sexta-feira, 1 de novembro de 2013


            Silvinha...

         Deixa saudade àqueles que com ela conviveram e, também, muitas e boas lembranças.
         “Lembro-me... quando ainda bem criança, que meus pais me levavam nas visitas que faziam à família Bonadio, naquela mesma casa com pequena varanda construída ao lado, ou anexa ao comércio de Secos e Molhados denominado Casa Bonadio, na saída para Lavínia.
         Lembro-me que adorava, pois lá morava a Silvinha, uma moça linda e que gostava de me encher de mimos e várias espécies de doces. Carregava-me no colo quase todo o tempo da duração da visita. Brincava comigo dizendo que eu era o seu namoradinho.
         Crescemos e devido à diferença de idades, os contatos foram diminuindo e nas nossas mudanças de vidas nos distanciamos, mas o carinho de um pelo outro nunca teve fim.
         O trabalho me levou para outras plagas e ela permaneceu em Mirandópolis, onde se formou professora, casou-se e constituiu com o também amigo Miguel Camacho, uma bonita família.
         Também me casei e constitui família. O meu retorno à cidade, em face de transferência de serviço do Banco Bradesco, onde eu trabalhava, proporcionou o nosso reencontro pessoal.
         Ela nos fez uma visita e me pediu um favor... que eu arrumasse emprego para um de seus filhos no Banco que eu trabalhava. Falei com o gerente da agência da cidade, que de prontidão acolheu nosso pedido e admitiu o rapaz. Ela me agradeceu muito e eu fiquei super feliz com o pequeno ato.
         Sempre alegre e carinhosa, Silvinha fazia questão de falar abertamente e a todos a seu redor, que um dia me carregara em seu colo. A última vez que assim o fez, foi na porta do salão de cabeleireiro de seu cunhado Crisovan, se não me engano na presença de uma de suas netas.
         Por DEUS, estava passando uns dias na casa de meu sogro em Mirandópolis, quando soube de seu falecimento. Foi com muita tristeza no coração, que fui ao velório de seu corpo, para ali, mentalmente, despedir de minha amiga querida e no meu adeus desejar muita luz à sua alma.
         Por ter sido uma bela pessoa, e que com sua bondade cativava a todos, indubitavelmente recebeu de Nosso Pai Todo Poderoso, uma recepção calorosa no portal dos céus e, na sua nova morada, certamente terá um bom lugar, para dar seqüência às suas boas ações”.
         Lissinho.
         15 de setembro de 2011 11:05
        
         Post scriptum:
                Papeando sobre uma foto antiga de Silvia Bonadio Camacho, um amigo me enviou a crônica acima, que achei digna de ser publicada. Ao lê-la, eu me emocionei e em troca o amigo leu “Tiau, baká!”, que publiquei em novembro de 2011.
               Lissinho é Ulisses Silva Lacerda, antigo morador de Mirandópolis, e atuou como funcionário do Bradesco, onde o seu pai  senhor Faria Lacerda foi Gerente, há décadas atrás. Atualmente, Ulisses mora em Santos com a família, mas tem muitos amigos por aqui. Ele como eu fomos amigos próximos de Sílvia.
           
            Mirandópolis, outubro de 2013.
         Kimie oku  in http://cronicasdekimie.blogspot.com.br/


2 comentários:

  1. Ficou mais bonita com a foto, né Ulisses Silva Lacerda? Baká somos todos nós que cultivamos esses sentimentos de ternura e saudades de amigos, que já partiram. A Sílvia deve estar sorrindo e pensando: olhe os bakás!


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