terça-feira, 10 de março de 2020


                      Mulher/女性

8 de março – dia Internacional da Mulher. Por quê esse dia?  É que há uma ocorrência dolorosa/悲しい出来事 que marcou essa data. No dia 8 de março de 1857, operárias/性労働者達 que trabalhavam numa fábrica/布の会社 de tecidos em Nova York nos Estados Unidos, resolveram fazer um protesto/坑儀. Elas pediam melhores condições de trabalho, pois a sua  jornada era de dezesseis  horas diárias e ganhavam um terço/三分の一do  salário pago  aos  homens  pela mesma função. Era praticamente um trabalho escravo/奴隷の扱い方. Os patrões, porém ao invés de ouvi-las, trancafiaram-nas numa sala e atearam fogo. Cento e trinta tecelãs foram queimadas vivas/焼き殺さ...
Esse tipo de protesto/坑儀 ocorreu na Rússia também e em várias partes do mundo/世界中に広まった, porque a mulher era totalmente discriminada e, tratada como escrava. Muitas manifestações e reivindicações após, as mulheres  passaram a ser um pouquinho valorizadas.
Não sei se por causa da lenda de ter sido criada a partir de uma costela de Adão, a mulher sempre foi considerada um ser inferior, que deveria servir ao homem como uma simples criada. Nos antigos livros de História das Civilizações/文明歴史の古い書物, há relatos de arrepiar/身震いさせるほど. Mulheres não tinham direito de se assentarem nos lugares destinados aos homens porque sangram (menstruam/月経). Eles as consideravam impuras/純粋でない e perigosas/ 怖い物. Mesmo entre as tribos meio bárbaras/野蛮な部族の中, quando ocorriam cataclismos ou desastres da natureza/災害como inundações, chuvas intermináveis, secas prolongadas, uma jovem mulher/少女を 物にしていったのnunca um homem) era sacrificada para acalmar os deuses. E quando faziam as iniciações, para os meninos serem integrados na vida dos homens, as mulheres mães nunca podiam assistir.
No Brasil colonial, as mulheres eram apenas servas de seus donos ou maridos. Deviam respeito total ao marido e não podiam contestar suas ordens/反抗は禁止, mesmo que se referissem à educação dos filhos/子供の教育にでも. A imagem que me vem à cabeça, quando penso nos coronéis dessa época, é da esposa ajoelhada no chão/奥さんが地面に跪いて tirando as botinas dos maridos/旦那の靴を抜いていってた...
Durante séculos, em qualquer país do mundo onde havia um Reinado ou Império, o Rei ou o Imperador/王様 poderia ter suas concubinas/, que às vezes chegavam a dezenas/何十人, e a Rainha ou a Imperatriz deveria aceitar e ficar calada. Essa relação irregular dentro de um Reino provocou discórdias e assassinatos/喧嘩や殺し会い por causa dos diversos filhos que disputavam o poder, estimulados pelas mães que almejavam o trono.  No Japão antigo, quando o país era assolado por crises terríveis de fome, as meninas/少女 eram vendidas a troco de sacos de sal/塩のかわりに, esse mesmo sal que é usado na culinária. Como havia carência de alimentos, achavam que não valia a pena alimentar meninas que, mais tarde iriam embora quando se casassem... E o destino delas era fatal: seriam escravas/奴隷 de seus donos ou vendidas a prostíbulos... Mesmo na China, na era moderna foram relatados casos de mortes de nascituros, quando eram do sexo feminino...
No Japão moderno/現在, tem uma história estranha referente ao Sumô/相撲,  aquela luta de homens gordos e quase nus, que se pegam na arena de terra. Essa arena ou Dohyo/土俵é feita de terra com palha de arroz. Para levantar essa arena ou dohyo, por dias e dias a terra é amassada e socada enquanto monges budistas rezam suas sutras. Pois é, tudo é meticulosamente preparado para abençoar esse lugar, que será o palco de muitas contendas. Abençoado para os Deuses protegerem os lutadores. E a mulher/女性não pode subir nesse lugar para não profaná-lo com a sua impureza/汚れ porque sangra. E os lutadores não nasceram de mulheres????
Desde que foi criada, a Mulher foi a outra metade do Homem. O côncavo/くぼみじょう do convexoとつじょ, que unidos formam um só ser. A respeito disso, há uma lenda grega engraçada. Zeus, o Deus da antiguidade/大昔の神様 havia criado os humanos em duplicata, isto é num só corpo havia um homem e uma mulher, unidos pela frente. De repente, Zeus notou que essas criaturas ficavam se alisando o tempo todo, e resolveu parar com a brincadeira. Separou o homem da mulher, cortando verticalmente e separando as metades. E desde então, ambos saíram pelo mundo procurando a sua metade... O côncavo e o convexo...

Fico imaginando 想像する como seria o Mundo, esse Planeta, essa Terra Mãe, se não houvessem Mulheres/女性がなかったら. Se não tivessem pisado esse chão que pisamos, tantas heroínas valentes que se destacaram no mundo das Artes, da Literatura, da Medicina, da Assistência aos Carentes como a Madre Teresa de Calcutá...
E se não houvesse a Maria, Mãe de Jesus/イエズス様の母上マリアさまがいなかったら, a quem apelaríamos em nossos momentos de desespero?
Sou Mulher e muito me orgulho disso!
私は女として誇りに思っているよう

Mirandópolis, março de 2014.
kimie oku /奥きみえin




observação: Reescrito em março de 2020, para inserir as palavras em japonês.

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