terça-feira, 5 de dezembro de 2017


           Vamos cirandar, que
  a vida é um sopro só!



     No dia 1º de dezembro, fizemos a última Ciranda do ano. Foi na casa do Gerson Possenti, o popular Dé que gentilmente disponibilizou o seu espaço.
     Ficamos quase sete anos cirandando na Chácara Prando, e somos muito gratos pela acolhida generosa com que fomos tratados sempre. Mas agora, precisamos ampliar os horizontes e mudar um pouco de ambiente.
     A Ciranda congrega gente dos mais variados níveis, não discrimina religião, raças, cores, origem, escalas sociais e nem opções políticas. O ponto de ligação de todos é a idade, a solidão e a necessidade premente de companhia.
     Por tudo isso, a Ciranda não pode desistir. Há muita gente abandonada, vivendo sozinha, esquecida por parentes e amigos. E é justamente aí é que atuamos, proporcionando um pouquinho de lazer, de alegria e de companhia para vencer a solidão.
    

Nesses sete anos de convivência mensal, realizamos setenta e sete encontros muito agradáveis, em que os laços de amizade ficaram fortalecidos e aprendemos a respeitar tanta gente que nem conhecíamos. Alguns já partiram depois de cirandar conosco, e outros estão pelejando para viver mais um pouquinho, apesar de fragilizados com problemas de saúde. Assim, temos uma amiga hospitalizada e outros em tratamento por dificuldades de locomoção e problemas outros.

     Na casa do Dé cantamos e conversamos bastante. A varanda onde nos reunimos é bem espaçosa e acomodou a todos confortavelmente. Mesmo o anfitrião estando ausente por motivo de trabalho, nos sentimos à vontade e a Ciranda ocorreu normalmente.
     Conversamos sobre a necessidade de procurar outro ponto de encontro. O Zé Maria de Carvalho ficou de conversar com o novo diretor da AMAI (Asilo local) para nos ceder o Salão onde se realizam as sessões de Bingo beneficente. E o Osvaldo Valverde ficou de sondar a possibilidade de usar o Clube do Hospital, onde é sócio, para realizar alguma reunião lá.
     Até resolver essa questão, uma certeza move a todos: a Ciranda não vai acabar.
E em janeiro, com certeza nos reuniremos novamente.

Mirandópolis, dezembro de 2017.


kimie oku in




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