Recadastramento
De novo eu me esqueci
de recadastrar...
Só fui perceber porque
não recebi a segunda parcela do 13º... Sim, sou desorganizada, alienada e
confusa. Contas? Não gosto de fazer...
E agora, sem o
pagamento do mês que é reduzido e o restante do 13º, estou definitivamente ferrada.
E de acordo com a
orientação do SPPREVI, tenho que comparecer a um de seus Postos, comprovar que
estou viva para fazer jus aos pagamentos... Porque para SPPREVI eu já não
existo mais...
Antigamente, não era
assim. A Unidade em que trabalhava comunicava o falecimento do funcionário aos
órgãos superiores através de um Ofício, e seu nome era retirado da lista dos
ativos e dos pagamentos. Tão simples e tão prático. Mas...
Um dia, alguém muito
ladino e inescrupuloso resolveu tirar proveito do morto, recebendo seus
honorários como se ele estivesse vivo... E com o advento da Informática, e o
uso de um simples cartão tudo facilitou para isso se multiplicar sem controle.
Bastava ter a senha do morto... E como sempre para controlar os desonestos, os corretos
é que têm que pagar.
E por essas e outras
maracutaias, o cidadão vivo tem que provar que não morreu ainda para receber
seus proventos. Eu sou uma dessas cidadãs, que todo ano têm que comparecer ao
Banco e mostrar a cara e dizer: “Não morri ainda.”
E isso tem que ser
feito no mês do aniversário, com o prazo esticado para mais um mês. Se esse
procedimento não for cumprido, adeus pagamento. E aí, tem que correr até um
posto do SPPREVI, para ter sua vida financeira regularizada.
Já é a segunda ou
terceira vez que me acontece isso. Sou desligada? Sim, sou muito! E volta e
meia me encontro em apuros pela minha desorganização e alienação. Mas, acho que
mereço um desconto. Estou na fase de esquecimentos, pois já tenho 75 anos bem
vividos, e as contas não fazem parte de minhas prioridades...
Por isso, aqui vai uma
sugestão bem simples: Nos caixas automáticos das agências bancárias poderiam
inserir um memorandum, tipo: “Já fez o recadastramento?”
Aposentados, que tal a
minha sugestão?
PS: Não me peçam nada
para o natal dos pobres... estou a zero.
Mirandópolis, dezembro
de 2017.
kimie oku in
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