Vamos cirandar, que
a vida é um sopro só!
No
dia 1º de dezembro, fizemos a última Ciranda do ano. Foi na casa do Gerson Possenti,
o popular Dé que gentilmente disponibilizou o seu espaço.
Ficamos
quase sete anos cirandando na Chácara Prando, e somos muito gratos pela
acolhida generosa com que fomos tratados sempre. Mas agora, precisamos ampliar
os horizontes e mudar um pouco de ambiente.
A
Ciranda congrega gente dos mais variados níveis, não discrimina religião,
raças, cores, origem, escalas sociais e nem opções políticas. O ponto de
ligação de todos é a idade, a solidão e a necessidade premente de companhia.
Por
tudo isso, a Ciranda não pode desistir. Há muita gente abandonada, vivendo
sozinha, esquecida por parentes e amigos. E é justamente aí é que atuamos,
proporcionando um pouquinho de lazer, de alegria e de companhia para vencer a
solidão.
Nesses sete anos de convivência mensal,
realizamos setenta e sete encontros muito agradáveis, em que os laços de
amizade ficaram fortalecidos e aprendemos a respeitar tanta gente que nem
conhecíamos. Alguns já partiram depois de cirandar conosco, e outros estão
pelejando para viver mais um pouquinho, apesar de fragilizados com problemas de
saúde. Assim, temos uma amiga hospitalizada e outros em tratamento por
dificuldades de locomoção e problemas outros.
Na
casa do Dé cantamos e conversamos bastante. A varanda onde nos reunimos é bem
espaçosa e acomodou a todos confortavelmente. Mesmo o anfitrião estando ausente
por motivo de trabalho, nos sentimos à vontade e a Ciranda ocorreu normalmente.
Conversamos
sobre a necessidade de procurar outro ponto de encontro. O Zé Maria de Carvalho
ficou de conversar com o novo diretor da AMAI (Asilo local) para nos ceder o
Salão onde se realizam as sessões de Bingo beneficente. E o Osvaldo Valverde
ficou de sondar a possibilidade de usar o Clube do Hospital, onde é sócio, para
realizar alguma reunião lá.
Até
resolver essa questão, uma certeza move a todos: a Ciranda não vai acabar.
E em janeiro, com
certeza nos reuniremos novamente.
Mirandópolis,
dezembro de 2017.
kimie oku in
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