sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

 

Cultura japonesa...

 

Muita gente não sabe o que é cultura.

Cultura é tudo que o ser humano produz para si e para os que cercam, com o fim de facilitar o seu desempenho no meio que habita e tornar a vida mais confortável para todos.

Assim, a língua é cultura, a religião é cultura, a dança é cultura, a política é cultura, a brincadeira é cultura, o jogo é cultura, o debate é cultura, o canto é cultura...

Nada é mais cultural que o alfabeto, a escrita. Até hoje os  antropólogos não conseguiram definir certas civilizações arcaicas, que deixaram monumentais construções, mas não possuíam um  sistema de escrita, um alfabeto.

Para se estudar esses grupos antigos, a escrita é a chave. A escrita conta sua história, como viveram, como interagiram com o meio, como sobreviveram aos cataclismos... Como desapareceram...

Em Nihongô, gente de várias nacionalidades quer aprender o kanji, ou a escrita por ideogramas. É que o kanji tem uma beleza singular,  e parece guardar um enigma nos seus traçados simétricos. Palavras escritas com pincel e a carvão são verdadeiras pinturas em preto e branco.

Sou fissurada nos kanjis, assim como nas pinturas zen...

Mas, os kanjis não têm nenhum valor se não estiverem num contexto, que pode ser sobre Religião, Política, Economia.

Um kanji sozinho é como uma andorinha que não faz o Verão sozinha.

Há anos atrás, comecei a estudar Nihongô e me submeti aos Exames de Proficiência. Consegui vencer os níveis IV, III e II. Só não continuei nessa empreitada para conseguir o último nível o I, porque os Exames eram em Londrina, Paraná e a viagem era muito cansativa. Ia com os alunos do Nihongô Gakko.

Mas, o que surpreendeu bastante foi perceber o número cada vez maior de jovens brasileiros também se submetendo a esses exames. Enquanto há tantos jovens nisseis e sanseis desinteressados.

Na atualidade, a informação, o conhecimento é a chave do sucesso. Se você traçar o inglês tem meio caminho andado para alcançar algum objetivo. Mas, o inglês a maioria sabe.

Então, a dica é aprender o Japonês, o Chinês, o Árabe.

Como temos ascendência nipônica, é natural que aperfeiçoemos a língua materna.

Então, vamos à luta!

Vamos estudar Nihongô.

Um pouquinho todo dia.

E vamos ser bilíngues.

Mirandópolis, janeiro de 2022.

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