Como vamos sobreviver?
Verdade seja dita, a incerteza está nos
matando.
Você não pode isso, não pode aquilo... Tem
que ficar em casa, de quarentena, Não importa se está infectado ou não.
Infectado deve ficar isolado, de castigo porque pegou o maldito e torcer pra
sobreviver. Sadio não deve sair pra não respirar o ar cheio de diversos vírus;
de castigo também para não ser infectado.
Mas eu preciso fazer compras. Preciso ir ao
Mercado comprar frutas e legumes. E torcer que nenhum dos produtos esteja
carregando o dito cujo... E chegar em casa e lavar as mãos e fazer gargarejo, para
proteger a garganta do ar respirado e possivelmente contaminado...
Credo, isso é uma guerra!
Isso não é viver!
Você não pode ir à Físio, porque lá circula muita gente,
e a gente toca nos aparelhos que outros tocaram... Não pode ir ao Conservatório,
porque o Piano é compartilhado por muitos... Não pode fazer Ciranda porque o
Grupo é de idosos, e idosos são muito vulneráveis...
Aí me restou a visita às amigas... Mas, isso também não
é legal. Vai que eu leve o maldito vírus sem saber... Ou ela me passe sem
querer. Abraçar? Beijar? Nunca!
Os japoneses estão certos! Cumprimentar alguém? Só
abaixando a cabeça e curvando-se, sem contato físico. Porque beijo passa fluídos e é neles que os
bichinhos pululam. Hoje vi duas pessoas se abraçando e se beijando
demoradamente... Me arrepiei!
Olha! Não está fácil viver nesses tempos de corona.
E o que vai acontecer com a sociedade???
Com o Comércio?
Com os Hospitais?
Com as Escolas?
Com os Presídios?
Com as grandes Empresas?
Se ninguém produz, se ninguém vende, se ninguém compra quem
vai pagar as férias coletivas?
Tempos terríveis virão, com certeza!
E é de bom alvitre que todos comecem a poupar.
A poupar tudo, evitando gastos desnecessários.
Mirandópolis, março de 2020.
kimie oku in
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