terça-feira, 5 de março de 2019


         Comerciante

       Quando estudava em Condeixa, Portugal comecei a ser comerciante.
    Convenci o Professor Mateus que cuidaria da distribuição de tintas para os alunos, sem derramar. 
  A tinta era para molhar a pena da caneta, com que se escrevia nos cadernos, pois não havia ainda canetas tinteiros nem as atuais esferográficas.
    Inicialmente, punha pouca tinta nos tinteiros
    Quem quisesse mais, teria que me dar cadernos velhos.
  Eu trocava os cadernos velhos com o homem que fabricava bombas, usadas em festas juninas.
   Cada caderno equivalia a três bombas.
   Eu tinha apenas sete anos de idade.
(Mario Varela)

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