terça-feira, 26 de março de 2019




                             Jade
        Enquanto negociávamos as canetas, notamos a presença de três monjas.
        Eram lindas de rosto, que era a única parte visível do corpo todo coberto de vestes próprias.
        Uma delas morena, cor de jambo de olhos amendoados mui bela, parecia uma cópia daJade da telenovela O Clone que a Globo exibiu um tempo atrás. Essa monja que chamarei de Jade também encomendou uma Parker 51, para dar de presente à sua Madre Superiora.
        Fechamos o negócio e ficamos aguardando.
Perguntei à Jade como elas costumavam orar no Convento.
E ela: “Deus, Tu és um, eu sou uma, ajuda-me e protege-me!”
E me contou a origem dessa prece.
“Numa remota ilha do Pacífico viviam três monges num Convento.
Um dia, atracou lá um enorme navio para manutenção e abastecimento.
Um padre que nele viajava foi hospedar-se no Convento.
Ao perguntar das orações, os monges lhe disseram: “Deus, Tu és um, eu sou um, ajuda-me e protege-me!”
O padre achou a prece tão rudimentar e lhes ensinou o Pai Nosso e a Ave Maria, antes de partir.
Decorridos sete anos, o navio retornou à ilha com o mesmo padre, que foi reconhecido pelos monges. Esses correram até ele, e pediram que lhes ensinasse de novo as orações, que eles haviam esquecido.
O padre perfeito conhecedor das almas lhes disse: Continuem a dizer a vossa primitiva oração, pois sabendo essa, não precisam orar outra.”
(Mario Varela)

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