Silvinha...
“Lembro-me... quando
ainda bem criança, que meus pais me levavam nas visitas que faziam à família
Bonadio, naquela mesma casa com pequena varanda construída ao lado, ou anexa ao
comércio de Secos e Molhados denominado Casa Bonadio, na saída para Lavínia.
Lembro-me que
adorava, pois lá morava a Silvinha, uma moça linda e que gostava de me encher
de mimos e várias espécies de doces. Carregava-me no colo quase todo o tempo da
duração da visita. Brincava comigo dizendo que eu era o seu namoradinho.
Crescemos e devido à
diferença de idades, os contatos foram diminuindo e nas nossas mudanças de
vidas nos distanciamos, mas o carinho de um pelo outro nunca teve fim.
O trabalho me levou
para outras plagas e ela permaneceu em Mirandópolis, onde se formou professora,
casou-se e constituiu com o também amigo Miguel Camacho, uma bonita família.
Também me casei e
constitui família. O meu retorno à cidade, em face de transferência de serviço
do Banco Bradesco, onde eu trabalhava, proporcionou o nosso reencontro pessoal.
Ela nos fez uma
visita e me pediu um favor... que eu arrumasse emprego para um de seus filhos
no Banco que eu trabalhava. Falei com o gerente da agência da cidade, que de
prontidão acolheu nosso pedido e admitiu o rapaz. Ela me agradeceu muito e eu
fiquei super feliz com o pequeno ato.
Sempre alegre e
carinhosa, Silvinha fazia questão de falar abertamente e a todos a seu redor,
que um dia me carregara em seu colo. A última vez que assim o fez, foi na porta
do salão de cabeleireiro de seu cunhado Crisovan, se não me engano na presença
de uma de suas netas.
Por DEUS, estava
passando uns dias na casa de meu sogro em Mirandópolis, quando soube de seu
falecimento. Foi com muita tristeza no coração, que fui ao velório de seu
corpo, para ali, mentalmente, despedir de minha amiga querida e no meu adeus
desejar muita luz à sua alma.
Por ter sido uma bela
pessoa, e que com sua bondade cativava a todos, indubitavelmente recebeu de
Nosso Pai Todo Poderoso, uma recepção calorosa no portal dos céus e, na sua
nova morada, certamente terá um bom lugar, para dar seqüência às suas boas
ações”.
Lissinho.
15 de setembro de
2011 11:05
Post scriptum:
Papeando sobre uma foto
antiga de Silvia Bonadio Camacho, um amigo me enviou a crônica acima, que achei
digna de ser publicada. Ao lê-la, eu me emocionei e em troca o amigo leu “Tiau,
baká!”, que publiquei em novembro de 2011.
Lissinho
é Ulisses Silva Lacerda, antigo morador de Mirandópolis, e atuou como
funcionário do Bradesco, onde o seu pai
senhor Faria Lacerda foi Gerente, há décadas atrás. Atualmente, Ulisses
mora em Santos com a família, mas tem muitos amigos por aqui. Ele como eu fomos
amigos próximos de Sílvia.
Mirandópolis, outubro de
2013.
Kimie oku in http://cronicasdekimie.blogspot.com.br/
Valeu, baká!
ResponderExcluirArigatô.
Ficou mais bonita com a foto, né Ulisses Silva Lacerda? Baká somos todos nós que cultivamos esses sentimentos de ternura e saudades de amigos, que já partiram. A Sílvia deve estar sorrindo e pensando: olhe os bakás!
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