segunda-feira, 25 de março de 2019



                Las Palmas, Canárias

        Em 05 de novembro de 1951 embarquei em Lisboa no transatlântico inglês o Coito 2 Tigrante, rumo ao Brasil.
        O navio fez escala em Las Palmas nas Canárias, para manutenção e abastecimento.
        Cansados de ver apenas o mar por cinco dias, eu e quatro companheiros de viagem desembarcamos.
        Queríamos a caneta Parker 51, uma caneta que possuía um reservatório de tinta no bojo, e era a coqueluche da época, ou o topo da gama.
        A caneta autêntica tinha como referência três pontinhos em forma de triângulo, gravados no seu corpo. Estávamos ansiosos para comprá-las e revendê-las com bom lucro no Brasil. Queríamos comprar outras mercadorias como colchas, sedas e a caneta Parker 51.
        Logo vimos as canetas, eram lindas, com o aparo embutido na parte de dentro, tinha três pontos em forma de triângulo, garantindo sua autenticidade, e uma tampa reluzente e dourada. Havia nas cores preta, verde, azul, branca e vinho tinto.
        Analisamos uma a uma do mostruário.
        Encomendamos dez, duas de cada cor.
O negociante foi buscá-las e ficamos à espera...
(Mario Varela)



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