quinta-feira, 28 de dezembro de 2017


      Dezembro
     

     Derradeiro mês do ano.
     Mês cheio, que passa voando...
Cheio de calor que sempre oscila entre os 35 e 40 graus, sem perdão. Calor de fogueira mesmo!
Cheio de barulho, de sons variados desde os eternos dingo bells até o “almoço no pesqueiro do Davi...”
Cheio de carros que entopem as ruas, disputando as frescas sombras das árvores. Não há vagas para se estacionar... Estacionam até na entrada da minha garagem... E depois pedem desculpas... Isso resolve?
Cheio de motoqueiros que passam zunindo dum lado e de outro, confundindo os motoristas de carros...
Cheio de gente nas calçadas, atrapalhando o ir e vir das pessoas... Gente que pensa que calçada é sala de visitas e, fica conversando com as comadres e os compadres...
Cheio de anúncios de promoções: Natal é aqui! Natal é ali!  E papais noeis feios e desengonçados só pra lembrar que é natal.
Cheio de presidiários liberados para passar as festas com suas famílias... Trazendo insegurança para outras...
Cheio de gente em férias que viaja para Orlando, para o norte e sul do país, pra gastar o 13º...
Cheio de acidentes de carros, de contratempos, de assaltos aos bancos, aos aposentados que ficam comentando sobre o 13º que irão receber...
Cheio de acidentes de barcos, que afundam entupidos por excesso de peso. De aviões que despencam porque a manutenção foi mal feita.  
Cheio de presentes caros, que não pagam o papel de embrulho, levando ilusões para as crianças e muitas vezes, para os adultos também...
Cheio de carneiros, leitoas e perus assados além do trivial churrasco, que não falta nem nos barracos mais pobres. Comida demais para a população que já sofre de obesidade.
Cheio de cervejas, de refrigerantes, que os consumidores bebem como se fossem água. E acabam virando imensas pipas deselegantes...
Cheio de festas, baladas, confraternizações de amigos que mal se falaram durante a maior parte do ano, enquanto companheiros de trabalho... E trocam palavras de carinho como se fossem os melhores amigos...
Cheio de encontros agradáveis de amigos que aparecem de repente na cidade natal, para rever familiares...
Cheio de visitas, que às vezes começam a cheirar a defunto, porque ficam mais tempo que a família suporta... Três dias é o máximo para uma visita adequada.
Cheio de parentes e sapos que vêm comer de graça, por preguiça de enfrentar a cozinha e, ou querem economizar a compra do mercado...
Cheio de abraços, de cartões postais, telefonemas de pessoas que esqueceram da gente durante o ano todo... De mensagens no face, que são tão impessoais como recados de outros...
Em Dezembro tudo é farto! Comida, bebida, viagens, ceias, confraternizações, passeios, compras nas lojas, nos mercados, nos bazares e ou pela Internet...
Dezembro prima pela fartura, graças ao décimo terceiro salário.
Só por isso!

Mirandópolis, 28 de dezembro de 2017.
kimie oku in

http://cronicas de kimie.blogspot.com.br/
  


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