segunda-feira, 16 de abril de 2018


     Imagens que ficam...
       
       Sempre fui fissurada em fotos.
     Na minha família, havia um álbum antigo, que era manuseado como um tesouro. Crianças não podiam folheá-lo. Lá havia fotos de papai ainda jovem e de alguns antepassados dele e da mamãe. Esse álbum já está se desmanchando, mas está comigo e o guardo-o com reverência. São imagens de 1900 ou até antes... tudo em preto e branco... E para preservar a história da família, organizei um álbum da família Osaki que abrange o período de 1900 até 1995.
     Dizem que todos os japoneses são loucos por fotografias. Acho, porém que não só os japoneses gostam de tirar fotos. A fotografia virou unanimidade com o advento dos celulares, que clicam imagens de várias formas, facilmente.
     Em casa tenho álbuns e álbuns dos filhos e da neta em todas as fases de crescimento. E álbuns de viagens, quando a gente rodou por esse Brasil. E rever essas imagens e recordar fatos engraçados fazem bem à alma.
    Quando formamos o Grupo Ciranda, aprendi a fotografar. Enquanto os amigos conversavam, se abraçavam, dançavam, cantavam e riam, fui registrando as cenas que hoje formam oito pastas bem recheadas.
     E foi muito bom ter iniciado esses registros. Porque ao longo desses sete anos de existência da Ciranda, já perdemos vários amigos que foram cirandar no céu. É bem natural que essas partidas ocorram porque na Ciranda todos são idosos, Uns com noventa anos, outros com mais de oitenta e a maioria são setentões... Já perdemos o Egídio, a dona Luisinha, o Walther, o Jorge Cury, o Aristides, a Maria Menegatti, a Lourdinha Codonho, a Palmira, a Onofra, o Toninho, a Nair e agora, a Maria José.
     Temos fotos de todos eles sorrindo, dançando, cantando, graças a Deus. Registros de momentos felizes, que curtiram antes da partida final.
E quando comecei a postar fotos da Ciranda no face, percebi como elas fazem a alegria de amigos daqui e de longe. Sem querer, passei a ser porta voz e divulgadora de imagens de cirandeiros para muita gente. E é gratificante constatar que tanta gente que mora longe curte as fotos de amigos que acabo postando.
E ontem ao visitar a amiga Maria Adelaide Carvalho descobri que ela organizou a árvore genealógica de sua família numa parede através de fotos. A mesma ideia teve o meu amigo Gerson Possenti, que tem milhares de fotos de Mirandópolis.
Eu também estou pensando em fazer uma parede com as imagens de pessoas queridas de minha família...

Miranópolis, abril de 2018.
kimie oku in


    

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