casa, que é longe. E se não houvesse esses “self service”? E não houvesse cervejinha em lata, e café expresso?
E por aí vai... Há tanta coisa inventada pelo próprio homem, para facilitar o dia a dia de todos.
Daí, pergunto eu: Você sabe quem inventou o vaso sanitário?
Quem inventou a bicicleta? Quem fez a primeira motocicleta? Quem criou a
máquina de costura? Quem inventou o semáforo? Quem criou o elevador? Quem
inventou a penicilina? Quem? Quem? Quem?
Pois é. A gente usufrui desses benefícios, e nunca se dá
conta do que custou aos nossos antepassados, que sentiram a necessidade de se
criar algo prático, para facilitar a vida de todos. E quem esquentou a cabeça,
deu tratos à bola, tentou, errou mil vezes, persistiu, persistiu e chegou ao
ponto ideal até “Eureka!” é algum gênio que nós ignoramos completamente.

Fico imaginando o que passaria na cabeça de um inventor de sinos de Igreja, que bimbalham lindamente.
Devia ser músico para ter ideia tão brilhante.
E quem pensou nas embalagens para transportar ovos, que são
tão quebradiços? Daí foi aproveitada a mesma ideia, para embalagens de outros
objetos delicados.
E quem inventou a partida por ignição de carros, motos e
aviões. Antes disso, era preciso dar maniveladas no motor para pegar. E muita
gente machucou o braço, quando o motor pegava e disparava.
E quem inventou os lápis, o papel, os livros, os jornais. Antigamente,
as tradições, histórias, lendas e contos de um povo eram transmitidos
oralmente, de geração a geração. E
não havia gravadores, nem rádio e menos ainda computadores. Havia a voz e a
memória apenas....
E quem inventou a penicilina, que revolucionou o mundo da
Medicina, e salvou tanta gente no pós-guerra, e abriu caminho para os
antibióticos, tão comuns hoje.
E quem inventou muletas e bengalas e cadeiras de rodas, tão
em moda hoje em dia.
É realmente espantosa a capacidade criativa do homem. E nós
todos temos uma dívida imensa a esses criadores anônimos, que tornaram nossa
vida menos sofrida e mais fácil de viver.
Se prestarmos atenção nos mínimos detalhes do nosso
cotidiano, com certeza, ficaremos espantados de constatar que jamais teríamos o
suficiente, para pagar os benefícios recebidos, a esses criadores.

E na cozinha? O fogão a gás que substituiu o de lenha, que era tão difícil de pilotar, a geladeira, os jarros de água, os pratos, os talheres, os guardanapos, as panelas....
E na área de serviço? A lavadora tão prática e eficiente! O
sabão em pedra, em pó. Os amaciantes perfumados eliminando o cheiro de bolor,
os prendedores de roupa, o varal. A secadora de roupas! O ferro elétrico que
aposentou o de brasa, que queimava as peças com seus tições!
Na verdade, é infinito o rol de benefícios que usufruímos
hoje sem termos pago nada, absolutamente nada para quem os criou. Temos, pois
uma grande dívida para com a humanidade. Todos dependem de todos e ninguém,
ninguém pode viver confortavelmente sem essas regalias hoje em dia.
Mas, ainda há muito para se inventar, criar em benefício de
todos.

Que tal pensar em
criar uma alternativa para os carros e motos, que estão congestionando o mundo?
Que tal descobrir um meio de parar os terremotos, os tsunamis
e os furacões?
Que tal inventar um aparelhinho caseiro prático e simples
para transformar a água do mar em potável?
E que tal, acima de tudo, descobrir uma forma de libertar de vez os dependentes químicos de drogas?
Você não é um gênio? Use a massa cinzenta! Quem sabe sai uma
ideia fantástica, que beneficie toda a humanidade.
Somos todos dotados com a capacidade de criar.
Mirandópolis, novembro de 2013.
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